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segunda-feira, fevereiro 08, 2021

BLACK SABBATH: ritmos cubanos, experimentação, colapsos e teclados em "Vol. 4".

TÍTULO ORIGINAL:
How Drugs and Experimentation Became the Main Ingredients for Black Sabbath’s Vol. 4.

AUTOR: 
Bryan Reesman.

LINK ORIGINAL: 
https://blog.discogs.com/en/black-sabbath-vol-4-album-retrospective/?utm_source=homepage&utm_medium=discogs&utm_campaign=Artist_2021_01_22

PUBLICADO EM:
22/01/2021.

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO:
Willba Dissidente.

Rock Pesado e experimentação sempre formaram estranhas combinações. Parte do que torna o gênero querido para seus fãs é a maneira como ele não se ajusta ao mainstream. No entanto, embora alguns fãs gostem de bandas que tentam se arriscar musicalmente, há quem prefira que as bandas mantenham seu som clássico porque é esse o som que os fascinou. Todavia, "sair da caixa" frequentemente leva a gravações clássicas que resistiram ao teste do tempo.

Caso em questão: "Vol. 4" do BLACK SABBATH. Como Steve Huey do AllMusic, observou: "Fãs fieis, cansados ​​dos padrões, ouvem esse álbum e alguns acabam o tendo como seu disco favorito do Sabbath por suas excentricidades e pela incorporação dos excessos da banda." O primeiro trabalho auto-produzido do grupo, "Vol. 4" definitivamente possuía os elementos sombrios e arrastados que os tornaram tão populares em seus três primeiros lançamentos - "Black Sabbath", "Paranoid" e "Master of Reality" - mas este expandiu paleta auditiva da banda em várias maneiras. Ele também mostrou um apetite crescente por substâncias ilícitas.

BLACK SABBATH (1972) Vol. 4



Após escrever seu ode a 'Sweet Leaf" ("erva doce" em tradução livre, canção cuja letra supostamente fala do uso de maconha) em seu terceiro álbum, os membros do Sabbath foram "Snowblind" (canção cuja letra supostamente fala do uso de cocaína) no "Vol. 4", com suas composições e execução impulsionadas por fileira após fileira de ouro branco. De acordo com dados recentes oferecidos pela banda, o "Vol. 4" custou U$ 60.000 para fazer. Em outras declarações, eles supostamente gastaram US $ 75.000 em montanhas de cocaína. Geezer Butler, o baixista, diz que metade do orçamento do álbum foi para as drogas, então, juntando as declarações, o álbum custou US $ 105.000, 00. Naturalmente, essa revelação pública não aconteceu até muitos, muitos anos depois, muito depois de grandes carregamentos serem contrabandeados para as casas e estúdios dos membros da banda.

Ao lado dos excessos do Rock'n'Roll,  o verdadeiro motivo de "Vol. 4" se destacar como um dos melhores lançamentos de Sabbath é que eles foram capazes de expandir seu som sombrio, que provou ser influente nas futuras gerações de Metalheads. Eles certamente estabeleceram as bases para as bandas de Stoner, Doom e Sludge que vêm surgindo desde a década de 1980.




Ozzy Osbourne na mesma pose da emblemática capa de "Vol. 4". Fonte: divulgação.


Os três primeiros álbuns do Sabbath foram gravados em Londres com Rodger Bain, mas o produtor e o grupo (vocalista Ozzy Osbourne, guitarrista Tony Iommi, baixista e principal letrista Geezer Butler e baterista Bill Ward) não estavam em sintonia na direção deste quarto disco. Assim, a banda e seu empresário, Patrick Meehan, decidiram cuidar sozinhos dos afazeres de estúdio. Eles voaram para Los Angeles e alugaram a mansão no estilo dos anos 1930 do então proprietário Josh Du Pont (então herdeiro da fortuna da família DuPont e mais tarde o único executivo da Fortune 400 a ser condenado por assassinato). A casa estava localizada em 773 Stradella Road, em Bel-Air, que certamente era um local chique para o grupo de operários britânicos de Birmingham. Eles ensaiaram na casa e gravaram no Record Plant em Hollywood durante maio de 1972. O álbum foi lançado no final de setembro.


