Andre Matos, Bryan Adams, Marky Ramone, Michael Schenker são todos musicistas muito famosos nas mais diversas cearas do Rock Pesado que tem o início de carreira em comum: eles gravaram discos quando ainda eram adolescentes! Em sua octogésima sétima edição, a oitava pela Rádio Rock OnLine, o Rock Dissidente te mostrará os discos pesados de gente que vêm tocando Rock Pesado desde cedo!
Ouça e descubra qual foi o adolescente mais jovem a ter banda e gravar um disco!
Além do especial, ainda rolaram os pedidos DISSIDENTES dos amigo - ouvintes Tassio Maia (Belo Horizonte/MG), Robson "Pulga" Alves (São Paulo/SP), Rudney (Três Corações / MG) e Daniel Peixoto (Varginha / MG).
Essa edição também divulgou o evento ANDRÉ MATOS TRIBUTO NO FABRIQUE CLUB, a se realizar dia 13 de outubro em São Paulo, capital, com apresentação de Willba Dissidente, locutor do Rock Dissidente. Na ocasião, musicistas de mais 20 bandas como RICARDO CONFESSORI, WARREL DANE, NECROMESIS, KORZUS, VIPER, FURIA INC e outras prestarão um tributo aos discos que o saudoso maestro gravou entre 1987 e 2007. Imperdível para os fãs de ANGRA, SHAMAN, VIPER, VIRGO.
Informa-se, compre ingresso etc nos seguintes links:
Rádio Rock Online ao vivo 24 horas por dia, sete dias por semana, rolando todas as vertentes do Rock'n'Roll, desde 2011 com sede em Taquaritinga, São Paulo.
Produtor Executivo: Gustavo Troiano.
Toda sexta-feira impar tem Rock Dissidente inédito.
Ainda que seja um gênero mais lembrado por temas épicos, como dragões e castelos, ou históricos, por exemplo, a segunda guerra mundial, o Metal já produziu muitas canções cantando positivamente sobre não ser heterossexual ou cis gênero. Interessante notar que alguns desses temas foram compostos e gravados não quem faz parte da comunidade LGBTQI+, mas em homenagem aos fãs que o são, ou são composições contra a homofobia. De Rod Stewart a Napalm Death, passando pelo Glam, Punk e todos os gêneros no meio, o ROCK DISSIDENTE compilou e disponibilizou a playlist dessas canções.
Acompanhe no Spotify:
O objetivo, claro, é combater o preconceito e as discriminações existentes em nossa sociedade. Dando visibilidade, falando do assunto, mostrando que o Rock'n'Roll se importa e está do lado das minorias ajudamos a criar uma sociedade justa e plena. Dos anos 1970 para agora e além, cantando em inglês, português, espanhol e alemão e com representantes de todo o mundo, o Rock Pesado está do lado da liberdade e contra o preconceito!
A playlist também está disponível pelo youtube:
Fazemos a ressalva que alguns dos temas presentes no youtube não estão no spotify; e que nesse último muitas das canções mais antigas estão em versão remaster, remix e não nas originais. Rock'n'Roll, entendido em todos os seus gêneros é entreterimento e hedonismo, então divirta-se com um som com conteúdo humanista; pois quanto mais longe da caretice dos preconceitos, mais livre de verdade você é!
Guitarristas do RAMMSTEIN se beijando no palco na Rússia em 2019 como protesto contra a homofobia!
Em seu segundo episódio dentro da Rádio Rock OnLine, o Programa ROCK DISSIDENTE abordou como a violência sexual contra crianças e adolescentes acontece, as leis que a combatem e como denunciar as práticas abusivas. Não só estupro é violência, mas também exposição, sedução, corrupção e produção de pornografia; tudo que ocorre quando um adulto ou adolescente mais velho usa uma criança para estimulação sexual própria. Foram tocados 13 sons pesados de bandas das décadas de 1970 até 2010 mostrando como o Rock, Thrash, Hard e Heavy Metal abordou esse tema: sempre do lado das vítimas!
Ouça nosso podcast gravado propositalmente alto!
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Toda sexta-feira impar tem Rock Dissidente inédito.
Rock Dissidente # 81:
Abertura: OZZY OSBOURNE
Bloco 01 - JAG PANZER, MAD MAX e ALICE COOPER.
Bloco 02 - TRIVIUM, MÖTLEY CRÜE e PAT BENATAR.
Bloco 03 - PANTERA e METAL CHURCH.
Encerramento: SOUXIE AND THE BANSHEES.
Fundos: MOTÖRHEAD, AEROSMITH e SCORPIONS.
Gravado nos estúdios na Cada da Rua do Beco, em Santa Maria, Varginha, Minas Gerais no dia 13/05, sendo exibido pela primeira vez em 17/05, com reprise 18/05/2019.
Produção, Roteiro, Seleção Musical e Locução: Willba Dissidente.
Quem acredita que o dia dos namorados é 12 de junho foi enganado (a) a sua vida toda pela família Dória, aquela do governador de São Paulo! Em todo o mundo civilizado, o que exclui o Brasil, se comemora o dia dos namorados, dia de São Valentim, em 14 de fevereiro. O que historicamente aconteceu nessa data para ela ser o dia dos namorados no mundo todo? E por que no Brasil nos forçaram outra data?
Além disso, o Rock Dissidente, em sua septuagésima quinta edição dentro do Programa Combate, separou as músicas mais pesadas do Metal com temática romântica e também as baladas mais inusitadas para você ouvir super grudado (a) com seu amor!
Confira nosso podcast da revolução do amor!
Programa Combate no ar desde 2001 pela rádio Melodia FM, 102,3 transmitindo desde Varginha para mais de cinquenta municípios. O Programa Combate passa todo domingo, das 16 às 18 horas.
Nessa edição sorteamos o cd "Reanimated", lançamento do grupo anglo-brasileiro de Metal Punk chamado MISCONDUCTERS!
Débora Damiani, a ganhadora, poderá retirar o disco, de 18 a 25/02, em: DOCAS SNOOKER BAR Praça Melo Viana, 93. Campos Elísios. Varginha / MG. Em frente a Igreja do Rosário.
