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segunda-feira, março 16, 2020

Satanismo de Anton Lavey: a religião que mais inspira o Metal!

Terá sido por contrariar e se opor a moral cristã, que considera careta, restritiva e insuficiente, que o Satanismo se tornou tão popular e inspirador para o Metal? Alguns artistas, como KING DIAMOND e MARYLYN MANSON, por exemplo, são abertamente satanistas, tendo músicas escritas com inspiração na religião criada em 1966 por Anton Szandor Lavey e cujo evangelho, A Bíblia Satânica, de 1969, é um dos livros mais interessantes do século passado.



Capa do LP "Satanic Mass", de 1968. Gravado ao vivo, no lado A há um batismo satânico e no lado B trechos recitados da "A Biblia Satânica", que então ainda não havia sido lançada, sob fundo de música clássica. Você já alguma imagem semelhante no Metal, né?

O Satanismo de Lavey é bem diferente daquele divulgado pelas igrejas judaico-cristãs e também em quase nada se assemelha da versão clássica dos filmes e séries. Diferindo do imaginário popular, o Satanismo é uma religião não-teísta (que não crê que o Diabo exista), que não pratica qualquer forma de mal-trato animal, estimula o progresso da ciência (a Terra não é plana), é pelo amor livre (desde que consentido entre pessoas cientes do que fazem), se opõe a religiões intervirem em assuntos de Estado (como acontece no Fascismo), acredita na necessidade de um sistema jurídico mais eficiente, entre outros traços distintivos surpreendentes! Também indo em contra-ritmo do senso comum, Satanismo no Metal é bem amplo que somente Black Metal, sendo que muitos satanistas nem de Rock'n'Roll gostam.


Você tem medo de conhecer do Satanismo?



Confira o podcast da centésima edição do Rock Dissidente, que foi ao ar pela Rádio Rock Online, cabalisticamente na sexta-feira 13 de lua de cheia de março de 2020 !!!

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Rádio Rock Online ao vivo 24 horas por dia, sete dias por semana, rolando todas as vertentes do Rock'n'Roll, desde 2011 com sede em Taquaritinga, São Paulo.

Produtor Executivo: Gustavo Troiano.

Toda sexta-feira impar tem Rock Dissidente inédito.

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Confira o tesaser dessa edição ao som de "Age of Fire" do ELETRIC HELLFIRE CLUB, canção que é citada no livro "As escrituras satânicas: a filosofia do Satanismo" de Peter H. Gilmore, diretor da Igreja de Satã desde 2001. Gilmore também já gravou em algumas bandas, como o ACHERON.

ROCK DISSIDENTE # 100:

Abertura - ROSA TATTOADA.


Bloco I - RETROSATAN, ENFORCER, VINGADOR.

Bloco II - VENOM, ANTON, ACHERON.

Bloco III - MERCYFUL FATE, LUJURIA.

Fundos - GHOST, BEWITCHED, RUNNING WILD.

Fechamento - WHIPSTRIKER.

Gravado no estúdio "Casa da Rua do Beco", em Varginha, Minas Gerais, para todo universo conhecido, eternidade e além!

Produção, Roteiro, Seleção Musical e Locução: Willba Dissidente.
Produção Executiva: Gustavo Troiano.



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domingo, dezembro 01, 2019

Hit the Lights: as músicas e a história de como nasceu o Thrash Metal!

Em sua 14° edição pela Rádio Rock Online, a 93° no total, o Programa Rock Dissidente apresentou uma RESENHA RADIOFÔNICA do livro "Hit The Lights" e rolou músicas citadas na obra. "HIT THE LIGHTS: O Nascimento Do Thrash" é um livro contando os primórdios do Thrash Metal com ênfase na Bay Area de São Francisco e NY. 