O sol extra e os arredores vibrantes do sul da Califórnia não amenizaram o peso do BLACK SABBATH, mas ampliaram os horizontes da banda. A triste balada, "Changes", executada no piano e no mellotron foi algo inesperado e mais acústico por natureza, com o vocal sincero de Osborne emitindo letras simples inspiradas pelo divórcio vindouro de Ward. “Supernaut” tem levada impulsionada por ritmos ao estilo cubano. O bucólico instrumental “Laguna Sunrise”, supostamente inspirado por Iommi viajando no ácido em Laguna Beach, colocou sintetizadores de cordas angelicais sobre violões acústicos tranquilos, relembrando o enfoque acústico de “Orchid” de "Master Of Reality". "Tomorrow's Dream" vêm com refrão cativante que é tocado só uma vez. O instrumental experimental “FX” surgiu de uma confusão na guitarra que levou a uma colagem de som curta e repleta de reverberação.





"Um dia, tirei meu violão e o coloquei num pedestal. Quando fui o abaixar ele caiu fazendo BOING", lembrou Iommi para a revista Classic Rock em 2019. "Por nada na vida eu lembro o porquê de termos ficado pelados, mas foi assim que gravamos 'FX',  pulando em volta, pelados, batendo no violão. Nós estávamos chapados, é claro".

E então, temos o obrigatório elogio ao seu ingrediente secreto, chamado "Snowblind", sobre o pesadelo eufórico da droga utilizada, que acabou tendo até uma seção de cordas. Esse título foi sugerido para o álbum também, mas o selo estadunidense da banda, Warner Bros, não gostou da conotação que ele apresentava para o público em geral. Então, se decidiu pelo mais básico "Vol. 4".

No que tange o vício mortal, a música do BLACK SABBATH não caia pela tangente.  Alguns podem até dizer a coesão musical inconsciente do álbum foi resultado dos excessos da época, mas é a inesperada diversidade que se mantém elogiada pelos fãs e críticos há quase 50 anos. 

"Os três primeiros discos podem ser colocados todos na mesma fornada, mas ("Vol. 4") foi quando nós começamos a introduzir elementos diferentes", Iommi escreveu em livro de memórias "Iron Man: My Journey through Heaven and Hell with Black Sabbath" (2011) . Eu encontrei um piado no salão de baile da casa e costumava tocar aquela coisa após milhões de fileiras de cocaína. Eu nunca tinha tocado um piano antes e comecei a aprender lá e então, em algumas semanas. Preste atenção, eu ficava acordado a maldita noite toda após uma fileira de cocaína, tocava um pouco, outra fileirinha, então eu fiquei acordado o equivalente a seis semanas".


 

Escutar o piano, arranjos de cordas e mellotron num disco do BLACK SABBATH pode soar destoante para muitos fãs leais, mas os anos 1970 foram época de experimentação para muitos nomes do Heavy Rock. Considerando que o BLACK SABBATH era ponto zero para o nascimento do som pesado em Birmingham, Inglaterra, ainda não haviam regras para o gênero que nascia. De fato, eles estavam escrevendo muitas regras. Lá pelos anos 1980, muitas bandas de Heavy Metal tradicional iriam banir o piano e teclados em favor do som pesado e orientado para a guitarra.

A experimentação e mente aberta abriram a porta para mais instrumentações mais ecléticas em seu próximo álbum, "Sabbath Bloody Sabbath". Este opus incluía cravo, flauta, gaita de foles, bongôs, tímpanos, palmas, cordas e o teclado de RICK WAKEMAN em "Sabbra Cadadra". O estrondoso quarteto até convocou o English Chamber Choir para a sublime instrumental "Supertzar" em seu sexto álbum, "Sabotage".