Também nessa edição informamos o CANCELAMENTO do evento ROCK DISSIDENTE DE CARNAVAL que aconteceria dia 02/03/2019 em Varginha.
Assista nossa gravação em vídeo!
Gravado ao vivo e disponibilizado nas redes sociais em 17/02/2019, rolando sons de WILD HORSES, RATT, HELIX, AMORPHIS e SCORPIONS.
Rock Dissidente no Programa Combate:
Apresentação: Willba Dissidente. Técnico de som: Francisco Chico. Produção técnica: Ivanei Salgado. Produção executiva: André "Detonator" Biscaro.
Por causa do MANIACS METAL MEETING de 2018, o Rock Dissidente dentro do Programa Combate não pode ser ao vivo e portando foi veiculado uma reprise. O tema escolhido foi o da nossa décima segunda edição: o LGBT+!
Ouça o áudio completo!
Do Metal Extremo do NAPALM DEATH ao Rock'n'Roll mais clássico de ODAIR JOSÉ; há inúmeros exemplos de grupos de Rock Pesado que repudiam a homofobia e celebram a liberdade sexual e a diversidade humana. Além disso, o Heavy Metal, em sua gênese, deve muito à comunidade LGBT - sigla que significa Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros. E justamente as relações entre o LGBT, enquanto movimento social, e o Heavy Metal, enquanto movimento artístico, foram o tema do décimo segundo episódio do Canal Rock Dissidente dentro do Programa Combate.
O programa foi dividido em três partes. Partindo do LITTLE RICHARD, e traçando todo caminho estético que culminaria no Heavy Metal, o Rock Dissidente mostrou que a indumentária clássica do Heavy Metal foi adaptada do movimento LGBT dos anos 1960 e 1970. Então, o programa apresentou os músicos que fazem parte da comunidade LGBT e terminou listando uma extensa seleção de músicas positivas em relação ao movimento.
Durante essa edição rolamos músicas de TARZEN, SCORPIONS, ACCEPT, THE SWEET e JUDAS PRIEST.
Gravado ao vivo nos estúdios da Melodia FM em 13/08/2017 (data que foi subido ao youtube), exibido originalmente em 20/08/2017 e reprisado em 02/12/2018. Rock Dissidente no Programa Combate:
Apresentação e técnica: Ivanei Salgado. Apresentação e edição de vídeo: Willba Dissidente. Produção: André "Detonator" Biscaro. Técnico de som: Adilson. Sites relacionados:
Zeno Roth (30 de junho de 1956 - 05 de Fevereiro de 2018), o irmão caçula do lendário guitarrista alemão Uli Jon Roth (SCORPIONS / ELETRIC SUN) faleceu essa segunda-feira, cinco de fevereiro em sua cidade natal, Hanover. Ele tinha 61 anos.
Uli publicou uma declaração: "Zeno faleceu enquanto dormia após anos doente e finalmente ele está em um lugar melhor.
"Falando em nome de seus familiares e amigos, essa é uma tremenda perda, à nível humano mas também porque Zeno era um artista verdadeiro e incrivelmente talentoso. Nós sempre nos lembraremos de suas músicas, poesia e de como ele tocava bem a guitarra. Como irmão, eu lembro dele como uma alma caridosa com os sentimentos mais profundos e ainda assim um grande senso de humor e sagacidade. Suas habilidades como compositor eram impressionantes. Ele era um guitarrista realmente surpreendente e seu talento com a poesia era simplesmente sublime no maior nível imaginável, o que era particularmente evidente nos poemas que ele escreveu em sua língua materna, o alemão. Felizmente para nós ele nos deixou muitas jóias preciosas e nós publicaremos uma compilação de seus poemas póstumas no devido tempo.
"Pouco antes de falecer, ZENO estava trabalhando em três novas canções, que me pude ouvir as demos antes do natal e fiquei impressionado com o que escutei, porque ele alcançara um novo plato e estava tocando mais do que antes, miraculosamente, ainda que sua doença fosse debilitante. Nós terminaremos essas três canções e as lançaremos porque vale a pena escutá-las já que elas são cheias de magia e poesia.
Para os fãs do ZENO no mundo todo, eu quero dizer "obrigado" em nome dele, eu quero agradecer em nome de seus filhos, Shion, Naoko, sua namorada Indu e nossa família, e também em nome do nosso amigo mais próximo e membro da banda Ule W. Ritgen (FAIR WARNING) por seu apoio e lealdade. Que a alma de Zeno seja abençoada por deus".
Zeno é talvez mais lembrado pela banda de A.O.R. / Melodic Rock que leva seu nome que ele formou em 1984 com o vocalista Michael Flexig e o baixista Ule W. Ritgen. O cantor Tommy Heart (FAIR WARNING) também esteve no grupo por um curto período. O debut do ZENO foi lançado em 1986 e sua turnê foi como grupo de apoio de bandas como BLACK SABBATH, KROKUS e KEEL.
Uli Jon não informou a doença a qual seu irmão sofria.
Discografia:
Zeno (1986, full-lenght, Lp, Cd, Cassete).
A little More Love (1986, Single, 7").
Love Will Live (1986, Single, 7").
Zenology (1995, Copilação de Demos, Cd).
Listen to The Night (1998, Full Lenght, Cd)
Zenology II (2005, Copilação de Demos, Cd).
Runaway to the gods (2006, Full-lenght, Cd).
NOTA DO AUTOR: Willba Dissidente lamenta profundamente a perda do musicista de quem é grande fã e agrade a André "Detonator" Bíscaro.
Como foi que os gatos começaram a viver junto com os humanos? Quem são os gatos mais famosos da cultura popular? Como os os felinos foram vistos por várias religiões ao redor do mundo? Por que os católicos perseguiam gatos na idade média? E, como não podia deixar de ser, esses adoráveis seres peludos de quatro patas influenciando o Hard Rock, o Heavy e o Thrash Metal! Acompanhe na 36° edição do Rock Dissidente no Programa Combate, o MIAU NO METAL!