O canadense Martin Popoff, que consta no crurriculo a resenha de mais de 7 mil discos, entrevistou membros das bandas EXCITER, EXODUS, METALLICA, MEGADETH, TESTAMENT, DARK ANGEL, SLAYER, VENOM, ANVIL, ANTHRAX etc. Além de conversar com musicistas, o autor também colheu depoimentos de fanzineiros, produtores, lojistas, todos que enfim estiveram atentos aos eventos entre 1969 e 1983 que resultaram no nascimento do Thrash Metal. Isso sem contar as tretas com "os posers" e outros fatos pitorescos.

Curta nosso podcast que junta som com a história do som!!!




Rádio Rock Online ao vivo 24 horas por dia, sete dias por semana, rolando todas as vertentes do Rock'n'Roll, desde 2011 com sede em Taquaritinga, São Paulo.

Produtor Executivo: Gustavo Troiano.

Toda sexta-feira impar tem Rock Dissidente inédito.

Rock Dissidente # 92:

  • Abertura - ANVIL
  • Bloco 01 -  VANILLA FUDGE, MOTÖRHEAD, QUEEN.
  • Bloco 02 - LÄÄZ ROCKIT, EXCITER, VENOM, ANVIL CHORUS.
  • Bloco 03 - G.B.H., THE EXPLOITED, SUICIDAL TENDENCIES, DEAD BOYS
  • Fundos -  RAVEN, METAL CHURCH, DEAD KENNEDYS.
  • Encenrramento - ANTHRAX.

Gravado no estúdio "Casa da Rua do Beco", em Varginha, Minas Gerais, para todo universo conhecido, eternidade e além!

Produção, Roteiro, Seleção Musical e Locução: Willba Dissidente.

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Confira nosso teaser!




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ONDE COMPRAR O LIVRO.

"Hit the Lights: O Nascimento do Thrash" está esgotado na Editora Denfire! Quem quiser procurar se encontra uma cópia ainda disponível deve tentar os seguintes pontos de venda!

São Paulo capital:

London Calling (Galeria do Rock)
Mechanix (Galeria do Rock)
Ugra Press (Rua Augusta)
Sensorial (Rua Augusta)
Livraria do Espaço Itaú (Rua Augusta)
Livraria Martins Fontes (Avenida Paulista)
Locomotiva (Galeria Nova Barão)
Extreme Noise Discos (Galeria Nova Barão)
Sebo Clepsidra (Vila Buarque)

Outros pontos de venda:


Loja Heavy Metal Rock (Americana/SP)
Zeppelin Discos (Rio Grande do Sul/RS)

Preço Sugerido: R$ 49,90

https://editoradenfire.com/

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quarta-feira, fevereiro 20, 2019

Offline: "um religioso pode ser homofóbico com o aval de deus".

Resenha - OFFLINE: SONDANDO O UNDERGROUND.
Autor: Denfire
1° Edição, 2018.
220 folhas coloridas no tamanho A5.
Preço sugerido: R$ 40,00.



Você compreende o porquê de continuar se interessando pelo Metal, pelo Rock'n'Roll, pelo Punk Rock, mesmo após tudo que passou na sua vida durante todo esse tempo? Ainda que estejamos nos dirigindo a leitores que não sabemos quem sejam é certo que se você chegou até aqui você tem interesse pelo trabalho de musicistas do som pesado que, não obstante as heroicas carreiras, estão fora do mainstream há décadas e cuja vida pessoal tem sido tão tonitroante e diversa quanto a sua. Ler um recorte de entrevistas aparentemente diversas e desconexas se torna então, nas palavras do site Reino Unidense Louder than War, a única maneira de entender a paixão dessas pessoas pela arte que fazem e também suceder o porquê deste tal de som pesado seguir fascinando tanto você. Essa é a proposta do livro Offline: Sondando o Underground, que ser escrito por um brasileiro em terras saxônicas tem até mais a ver contigo.

Guitarrista e vocalista da banda de Metalpunk MISCONDUCTERS, ainda que já tenha também encarado as funções de baixista e baterista, o musicista e vegano Denfire é  também jornalista, fotógrafo, diagramador e editor. Por uma década, a começar em 2003, ele viveu na capital inglesa,  onde foi correspondente do extinto site Rockonnection e também de uma outra revista impressa especializada em Metal. Após retornar ao Brasil, e trazer na bagagem além de sua banda muita experiência, ele resolveu fundar a Editora Denfire (livros de ficção e não-ficção com a temática Rock), a qual "Offline" é a publicação debut.