Os excessos do BLACK SABBATH chegaram ao topo no "Vol. 4" e o grupo começou a superar seus vícios, após seu comportamento gerar consequências. Durante a produção do disco, eles pregaram uma peça no baterista Bill Ward, na qual seu corpo foi pintado com spray de tinta dourada que supostamente era venenoso. Osbourne frequentemente desmaiava de tanto farrear, onde ele perdia completamente a noção de tempo. Enquanto eles estavam em turnê naquele ano, alguém colocou drogas na bebida de Butler, levando a uma espontânea tentativa de suicídio no Hotel. "Tony e Bill tiveram de me segurar na cama", Butler contou jornal The Guardian em 2013. "Eu comecei a me distanciar das drogas depois disso". Iommi disse ter sofrido um colapso após a apresentação no Hollywood Bowl no meio de setembro de 1972 após ingerir muita cocaína. Esse incidente levou ao cancelamento das datas restante na turnê pela América do Norte e colocou a banda de folga por dois ou três meses. Esse tempo para descansar era algo que ele precisavam desesperadamente depois de cinco anos seguidos de turnês e produção de álbuns. 


 

Não obstante os problemas relacionados às drogas, "Vol. 4" se tornou uma rica tapeçaria de sons pesados e suaves, momentos escuros e claros que demonstram as diferentes facetas musicais do BLACK SABBATH. O álbum quebrou as barreiras da música pesada e facilmente destrói o estereótipo que esse gênero é simplesmente uma monolítica parede de som que só serve para fazer estourarem seus tímpanos. Se algum detrator quiser discutir isso, o faço ouvir "Vol. 4" o mais rápido que puder. Isso deve o calar a boca. Talvez, o faça sorrir também.

Publicado em parceria com a Rhino. 

Site relacionado:

https://www.loudersound.com/features/fear-and-loathing-in-los-angeles-the-story-of-black-sabbaths-vol-4

quinta-feira, abril 09, 2020

EAGLES: site católico italiano encontra o Diabo em contra-capa de disco.

O nosso amado Rock'n'Roll é o estilo musical mais prolixo em mensagens escondidas nos discos e músicas que supostamente tem relação com o Satanismo. Nesse sentido "Stairway to Heaven" do LED ZEPPELIN é um clássico absoluto de tantas mensagens, coincidências e ligações que já SUPUSERAM dessa música com o Inferno. Ainda que os reino unidenses abusassem do ocultismo nas suas composições e o guitarrista Jimmy Page até chegou a comprar uma residencia de Aliester Crowley na Escócia, há uma outra canção que chega perto do sucesso do disco "Led Zeppelin IV" quando o assunto são SUPOSTOS pactos com Lúcifer.



Estamos falando de "Hotel California", que os estadunidenses do EAGLES lançaram ao fim de 1976. O solo de guitarra que tem feito muito casais dançarem agarradinhos, a letra misteriosa e todas as acusações que o Hotel fosse sede da Ku Klux Klan (racistas e fundamentalistas cristãos) ou da Igreja de Satã (que nega as religiões abraâmicas e é contrária ao racismo) já são muito conhecidas. Acontece que um site católico da Itália encontrou o próprio Diabo e Anton LaVey, fundador da Igreja de Satã, na contra-capa do do quinto disco da banda e ainda diz ter desvendado um dos trechos mais enigmáticos da letra!


Escrita por Don Felder, Don Henley e Glenn Frey, "Hotel California", a música, fez o disco que carrega seu nome vender mais de 16 milhões de cópias pelo mundo; o maior sucesso do EAGLES. O edifício na capa da álbum, que tanto gerou polêmicas quanto a sua história e localização, realmente existe e de fato é um hotel; só que de luxo.

É o Beverly Hills Hotel, que fica no número 9641 da Sunset Boulevard em Los Angeles, Califórnia, sendo frequentado por estrelas do cinema e do Rock. Nós vamos apresentar então a interpretação do Centro Culturale San Giorgio, fundado em Ferrara, na Itália, no ano de 1990, e cuja a missão, auto-imposta, é expandir a doutrina social do Magistério da Igreja Católica em nível cultural. Em suma, criticam o aborto, o feminismo, legalização das drogas, os LGBT's (*) e tem em seu site um acervo enorme de músicas com supostamente mensagens subliminares satânicas.


Ainda que os boatos que dizem que os membros do EAGLES sejam satanistas tenham surgido em 1977 por um pregador fundamentalista evangélico do Sul do Estados Unidos, esses já foram desmentidos em todas as oportunidades pelos membros da banda. O site italiano analisou a foto interna da capa gatefold do LP para encontrar duas imagens, ainda que não muito nítidas, que em que Anton LaVey estaria escondido na festa do saguão do Hotel California. Na versão do LP brasileiro, é a foto ao lado da letra de "Hotel California".