Escute o áudio completo pelo MixCloud, incluindo as músicas, sem precisar fechar os outros aplicativos!
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Programa Combate no ar desde 2001 pela rádio Melodia FM, 102,3 transmitindo desde Varginha para mais de cinquenta municípios. O Programa Combate passa todo domingo, das 16 às 18 horas.
No decorrer da trigésima sexta edição rolamos músicas de LEVIAETHAN, QUEEN, AXEL RUDI PELL, WHITESNAKE e SCORPIONS.
Esquecemos de citar que assim como as músicas do WHITESNAKE e do AXEL RUDI PELL a SCORPIONS també colocam características de felinos em seres humanos.
Assista ao vídeo pelo Youtube!
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Gravado em 18/03/2018, sendo exibido em 20/05 do disponibilizado nas redes sociais no dia seguinte. *
Rock Dissidente no Programa Combate:
Apresentação, edição de vídeo e filmagem: Willba Dissidente. Técnico de Som: Adilson Mesquita. Produção técnica: Ivanei Salgado. Produção executiva: André "Detonator" Biscaro.
Do Metal Extremo do NAPALM DEATH ao Rock'n'Roll mais clássico de ODAIR JOSÉ; há inúmeros exemplos de grupos de Rock Pesado que repudiam a homofobia e celebram a liberdade sexual e a diversidade humana. Além disso, o Heavy Metal, em sua gênese, deve muito à comunidade LGBT - sigla que significa Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros. E justamente as relações entre o LGBT, enquanto movimento social, e o Heavy Metal, enquanto movimento artístico, foram o tema do décimo segundo episódio do Canal Rock Dissidente dentro do Programa Combate. A gravação foi disponibilizada no link abaixo:
O programa foi dividido em três partes. Partindo do LITTLE RICHARD, e traçando todo caminho estético que culminaria no Heavy Metal, o Rock Dissidente mostrou que a indumentária clássica do Heavy Metal foi adaptada do movimento LGBT dos anos 1960 e 1970. Então, o programa apresentou os músicos que fazem parte da comunidade LGBT e terminou listando uma extensa seleção de músicas positivas em relação ao movimento.
No ar desde 2001, o Programa Combate é transmitido pela rádio Melodia FM, 102,3 desde Varginha para mais de cinquenta municípios do Sul de Minas Gerais, sendo o mais antigo periódico radiofônico voltado ao Heavy Metal da região. O Programa Combate passa todo domingo, das 16 às 18 horas.
O mesmo pode ser ouvido, ao vivo, de qualquer ponto do universo conhecido pelo link http://www.radiosaovivo.net/melodia-varginha/ e depois as gravações do Rock Dissidente são disponibilizadas no youtube.
- >Músicas e músicos que são contra o movimento LGBT não foram citados -<
Canal Rock Dissidente no Programa Combate:
Apresentação e técnica: Ivanei Salgado. Apresentação: Willba Dissidente. Produção e filmagem: André "Detonator" Biscaro.
Você sabia que o disco mais Heavy Metal da História, "British Steel" do JUDAS PRIEST tem um reggae no meio? Seria um Heavy Reggae como fizeram os cariocas do X-RATED, ou um Reggae 'n' Roll , como os do NAZARETH, ou ainda um Hard Reggae como o registrado pelo SCORPIONS? Grupos de Rock pesado que gravaram Reggae, ou músicas inspiradas no ritmo jamaicano, foram o assunto da nona edição do Canal Rock Dissidente no Programa Combate, sendo exibida em 30/07/2017.
A gravação foi disponibilizada no link abaixo:
No ar desde 2001, o Programa Combate é transmitido pela rádio Melodia FM, 102,3 desde Varginha para mais de cinquenta municípios do Sul de Minas Gerais, sendo o mais antigo periódico radiofônico voltado ao Heavy Metal da região. O Programa Combate passa todo domingo, das 16 às 18 horas.
O mesmo pode ser ouvido, ao vivo, de qualquer ponto do universo conhecido pelo link http://www.radiosaovivo.net/melodia-varginha/ e depois as gravações do Rock Dissidente são disponibilizadas no youtube.
O assunto já havia sido abordado antes no Rock Dissidente em um artigo de 2013:
Ronnie James Dio foi muito mais quem um rocker ou um headbanger. O envolvimento mais notório do vocalista com as causas sociais aconteceu em 1985, ao capitanear o projeto Hear an Aid para obtenção de fundos para ajudar no combate à fome na África, mas não foi o único. Na cidade litorânea de Kavarna, no Mar Negro, o ex-vocalista do BLACK SABBATH, RAINBOW, ELF etc participou ativamente numa campanha de oito anos para a libertação de enfermeiras búlgaras que estavam presas na Líbia. O povo búlgaro agradeceu ao herói, que tocou cinco vezes na cidade de 12mil habitantes, erguendo no final de 2010 uma estátua de DIO sobre pedras retiradas do fundo do Mar Negro.
Localizada no parque central da cidade, a ode ao "santo mergulhador", faz parte do projeto "Wall of Rock", idealizado pelo prefeito Tsonk Tsonov. Lar do festival Kavarna Rock Fest, que recebe headbangers de toda Europa no estádio da cidade anualmente desde 2006, e onde, nos três dias de evento, já tocaram ARIA, STRYPER, HELLOWEEN, UFO, MSG, TWISTED SISTER etc e o próprio DIO com o HEAVEN & HELL em 2007, o projeto visual da cidade ficou pronto em 2016.
O projeto "Wall of Rock" consistiu em matar a monotonia dos principais edifícios do centro da cidade com grafites em homenagem a rockers célebres.
Muito se fala e se diz da Europa como modelo de progresso e civilização, todavia, a iniciativa da prefeitura da cidade búlgara em incentivar o grafite e gastar com cultura é totalmente antagônica, por exemplo, com a do atual prefeito de São Paulo. Ex-apresentador de um programa de TV de baixa audiência, o milionário João Dória (que alguns acham parecido com o próprio DIO) está mobilizando 500 guardas civis e mais policiais do DEIC, implantando câmeras e TIRANDO dinheiro que seria mobilizado à educação (cortando o programa Leve Leite e ameaçando reduzir 'gastos' com material escolar e transporte dos alunos para isso) para isso.