Paradoxalmente complexa, mas simples de explicar, a proposta é retomar as entrevistas e resenhas feitas nesses dez anos de modo as imortalizar e não as apresentar como um recorte do tempo. Os textos introdutórios originais foram cambiados por comentários de situações a nível pessoal e perguntas burocráticas ou que perdem importância no tempo, como "e o próximo disco" foram limadas, fazendo assim esse material interessante para quem, por ventura, tenha aproveitado seu lançamento original, como também para os leitores de primeira viagem (como nós). Pelo MISCONDUCTERS, banda do autor, ser Metal mas deixar a pegada Punk Rock, o movimento Punk aparece em todas as entrevistas (menos a do DEATH ANGEL), a maioria das vezes surgindo espontaneamente dos interlocutores. Inclusive, Denfire possui talento único como repórter e suas perguntas nunca estariam nas publicações burguesas e certamente vão incomodar leitores mais caretas. "Você acreditam em conspirações", "o homem pisou mesmo na lua", "teria sido a AIDS criada em laboratório", "essa administração Obama é tão ruim", são alguns dos temas e é interessante como HENRY ROLLINS e outros, como o THE VIBRATORS reagem a elas.

O maior mérito do autor polivalente, contudo, foi o modo como organizou essas entrevistas de modo que os assuntos sigam uma sequência lógico. Isso lega fluides e maior entendimento, além de unidade  a um todo desconexo com entrevistas de 10 anos de diferença entre si, dando aquela vontade gostosa de ler sem parar temas como o Satanismo não teísta de Anton LaVey, blast beats na bateria, a importância da internet, a influência de CRASS ou VENOM e por ai vai. A já citada pessoalidade na qual as entrevistas foram adaptadas é tão legal quanto o seguimento na editoração. Você se sente mais perto do livro ao ler que Lemmy do MOTÖRHEAD chegou hostil ou as dificuldades para se ir embora do Rebellion Fest ou ainda a gente finesse de Charlie Harper do UK SUBS.

Por ser o debut de Denfire, o autor, e Denfire, a editora, a obra contém, contudo alguns devem ser melhor trabalhados nos lançamentos futuros. Se nem BROKEN BONES ou DISCHARGE são unanimidades, claro que acharíamos alguns deméritos pequenos neste alfarrábio. Por ser um livro com entrevistas de URIAH HEEP a NOCTURNUS e ainda que contemos que nossos leitores sejam ecléticos, certamente não terão um conhecimento tão amplo em cearas tão distantes do Rock, assim algumas "notas do editor" ampliariam o entendimento. Por exemplo, na entrevista do AMEBIX, Denfire esquece de citar que instrumentos Stig e The Baron tocam. O editor que também é autor e tradutor poderia também anexar alguns notas do tradutor, já que nem todos leitores são familiarizados como o idioma de Shakespeare podem ficar boiando em "Hey, can I just get a hit before I go" no bate-papo com as meninas do NASHVILLE PUSSY. Todavia, algumas outras entrevistas, como a do GOLDBLADE, são bem completas nesses quesitos.  



A nova edição de Offilne é revisada e ampliada do material que saiu em 2015 com capa e 93 páginas em preto e branco, com 20 entrevistas. Agora são 33 conversações e 12 resenhas de shows em papel de luxo, coloridas e acabamento de primeira. Narrações essas que me fizeram saber que o ator Steven Segal toca guitarra tão bem quanto luta, ou saber de festivais undergrounds muito legais na Europa que sonho em conhecer, sem contar falas marcantes como a de Mille do KREATOR (que dá titulo a essa matéria) ou a do EXTREME NOISE TERROR "se todo mundo ficar religioso estamos fodidos". A leitura de Offline é recomenda para quem curte som pesado dos anos setenta em diante, seja PENTAGRAM ou GAMA BOMB. Quem se interessa pelo underground achará o que lhe agradará em Offline, pois Denfire foi muito competente em sua polivalência lançando essa obra. Claro que muitos leitores perguntarão qual a melhor entrevista, a mais marcante e ainda que insistimos na leitura da obra como um todo indicamos os palratórios com DIAMOND HEAD e ENGLISH DOGS além todos os citados ao longo desse texto. 