Nos três arcos do canto superior direito há uma figura calva de cavanhaque que o site indica que pode ser o sumo sacerdote da Igreja de Satã. Contraditoriamente, o site indica que LaVey talvez possa estar escondido atrás de um lustre perto do personagem não identificado. Quiças um truque de fotografia para a mesma pessoa aparecer duas vezes na mesma foto? Ou um sósia? Tudo muito improvável, contudo.



Adicionando novidade, os italianos encontraram duas figuras sinistras atrás da banda, uma delas assustadora como um demônio e outra de chifres. Os católicos da península argumentam que essas figuras são atores vestindo máscaras de animais e demônios como as que são usadas em rituais satânicos. Para corroborar a análise italiana, é argumentado ainda que a letra diz de se "matar a besta com punhal de aço" e "que esse vinho (spirit em inglês) não é servido desde 1969", porque nos mesmos rituais da religião de LaVey se usam espadas e que a fundação da Igreja de Satã é do ano de 1969 e o "spirit" citado na canção não é vinho e sim o espírito santo!!!!


Anton Szandor LaVey faleceu aos 67 anos em 1997 vitima de um ataque cardíaco. Até onde essa reportagem pode apurar nunca foi questionado se realmente participou da capa do disco do EAGLES. Já os membros da banda, afirmam, categórica e explicitamente que todos os presentes na capa do disco são figurantes os quais eles nunca tiveram contato anterior ou posterior. Sobre a letra, os autores reiteram que ela é uma metáfora ao estilo de vida hedonista que muitas bandas levavam; em especial na década de 1970. Para encerrar com chave de ouro e concluir sua análise, o site italiano "lembra" que nome da banda vêm do antropólogo peruano Carlos Castañeda, cujo maior sucesso como escritor é o livro "A erva do Diabo", de 1968. Novamente, e como todas a outras afirmações anteriores, essa carece de fontes ou confirmações.

O Rock Dissidente finda seu artigo lembrando que o fundamentalismo e toda forma de fanatismo religioso e conservadorismo são contrários à sociedade multicultural de que o Rock'n'Roll, como estilo musical e de vida, depende para existir livremente. Adicionamos que as mesmas pessoas que buscam "pelo em ovo" para provar que o Rock'n'Roll é ruim e danoso são aquelas que usam a bíblia cristã para destilar preconceitos contra a luta de outras minorias, como mulheres e LGBT's.

Após ler o artigo, ouvir a música e analisar as fotos e fatos, comente sua opinião. Os católicos italianos estão viajando ou a interpretação deles tem sentido?

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Site relacionado (em italiano):
http://www.centrosangiorgio.com/rock_satanico/pagine_significato_covers/cover_hotel_california.htm

(*) Nota do editor: o site do Centro Cultural São Geórgio não se diz homofóbico, mas seu discurso diz que homossexuais devem enfrentar, individualmente, a ira de deus e se opõe a músicas, filmes, livros etc que tratem outras sexualidades que não a hétero e cis como normal. Todavia, tratar como anormal alguém por conta da identidade sexual dessa pessoa é exatamente uma característica da homofobia.

segunda-feira, abril 09, 2018

Southern Rock: de Allman Brothers a Pantera.

O típico Rock sulista surgido no Estados Unidos como uma resposta caipira à "Invasão Britânica" foi tema da quadragésima edição do ROCK DISSIDENTE dentro do PROGRAMA COMBATE. De CREDEENCE e ALLMAN BROTHERS a PANTERA passando por BLACK OAK ARKANSAS (na foto), e muito outros, o Rock Dissidente passeou pelo Southern Rock estadunidense. Que tal acompanhar a viagem?

Ouça o Rock Dissidente pelo MixCloud enquanto você fica no facebook.



Programa Combate no ar desde 2001 pela rádio Melodia FM, 102,3 transmitindo desde Varginha para mais de cinquenta municípios. O Programa Combate passa todo domingo, das 16 às 18 horas. 

Assista o Rock Dissidente no youtube!