Com quais modelos de urbanismo você acha que Ronnie James Dio se identificaria mais? Certamente, que os prefeitos brasileiros tem muito o que aprender com a administração municipal de Kavarna.
SABE AQUELA SENSAÇÃO QUE "NUNCA HOUVERAM TANTOS SHOWS INTERNACIONAIS DE ROCK NO BRASIL"? POIS BEM, ELA É CORRETA E TEM A VER COM NOSSA ESCOLHA DIA 26 DE OUTUBRO.
Há um senso comum ditando que Rock Pesado e política não se misturam. Tanto, há amplamente difundida a ideia que "tanto faz" quem for eleito, para o mundo da música "dá na mesma". Hoje é dia 14 de outubro de 2014, dia de Debate entre Dilma e Aécio pela presidência brasileira na tevê. Nesse contexto histórico importantíssimo que vivemos, surgiram na internet imagens que comparam o número de shows que o ex- BEATLES e ex- WINGS Paul McCartney fez no Brasil entre 1995-2002 e 2003-2014, administrações do PSDB e PT, respectivamente. Para surpresa de muitos, o IRON MAIDEN também foi incluído nessa lista. Em ambos os casos, os seminais ingleses tocaram mais em nosso país durante o governo PT que o PSDB. Será então que Rock Pesado e política estão distantes assim? Ou, talvez a máxima de Jean Paul Satre, que o senso-comum é - além de incorreto - é deprimente, faria mais sentido?
O blog Rock Dissidente, descartando a falaciosa neutralidade nas Ciências Sociais, que foi defendida pelo positivismo e o weberianismo, e corroborando com a metodoligia de Mintz de informar ao leitor a orientação do texto, apoia a Dilma Rousseff em sua campanha de reeleição; eis os porquês.
Devemos lembrar que o Rock surgiu do Blues dos trabalhadores rurais negros estadunidenses, que viviam em condições análogas a de escravos, na década de 1950. De lá para cá, por muitas modificações passou, porém, a gênese de rebelião contra o autoridade, contra o poder insistido, nunca o abandonou. Canções clássicas como "Fortunate Son", CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL e tantas outras, nos lembram que o rocker é o oprimido que quer mudar a sociedade injusta. Infelizmente, alguns artistas se renderam ao Sistema, como o BLACK SABBATH, que se apresentou em Sun City em 1987, ou o surgimento do estilo chamado Black Metal NS, de bandas nórdicas que pregam o nazismo, ou até a música deplorável "Pleasure Slave" do MANOWAR. Em contrapartida, tivemos o protestos contra o "Hotel-Cassino-Resort" Sul Africano liderados pela banda de BRUCE SPRINGTEEN e dezenas de rockers, existem críticas ao sistema do Punk Rock e do Hardcore e diversos artistas são ativistas de esquerda, como Bono Vox do U2, houve o Woodstock... Em suma, e o que queremos provar, o Rock'n'Roll pode até ser dissociado da política, mas é muito mais facilmente associado a esta, sendo sua gênese de esquerda, mas também apropriado pela direita de quando em quando.
O que nos leva ao ponto central deste texto. Como pode, um governo do PT à nível federal, ser melhor a quem curte qualquer vertente de Rock, do que um do PSDB? O governo do PT representa o capital produtivo: quem trabalha e ganha salário; quem compra bens de consumo para uso próprio; imóvel para residir; automóvel para uso próprio; viaja nas férias. O governo do PSDB é preocupado em agradar o capital especulativo: quem investe dinheiro e espero que esse dinheiro gere dinheiro; quem compra diversas casas, terrenos para especular (esperar valorizar); quem não vive de salário fixo, quem gasta no exterior; em suma, concentra renda e aumenta as diferenças sociais. A resposta para nossa pergunta é tão simples quanto é inusitada: a política econômica do PT, tem como efeito colateral, proporcionar mais shows de Rock / Internacionais que o PSDB.
O pacote de baixo desemprego (4,7% em dezembro de 2011 contra 10,5% dos tucanos em dezembro de 2002, chegando a picos de 30%) e alta do salário mínimo (de U$D 56,00 em dezembro de 2002 com o PSDB para U$D 306,00 em dezembro de 2012 com o PT) aliados a queda da taxa de inflação do período de 100,6% (no PSDB) para 50,3% (a metade, no PT), ou taxa anual de 9,1% para 5,8%, respectivamente, permitiu ampla oferta de crédito à juros baixos e financiamentos.
Essa bonança construída pela economia sob controle criou o cenário ideal que permitiu que os empresários daqui pudessem chamar / contratar bandas estrangeiras, sabendo que tais eventos darão lucro; já que a economia aquecida lega para o grande público ter dinheiro para gastar em entretenimento. Como assim? Enquanto no governo PSDB criou-se 627 mil empregos por ano (12,2% de desemprego), a taxa petista foi de 1,79 milhões (5,4% de desemprego) e a desigualdade social, que caia 2,2% na administração tucana, caiu 11,4% nos governos Dilma e Lula. Percebe que mais pessoas são incluídas? Mais pessoas tem como gastar? Não é só nas 33 milhões de passagens aéreas vendidas em 2002 para as 100 milhões vendidas em 2013, que percebemos o quanto o brasileiro pode consumir mais; no Rock também.
Em se tratando de shows internacionais de pequeno e médio porte, a situação é ainda mais nítida, pois permite que pessoas sem tanto dinheiro organizar turnês com custo e lucro baixo. Não só mais um empresário de estádio, Rock in Rio com bandas milionárias e shows em capitais. Grupos menores, passaram pelo Brasil durante o governo do PT, sob a economia focada no capital produtivo, podendo excursionar o país todo. SKULL FIST, ENFORCER, CAULDRON, NUCLEAR WARFARE, STEELWING, MAD MAX e outros grupos, são exemplos de bandas internacionais ainda desconhecidas do grande público, que puderam realizar turnês extensas pelo Brasil, com público pequeno em cada apresentação. Isso ocorria entre 1995 e 2002 (governo do PSDB)? Mais, muitos desses concertos aconteceram em cidades pequenas, ou "sem tradição" de Rock / Metal. "Sem tradição", por não haverem pessoas que curtam som nos interiores do Brasil, ou por nos anos 1990 a concentração de riqueza imposta pelo neoliberalismo não gerar desenvolvimento econômica nestas regiões o suficiente para receber esse tipo de evento?