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Entevistas: Napalm Death, Amebix, Goldblade, Cannibal Corpse, Thrashera, Ratos de Porão, Tiamat, Jello Biafra, Master, Pentagram, Henry Rollins, Gama Bomb, English Dogs, Torture Squad, Kreator, Massacre, Uriah Heep, Nashville Pussy, Repulsion, Mykvs, Extreme Noise Terror, Motörhead, Venom, Broken Bones, Nocturnus, Death Angel, Discharge, Vibrators, UK Subs, Brutal Truth, Diamond Head e Terrorizer. 



Resenhas de shows: Hellfest 2010, Rebellion 2009 e 2010, Monster Magnet, Big Sexy Fest, Tributo ao Ruts, Firebird, Fozzy, Freak Kitchen, Leaf Hound, Eddie & The Hot Rods, Steven Seagal & Thunderbox.

ONDE COMPRAR:

Adquira a edição de 2018 em versão física (recomendamos a leitura de livros impressos!):

https://editoradenfire.com/

Em São Paulo, capital, você encontra o livro em: 


Ugra Press (Rua Augusta).
Livraria Martins Fontes (Avenida Paulista).
Sebo Clepsidra (Santa Cecília).
Patuscada (Pinheiros).
Banca Casa Palma (Avenida Cupecê).
Banca Back Side (em frente à Galeria Borba Gato).
London Calling (Galeria do Rock).
Mutilation (Galeria do Rock).
Locomotiva Discos (Galeria Nova Barão).

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Como curiosidade, essa é a capa da versão anterior do livro, de 2015. Porém, compre a versão atual que está muito mais legal!


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Sites relacionados:

http://www.editoradenfire.com
https://www.instagram.com/editoradenfire/
https://www.facebook.com/editoradenfire/

NOTA: 10,0.

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terça-feira, junho 17, 2014

Sexo Não! Capas de discos censuradas por conteúdo erótico.

Muitos são os motivos pelos quais uma capa de um disco pode ser considerada ofensiva. "Muito violento, muito sangue, ofende a religão, a moral" ou até usa imagens sem o devido direito. Elencar motivos que, potencialmente, tornam uma embalagem de Cd / Lp alvo de críticas é tarefa hercúlea e infindável. Tão vasto quanto esse universo é quem são os reclamantes: gravadores, religiões, associações de pais, outros empresas etc.

Por isso resolvemos ir dos anos 1970 até duas décadas seguintes buscando capas de discos que foram censuradas por conteúdo erótico, seja quem fosse o ofendido. 


Não aquelas que "só" geraram discussão, mas todas as capas (até onde nosso conhecimento permitiu) que tiveram de ser substituídas. Nosso foco foi nudez e relação sexual consentida; únicas exceções a essa regra são o VENOM  e o GUNS 'N' ROSES, como veremos a seguir. Na maioria dos casos é a própria gravadora que resolve "engavetar" uma capa de discos recém-posta no mercado. Como a maioria destas empresas major destas ficavam nos USA, as bandas que passaram que por esse problema por conta do conteúdo erótico tinham amplo público estadunidense.

Ressaltamos, logo de início, que a capa do BLIND FAITH, super grupo de Eric Clapton, Steve Winwood, Ginger Baker e Rick Grech, de 1969, não entrou para a matéria, pois ela não chegou a ser banida. Ainda que devesse ser banida pela menção a pedofilia e exista uma capa alternativa, ela não chegou a ser recolhida. Ainda assim, como esta pode ser considerada "a pioneira do estava por vir", fica a menção horrorosa acima.