Pode ser contra-argumentado que as bandas citadas estavam inativas durante o período do PSDB no governo federal. Todavia, existiam bandas similares, tão competentes e desconhecidas do grande público, como UNREST, WOLF (da Suécia), DIRTY DEEDS, DORO etc, cujos headbangers também gostavam e nunca foram chamadas ao Brasil durante seu período de atividade (desses só a DORO continua ativa). Percebem como um modelo econômico favorece mais aos shows de rock que outro?
Só contamos as bandas que estavam em atividade durante os governos PSDB e PT, e acresecentamos algumas outras de interesse deste blog. O número de shows tem como referência buscas feitas no site SetList.FM:
Ainda assim, os grandes centros não foram esquecidos pelo empresários de shows de Rock / Metal.
Prova disso é que John Fogerty tenha se apresentado 04 vezes no período do PT e nenhuma antes disso; pois as condições econômicas para que um show desse acontecesse eram desfavoráveis. Em relação aos grandes Festivais, como Monsters of Rock e Skol rock, lembramos que os shows ocorridos nesses festivais entraram em nossa contagem. Ainda que esse tema dos festivais, mereça análise mais aprofundada, é seguro dizer que se alguns sumiram, outros tantos surgiram.
Se você fosse empresário, arriscaria colocar seu dinheiro num show caro em um país com o segundo maior desemprego do mundo e que o dinheiro estava a desvalorizar?
O que concluímos? Que concentração de renda, especulação, desigualdades sociais e instabilidade econômica diminuem o poder de compra da população, e consequente, o público em potencial para um show de rock internacional. Note que o governo federal petista no precisou, necessariamente, financiar esses eventos; sua boa gerência econômica é que indiretamente criou e aumentou as condições para que os mesmos acontecessem.
Como é impossível elencar todos os grupos, nossa lista não é exaustiva, portanto, cedemos os espaços de comentários a quem quiser acrescentar nome e/ou correções.
Voltando ao começo do texto, o Rock Dissidente, tomando partido desde início e buscando objetividade, apoia a candidatura da presidenta Dilma Rouseff, pois o governo petista, entre muitas outras coisas mais importantes e que estão sendo divulgadas na campanha, acaba por - colateralmente, ao circular renda e diminuir a miséria - favorecer a ocorrência de shows de Rock / Metal internacionais no Brasil.
Willba Dissidente agradece efusivamente ao irmãozinho Marcelo Alexandre Rosa, sem o qual não poderíamos tecer a listagem acima, e manda um alô para Enio Corrêa, André Demônino e Leandro T-Bone.
Muitos são os motivos pelos quais uma capa de um disco pode ser considerada ofensiva. "Muito violento, muito sangue, ofende a religão, a moral" ou até usa imagens sem o devido direito. Elencar motivos que, potencialmente, tornam uma embalagem de Cd / Lp alvo de críticas é tarefa hercúlea e infindável. Tão vasto quanto esse universo é quem são os reclamantes: gravadores, religiões, associações de pais, outros empresas etc.
Por isso resolvemos ir dos anos 1970 até duas décadas seguintes buscando capas de discos que foram censuradas por conteúdo erótico, seja quem fosse o ofendido.
Não aquelas que "só" geraram discussão, mas todas as capas (até onde nosso conhecimento permitiu) que tiveram de ser substituídas. Nosso foco foi nudez e relação sexual consentida; únicas exceções a essa regra são o VENOM e o GUNS 'N' ROSES, como veremos a seguir. Na maioria dos casos é a própria gravadora que resolve "engavetar" uma capa de discos recém-posta no mercado. Como a maioria destas empresas major destas ficavam nos USA, as bandas que passaram que por esse problema por conta do conteúdo erótico tinham amplo público estadunidense.
Ressaltamos, logo de início, que a capa do BLIND FAITH, super grupo de Eric Clapton, Steve Winwood, Ginger Baker e Rick Grech, de 1969, não entrou para a matéria, pois ela não chegou a ser banida. Ainda que devesse ser banida pela menção a pedofilia e exista uma capa alternativa, ela não chegou a ser recolhida. Ainda assim, como esta pode ser considerada "a pioneira do estava por vir", fica a menção horrorosa acima.
Continue com a leitura do Rock Dissidente, conhecendo polêmicas que estão há mais de 50 anos repercutindo no som pesado!
01 . SCORPIONS (1975) "In Trance".
O sucessor de "Fly to the Rainbow" e play que estabilizou Uli Jon Roth no quinteto alemão, é também lembrado por uma loira desconhecida. A moça aparece com os seios de fora, simulando que a guitarra é um parceiro sexual que está para a penetrar por baixo. Não foi a insinuação que causou problemas, mas o seio, que foi coberto nas edições seguintes do disco.
02 . UFO (1975) "Force It".
O segundo disco da seminal banda inglesa a contar com o germânico Michael Schenker nas guitarras foi alvo de censura pela própria gravadora. O casal, aparentemente de duas mulheres, na maior pegação num banheiro muito doido foi substituido por uma imagem "transparente" dos mesmos. Eventualmente, a Hipgnosis, empresa responsável pela capa, que trabalhou muito com o UFO (além de outros ingleses, como PINK FLOYD, DEF LEPPARD etc) revelou se tratar de um homem e uma mulher, os então namorados Genesis Orridge (o homem) e Cosey Funni Tutti (a mulher). Identificar qual é qual é motivo de muita especulação na bem montada imagem.
Como curiosidade, no Brasil esta capa foi censurada diferentemente: simplesmente lançado com a capa do disco seguinte! Para piorar, não mudaram o nome das músicas na traseira, ou o título, e o que ficou calamitoso quando a gravadora lançou também o disco "No Heavy Pettin'", 1976, com a sua capa original sem alterações no Brasil!
03 . SCORPIONS (1977) "Virgin Killer".
De novo em nossa listagem, dessa vez os alemães tiveram a audácia de colocar uma menina na puberdade (novamente desconhecida) capa do elepê "Assassina Virgem". Para complicar ainda há uma rachadura por toda capa, cujo epicentro é órgão sexual da criança. O que levou a banda a usar criminoso conteúdo pedófilo na capa do LP é difícil dizer; porém, felizmente, uma foto daquela formação foi usava para estampar o álbum. No Brasil, o disco foi relançado, em 1984, com desenho de uma moça com uma tatuagem de escorpião nas lateral da nádega esquerda. Muito mais bom gosto do que a ideia original, na opinião desse site.
04 . SCORPIONS (1979) "Lovedrive".
Dois anos depois, outra capa da Hipgnosis causou trabalho aos alemães. Até onde sabemos essa é a única vez que até a traseira de um disco foi censurado. Nessa feita, no banco de trás de um carro um homem puxa um chiclete mascado, cuja uma ponta está em sua mão e a outra no seio (desnudo) de uma mulher. Na traseira, a moça aparece com os seio de fora, o que também foi omitido na versão censurada. No Brasil foi mantida a capa original.
05 . SCORPIONS (1984) "Love at First Sing".
Clássico absoluto da cena Hard'n'Heavy, a capa de "Love At First Sting" ,que mostrava uma casal trasando, com as roupas "abaixadas", enquanto o rapaz tatua a coxa da moça, passou desapercebida pela Polygram. Porém, a rede estadunidense Wal-Mart achou a capa muito ofensiva e fez pressão para que a gravadora a substituísse. Resultado, acabou a mesma foto do encarte do LP na capa. Em terras tupiniquins, o petardo foi lançado como veio ao mundo.
06 . SAVAGE GRACE (1985) "Master Of Disguise".
Não foi o fato do policial estar abusando da autoridade ao usar seu cassetete de mordaça numa headbanger algemada com as mãos para a trás das costas. O que fez a Metal Blade relançar o disco com outra capa foi a vitima da violência policial, em posição submissa em ambas as vezes, estar com os seios à mostra.
07 . VENOM (1985) "Nightmare".
O desenho de uma moça, com os seios de fora, sendo estuprada por um capeta foi rapidamente trocada por uma close demoníaco da trupe de Cronos; o que por si só já causa pesadelos. A ideia dos pais do Black Metal era chocar com essa imagem bizarra no single; porém tiveram suas intenções - dessa vez - frustradas.
08 . GUNS 'N' ROSES (1987) "Appetite for Destruction".
A pintura de Robert Williams mostra um robô estuprador que, em frente à vitima, está para ser esmagado por um outro automato motorizado. A capa do debut gerou polêmica e reclamações por parte não só da MTV estadunidense, como de várias redes de lojas de discos. Ainda que as músicas fossem sucesso nas rádios, o boicote fez com que Axl e cia mudassem a arte para uma versão "caverizada" do GUNS 'N' ROSES. Novamente, no Brasil a arte original não gerou maiores choques.
09 . POISON (1988) "Open Up and Say... Ahh!".
O segundo álbum dos estadunidenses que ousaram no visual espalhafatoso e marcaram toda geração "Anos 80 do Hard Glam Rock", teve a capa censurada por associações de pais e igrejas estadunidenses. De acordo com a argumentação desses, a enorme língua exibida pela demoníaca figura feminina simbolizava um órgão fálico masculino... Listas de censuras foram adicionadas no lançamento do disco em diversos países, mas não no Brasil, que (outra vez), o viu com a arte tal qual originalmente concebida.
10 . HURRICANE (1990) "Slave to The Thrill".
Terceiro álbum do grupo, mais lembrado por ser "a banda dos irmãos pobres" do QUIET RIOT do que pelas suas músicas, mostrava uma moça pelada na capa em posição sexual. Polêmica gerada, moça retirada e assunto resolvido. Nenhum dos quatro discos do conjunto foi lançado oficialmente no Brasil.
11. GREAT WHITE (1991) "Hooked".
Em 1991, o grupo estadunidense, cujo debut sairá sete anos antes, conseguiu lançar um disco muito popular; ainda que o Hard Rock já estivesse sendo descartado das grandes gravadoras. A garota nua içada no anzol poderia atrapalhar a vendagem da bolacha, então os executivos decidiram, simplesmente, a abaixar até só a cabeça estar fora da água. Felizmente, nós, brasileiros, pudemos ter o disco original, sem essa "censurada de mestre".
12 . SODOM (1997) "Til Death Do Us Unite".
Fechando nossa listagem, chegamos à era do CD e os alemães do Thrash Metal. A pioneira banda apresentava uma mulher grávida com seios de fora esmagando uma caveira com a barriga de um homem muito gordo. Diferente do ocorrido até então, de censurar os seios, originalmente foi colocado um adesivo em frente à caveira! Posteriormente, a bolachinha foi reeditada com outra capa em nada semelhante à original. No Brasil, novamente, o disco foi lançado com sua arte original.
"Lee Aaron Project", 1982, debut da rocker canadense foi lançada com três capas, sendo que uma delas é com foto de ensaio para a revista masculina Oui.
Independente dos motivos, ou apelos, que levaram à censura do material original, os colecionadores de discos e fãs das bandas veem nesses "relançamentos" um atrativo especial. A chance de comprar o mesmo disco com uma capa diferente! Como a censura é algo localizado geograficamente, algumas edições de discos só saíram com "tal capa" em alguns países, gerando edições raras dos álbuns. Além de que, há sempre as dúvidas que fazem a alegria dos "papos de buteco": de qual é a melhor capa? foi justa a censura? etc. Assuntos que os fãs irão discutir até a aurora dos tempos. Algo notório, é que a única dessas capas que foi alterada no Brasil é a do SCORPIONS que faz menção à pedofilia, que é uma desumanidade além de ser crime.