Continue com a leitura do Rock Dissidente, conhecendo polêmicas que estão há mais de 50 anos repercutindo no som pesado!

01 . SCORPIONS (1975) "In Trance".




O sucessor de "Fly to the Rainbow" e play que estabilizou Uli Jon Roth no quinteto alemão, é também lembrado por uma loira desconhecida. A moça aparece com os seios de fora, simulando que a guitarra é um parceiro sexual que está para a penetrar por baixo. Não foi a insinuação que causou problemas, mas o seio, que foi coberto nas edições seguintes do disco.

02 . UFO (1975) "Force It".




O segundo disco da seminal banda inglesa a contar com o germânico Michael Schenker nas guitarras foi alvo de censura pela própria gravadora. O casal, aparentemente de duas mulheres, na maior pegação num banheiro muito doido foi substituido por uma imagem "transparente" dos mesmos. Eventualmente, a Hipgnosis, empresa responsável pela capa, que trabalhou muito com o UFO (além de outros ingleses, como PINK FLOYD, DEF LEPPARD etc) revelou se tratar de um homem e uma mulher, os então namorados Genesis Orridge (o homem) e Cosey Funni Tutti (a mulher). Identificar qual é qual é motivo de muita especulação na bem montada imagem.

Como curiosidade, no Brasil esta capa foi censurada diferentemente: simplesmente lançado com a capa do disco seguinte! Para piorar, não mudaram o nome das músicas na traseira, ou o título, e o que ficou calamitoso quando a gravadora lançou também o disco "No Heavy Pettin'", 1976, com a sua capa original sem alterações no Brasil!

03 . SCORPIONS (1977) "Virgin Killer".


De novo em nossa listagem, dessa vez os alemães tiveram a audácia de colocar uma menina na puberdade (novamente desconhecida) capa do elepê "Assassina Virgem". Para complicar ainda há uma rachadura por toda capa, cujo epicentro é órgão sexual da criança. O que levou a banda a usar criminoso conteúdo pedófilo na capa do LP é difícil dizer; porém, felizmente, uma foto daquela formação foi usava para estampar o álbum. No Brasil, o disco foi relançado, em 1984, com desenho de uma moça com uma tatuagem de escorpião nas lateral da nádega esquerda. Muito mais bom gosto do que a ideia original, na opinião desse site.

04 . SCORPIONS (1979) "Lovedrive".


Dois anos depois, outra capa da Hipgnosis causou trabalho aos alemães. Até onde sabemos essa é a única vez que até a traseira de um disco foi censurado. Nessa feita, no banco de trás de um carro um homem puxa um chiclete mascado, cuja uma ponta está em sua mão e a outra no seio (desnudo) de uma mulher. Na traseira, a moça aparece com os seio de fora, o que também foi omitido na versão censurada. No Brasil foi mantida a capa original.

05 . SCORPIONS (1984) "Love at First Sing".


Clássico absoluto da cena Hard'n'Heavy, a capa de "Love At First Sting" ,que mostrava uma casal trasando, com as roupas "abaixadas", enquanto o rapaz tatua a coxa da moça, passou desapercebida pela Polygram. Porém, a rede estadunidense Wal-Mart achou a capa muito ofensiva e fez pressão para que a gravadora a substituísse.  Resultado, acabou a mesma foto do encarte do LP na capa. Em terras tupiniquins, o petardo foi lançado como veio ao mundo.

06 .  SAVAGE GRACE (1985) "Master Of Disguise".



Não foi o fato do policial estar abusando da autoridade ao  usar seu cassetete de mordaça numa headbanger algemada com as mãos para a trás das costas. O que fez a Metal Blade relançar o disco com outra capa foi a vitima da violência policial, em posição submissa em ambas as vezes, estar com os seios à mostra.

07 . VENOM (1985) "Nightmare".