Aproveite o espaço abaixo para comentar seus pensamentos e começar um destes debates, pois aqui no Rock Dissidente, não havendo crime, não não há censura!
"Liberte-se da escravidão mental", quando o Rock homenageou o Reggae.
Surgido
como um gênero derivado do Ska em final dos anos 1960 na Jamaica, o
estilo musical do Reggae foi muito popularizado por bandas como THE
WAILERS, que revelou ao mundo os talentos de Bob Marley e Peter Tosh. No
começo da década de 1970, o Reggae ganhou exposição mundial,
principalmente na Inglaterra. Na terra da rainha, o filme "The Harder
They Come", de 1972, que trazia o cantor Jimmy Cliff como ator e trilha
sonora de reggae, foi um tremendo sucesso, assim como o documentário
para tevê "Roots Rock Reggae", 1977, creditado ao inglês Jeremy Marre. É
complicado, e nos perguntamos se necessário, tentar explicar o
fenômeno, mas desde a primeira tour de Bob Marley pelo Reino Unido, em
1972, que alguns artistas de rock, em sua totalidade europeus ou
ex-colônias desses, chegaram a gravar covers de Reggae, ou compuseram
músicas nesse estilo, notadamente, entre os anos 70 e 80; destoando do restante de sua
carreira. Muitas destas gravações deram mais peso à música, a gravando
somente com baixo, guitarra e bateria, sem os teclados, background vocals femininos ou metais tão
comuns ao som genuinamente jamaicano. Apresentamos abaixo uma lista,
cronológica, de bandas de rock que gravaram Reggae.
Lembramos, contudo, a impossibilidade de se conhecer "todas as músicas do mundo", o que torna essa listagem não exaustiva e também que ficaram de fora bandas de rock que tocam constantemente reggae. Have a nice trip!
01 . LED ZEPPELIN (1973) "D'yer Mak'er".
Um nome estranho, que vem da contração da expressão "Did You Make Her" para soar como "Jamaica" e inusitadamente composta pelos quatros membros da banda foi a primeira homenagem do Rock ao Reggae. Lançada originalmente no disco "Houses Of The Holy" e posteriormente em compacto com "The Crunge" no lado B, D'yer Mak'er, não obstante o quarteto não ser "rock ortodoxo", não foi levada à sério por alguns fãs e o baixista John Paul Jones expressou numa entrevista de 2004 que ele não gosta dessa música. Ainda assim D'yer Mak'er entrou em todos os "Best Off" e "Coletâneas" do Zepellin de Chumbo, demonstrando a aprovação do público por ela.
02 . ERIC CLAPTON (1974) "I Shoot the Sheriff".
Lançada um ano depois da versão original de Bob Marley, o ex-guitarrista do CREAM conseguiu chegar à primeira posição do Billboard Top 100 com essa canção. Inusitadamente, o cover é considerado mais famoso que o original, o que gerou muita exposição do Reggae para plateias fora da Jamaica.
03 . HEAVY METAL KIDS (1974) "Run Around Eyes".
Com inspiração no apelido da personagem Uranian Willy, do romance The Soft Machine, escrito por William Burroughs em 1961, o grupo londrino HEAVY METAL KIDS ficou mais famoso por ter lançado o seminal tecladista italiano Danny Peyronell (UFO, TARZEN, BANZAI, RIFF, THE BLUE MAX etc) que pelos seus excelentes discos. "Run Around Eyes" foi um pioneiro dos Hard Reggae. 04 . THE ROLLING STONES (1976) "Cherry Oh Baby".
As pedras rolantes quiseram inovar em seu disco "Black'n'Blue" e, além de gravarem um soul music com "Hei Negrita", incluíram esse cover de Eric Donaldson. Diferente dos casos anteriores, o Reggae dos Stones "não colou". Ressaltamos que o vocalista Mick Jagger afirma ter relações com o Reggae desde o final dos anos 1960, quando o estilo então tinha suas primeiras casas noturnas na Inglaterra. 05 . THE CLASH (1979) "Armagideon Times".
Esse cover do "One Hit Wonder" Willi Williams, saiu como lado b do single "London Calling", tendo entrado em coletâneas e apresentações ao vivo do grupo. Como veremos a seguir, ela não foi a única incursão de Joe Strummer, vocalista do THE CLASH, pelo Reggae. 06 . SCORPIONS (1979) "Is Anybody There?".
O disco "Lovedrive" dos hard rockers alemães do SCORPIONS marcou a substituição do excelente guitarrista Uli Jon Roth (ELETRIC SUN) pelo carismático Matthias Jabbs e ainda possui a participação do membro original Michael Schenker (UFO, MSG). Indiscutivelmente é um disco muito pesado, cujo pauleira é interrompida pelas baladas "Always Somewhere" (cujo introdução é idêntica a uma música do LYNYRD SKYNYRD) e "Holiday" e pelo reggae de "Is Anybody There?". Diferente dos casos já listados, a música tem o andamento todo de reggae, com refrão indiscutivelmente rockers. 07 . PHIL LYNOTT (1980) "Solo in Soho".
Indiscutivelmente, a ideia do frontman da ótima irlandesa THIN LIZZY, era inovar em seu disco solo. Afastando-se do hard rock que lhe rendera fama mundial, Lynott chamou muitos amigos para gravar o disco, e ainda que algumas canções soassem exatamente com o o THIN LIZZY, algumas delas até gravadas por membros e ex-membros da banda, outras, como "Yellow Pearl", eram de inspiração totalmente diversa. Prova disso é a própria faixa-título, um legitimo reggae que faz alusão ao famoso bairro boêmio londrino.
08 . JUDAS PRIEST (1980) "The Rage".
O mais pesado reggae da História é uma faixa de um dos discos mais Heavy Metal já feitos, o British Steel. Ainda que a música tenha o legítimo swingado jamaicano no começo e no meio, a maior parte de seu andamento é Metal. No documentário "classic albuns" os guitarrista KK Downing e Glen Tipton, junto com o baixista Ian Hill explicam que a intenção foi fazer como se fosse uma banda de Heavy Metal tocando reggae.
09 . NAZARETH (1981) "Let me be your leader".