O desenho de uma moça, com os seios de fora, sendo estuprada por um capeta foi rapidamente trocada por uma close demoníaco da trupe de Cronos; o que por si só já causa pesadelos. A ideia dos pais do Black Metal era chocar com essa imagem bizarra no single; porém tiveram suas intenções - dessa vez - frustradas.

08 . GUNS 'N' ROSES (1987) "Appetite for Destruction".




A pintura de Robert Williams mostra um robô estuprador que, em frente à vitima, está para ser esmagado por um outro automato motorizado. A capa do debut gerou polêmica e reclamações por parte não só da MTV estadunidense, como de várias redes de lojas de discos. Ainda que as músicas fossem sucesso nas rádios, o boicote fez com que Axl e cia mudassem a arte para uma versão "caverizada" do GUNS 'N' ROSES. Novamente, no Brasil a arte original não gerou maiores choques.

09 . POISON (1988) "Open Up and Say... Ahh!".




O segundo álbum dos estadunidenses que ousaram no visual espalhafatoso e marcaram toda geração "Anos 80 do Hard Glam Rock", teve a capa censurada por associações de pais e igrejas estadunidenses. De acordo com a argumentação desses, a enorme língua exibida pela demoníaca figura feminina simbolizava um órgão fálico masculino... Listas de censuras foram adicionadas no lançamento do disco em diversos países, mas não no Brasil, que (outra vez), o viu com a arte tal qual originalmente concebida.

10 . HURRICANE (1990) "Slave to The Thrill".



Terceiro álbum do grupo, mais lembrado por ser "a banda dos irmãos pobres" do QUIET RIOT do que pelas suas músicas, mostrava uma moça pelada na capa em posição sexual. Polêmica gerada, moça retirada e assunto resolvido. Nenhum dos quatro discos do conjunto foi lançado oficialmente no Brasil.

11. GREAT WHITE (1991) "Hooked".



Em 1991, o grupo estadunidense, cujo debut sairá sete anos antes, conseguiu lançar um disco muito popular; ainda que o Hard Rock já estivesse sendo descartado das grandes gravadoras. A garota nua içada no anzol poderia atrapalhar a vendagem da bolacha, então os executivos decidiram, simplesmente, a abaixar até só a cabeça estar fora da água. Felizmente, nós, brasileiros, pudemos ter o disco original, sem essa "censurada de mestre".

12 . SODOM (1997) "Til Death Do Us Unite".



Fechando nossa listagem, chegamos à era do CD e os alemães do Thrash Metal. A pioneira banda apresentava uma mulher grávida com seios de fora esmagando uma caveira com a barriga de um homem muito gordo. Diferente do ocorrido até então, de censurar os seios, originalmente foi colocado um adesivo em frente à caveira! Posteriormente, a bolachinha foi reeditada com outra capa em nada semelhante à original. No Brasil, novamente, o disco foi lançado com sua arte original.


"Lee Aaron Project", 1982, debut da rocker canadense foi lançada com três capas, sendo que uma delas é com foto de ensaio para a revista masculina Oui.
Independente dos motivos, ou apelos, que levaram à censura do material original, os colecionadores de discos e fãs das bandas veem nesses "relançamentos" um atrativo especial. A chance de comprar o mesmo disco com uma capa diferente! Como a censura é algo localizado geograficamente, algumas edições de discos só saíram com "tal capa" em alguns países, gerando edições raras dos álbuns. Além de que, há sempre as dúvidas que fazem a alegria dos "papos de buteco": de qual é a melhor capa? foi justa a censura? etc. Assuntos que os fãs irão discutir até a aurora dos tempos. Algo notório, é que a única dessas capas que foi alterada no Brasil é a do SCORPIONS que faz menção à pedofilia, que é uma desumanidade além de ser crime.


Aproveite o espaço abaixo para comentar seus pensamentos e começar um destes debates, pois aqui no Rock Dissidente,  não havendo crime, não não há censura!

Contribuiu Iann Victor Caminha.

Site relacionado (em inglês):
http://rateyourmusic.com/list/RENZO46/original_banned_metal_artwork/