Criatividade nunca foi problema para a fabulosa banda escocesa, que atacou com esse "Reggae puxado para o Rock" no disco "The Fool Circle". Com letra crítica ao imperialismo bretão, a canção entrou para celebrado disco ao vivo "Snaz", lançado no mesmo ano. 10 . ROSE TATTOO (1982) "Sidney Girls".
Altamente influenciados pelos Stones e o Naz, a banda setentista de pauleira australiana tem um Reggae de peso que distoa do jargão "100% rock'n'roll" que eles passaram a usar nos anos 2000. Essa homenagem às moçoilas da cidade natal do quinteto, gravada no disco "Scarred for Life" não emplacou no restante da carreira vitoriosa do Rosie Tatts.
A música começa aos 28:32.
11 . NAZARETH (1982) "You love Another".
O segundo de três discos lançados como sexteto, o grupo escocês NAZARETH sacou esse reggae um ano após o anterior; todavia sem reproduzir o mesmo sucesso. A canção acabou sem entrar nas posteriores coletâneas e registros ao vivo. 12 . FRANK ZAPPA (1983) "Stick Together".
"Aberração Estatística" em nossa lista, o músico estadunidense do THE MOTHERS OF INVENTION, gravou não apenas um, mas cinco Reggaes durante a década de 1980. Escolhemos a faixa do disco "The Man from Utopia" por ser a mais representativa.
12 . ROSE TATTOO (1984) "Pirate Song".
Será que foi a inspiração no NAZ que fez o Rossie Tats gravar um segundo reggae? Ou imposição da gravadora, ou simplesmente, um gosto dos garotos australianos? Curiosamente, a música enaltece a vida dos piratas, que é justamente criticada na clássica "Redemption Song" de BOB MARLEY e demais versões.
13 . GAROTOS DA RUA (1987) "Fim de Século".
Um legitimo representante brasileiro em nossa listagem. A banda do saudoso guitarrista gaúcho BEBECO GARCIA (que na década seguinte formou o BANDO DE CIGANOS e se tornou artista solo) gravou esse único Reggae com participação do Eng. Humberto Gessinger (que tirou seu diploma no Havaí) no baixo para seu segundo disco "Doutor em Rock'n'Roll".
"Fim de Século", destoantemente, tinha passagens bem rockers aliadadas à percussão, teclados, vocais femininos e metais que lhe davam um ar mais Reggae tradicional. A música não colou, talvez ofuscada pelos sucessos do LP, que tinha como carro chefe "Eu Já Sei" que foi tema de novela da globo, e inusitadamente o disco era fechado pela faixa que dizia "Eu toco rock, eu não dou bola para o resto". Muito infelizmente, esse LP nunca foi editado em CD.
Como curiosidade, no seu último disco solo "Confidencial", BEBECO GARCIA aparece no encarte usando uma camiseta do Bob Marley.
14 . X-RATED (1991) "Lonely Street".
Super grupo do Hard Rock nacional formado por veteranos das bandas AZUL LIMÃO, ROBERTINHO DE RECIFE e STRESS, o X-RATED era uma banda fora do padrão quadrado que gostava de atirar para todos os lados dentro da sua música. Prova disso é esse fabuloso Heavy Reggae que figura no segundo LP do quarteto, "Animal House".
15 . VLAD V (1999) "Fique Atento".
Ativa desde 1986, o VLAD V (lesse Vlad Quinto) é um grupo de Hard Rock progressivo de Blumenau. Uma das primeiras bandas pesadas de Santa Catarina, em seu terceiro disco de estúdio, a banda deixou aflorar mais suas influências de MPB (que já estavam nos registros anteriores) e apresentou esse reggae acústico com solo de flauta. Genial e único, a letra da música faz menção à política dos anos 1990, marcada pelo neoliberalismo que que espalhava a pobreza pela país; e infelizmente, a a música voltou a ser atual.
16 . BLUE ÖYSTER CULT (2001) "Showtime".
Os ocultistas do Hard Rock progressivo estadunidense nos brindaram com esse brilhante Reggae 'n' Roll em seu último disco de estúdio, chamado "Curte of the Hidden Mirror". Ainda que sejam mais lembrados pela pauleira e o A.O.R., o B.Ö.C. já havia gravada jazz, na faixa "Monsters", por exemplo, e sempre foi um grupo adepto da improvisação e experimentação. Uma pena a decisão de não gravarem mais em estúdio desde o começo da década passada.
17 . JOHNNY CASH (2003) "Redemption Song".
Bob Marley se valeu de palavras proferidas em discurso pelo famoso político jamaicano e defensor do Pan-Africanismo Marcus Garvey para compor a letra de "Redemption Song". Lançada na versão voz e violão no disco "Uprising" e posteriormente em single com a banda toda, a canção de protesto foi enorme sucesso. Então nos anos 2000, JOHNNY CASH a gravou num dueto com Joe Strummer, vocalista do THE CLASH, que saiu oficialmente no box "Unearthed", lançado dois meses depois do músico estadunidense falecer. Coincidentemente, o Joe Strummer havia gravado esse cover no seu disco solo Streetconer, lançado pouco antes de seu falecimento. Coincidente e tragicamente, o produtor Rick Rubin gravou o piano na versão do ex THE CLASH e produziu o dueto.
Menção Honrosa: ROSA TATTOOADA (2003) "Paz 9 mm".
Essa música não é um reggae, é um Hard Rock tradicional, mas merece ser citada aqui. Nesse tema que fala de grandes homens que lutaram pelo fim das desigualdades sociais e foram assassinados pelos detentores do poder, o a banda gaucha cita o regueiro PETER TOSH.
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Encerramos aqui esta odisseia musical por meandros pouco visitados pelo Rock'n'Roll, esperando que todos tenham gostado. Utilize o espaço de comentários abaixo para citar bandas que esquecemos ou para simplesmente se expressar. Em breve, voltaremos com mais dissidências do Rock.
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Esse artigo foi transformado em programa de rádio no nono episódio do CANAL ROCK DISSIDENTE dentro do PROGRAMA COMBATE.