O tema do Southern Rock foi sugerido por William Rocha, ex-roadie do TUATHA DE DANNAN, de Varginha, Minas Gerais. Você também pode sugerir um assunto para o programa acessando Rock Dissidente pelo facebook, youtube e mixcloud.

Gravado e exibido ao vivo em 08/04/2018, sendo disponibilizado nessa mesma data no MixCloud  e um dia depois no youtube.

Durante a sua 40° edição dentro do Programa Combate, o Rock Dissidente executou músicas de ZZ TOP, BLACK CROWES, BLACKFOOT, TEXAS HIPPIE COALITION e MOLLY HATCHED
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Rock Dissidente
 no Programa Combate

Apresentação, edição de vídeo e filmagem: Willba Dissidente. 
Técnico de Som: Francisco.
Produção técnica: Ivanei Salgado.
Produção executiva: André "Detonator" Biscaro. 

Sites relacionados: 
http://rockdissidente.blogspot.com.br/
http://www.mixcloud/RockDissidente/ 
https://www.facebook.com/RockDissidemte/ 

http://www.radiosaovivo.net/melodia-varginha/ 
https://www.facebook.com/combatefm/

segunda-feira, fevereiro 19, 2018

Cozy Powell: as duas décadas sem o maior baterista do Hard Rock.

ROCK DISSIDENTE apresenta sua nova grande saga OS MUSICISTAS DAS MIL BANDAS estreando o baterista COZY POWELL que tem no seu currículo RAINBOW, BLACK SABBATH, WHITESNAKE, JEFF BECK, MALMSTEEN, WARLOCK e outras bandas mais! A nova jornada do periódico dentro do Programa Combate celebrou a obra desse grande baterista, tratando de sua vida, curiosidades sobre o artista e destacou discos e shows emblemáticos que ele participou até seu trágico falecimento em abril de 1998.

Confira a 35º edição do Rock Dissidente, gravada, exibida e disponibilizada em 18/02/2018.



Programa Combate no ar desde 2001 pela rádio Melodia FM, 102,3 transmitindo desde Varginha para mais de cinquenta municípios. O Programa Combate passa todo domingo, das 16 às 18 horas. Toda segunda-feira um episódio novo do ROCK DISSIDENTE é disponibilizado no youtube.


Durante a exibição desse episódio tocamos músicas de RAINBOW, MICHAEL SCHENKER GROUP, BLACK SABBATH e BRIAN MAY todos trabalhos impares de Cozy Powell no comando das baquetas!




"Eu toco bateria igual eu dirijo... loucamente". Cozy Powell.


Rock Dissidente no Programa Combate:

Apresentação e edição de vídeo: Willba Dissidente. 
Técnico de Som: Adilson Mesquita.
Produção técnica: Ivanei Salgado
Produção executiva e gravação: André "Detonator" Biscaro. 


Sites relacionados:

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segunda-feira, agosto 14, 2017

Segunda Guerra Mundial: como o Metal viu o pior da Humanidade.

As diversas abordagens da segunda guerra mundial, que durou de da invasão da Polônia pelos nazistas em setembro de 1939 a rendição do Japão em setembro de 1945, por grupos de Hard, Heavy, Thrash, Speed Metal foi o tema do décimo primeiro episódio do ROCK DISSIDENTE dentro do PROGRAMA COMBATE.

A gravação foi disponibilizada no link abaixo:



O programa focou mais nos desrespeitos aos direitos humanos perpetrados durante o conflito do que as batalhas em sí; entre eles, o PIOR ATENTADO TERRORISTA DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE. ou, como os EUA explodiram duas cidades inteiras habitadas por civis como recado ao Japão que eles deveriam se render ou o país inteiro teria o mesmo destino.



No ar desde 2001, o Programa Combate é transmitido pela rádio Melodia FM, 102,3 desde Varginha para mais de cinquenta municípios do Sul de Minas Gerais, sendo o mais antigo periódico radiofônico voltado ao Heavy Metal da região. O Programa Combate passa todo domingo, das 16 às 18 horas.



O mesmo pode ser ouvido, ao vivo, de qualquer ponto do universo conhecido pelo link http://www.radiosaovivo.net/melodia-varginha/ e depois as gravações do Rock Dissidente são disponibilizadas no youtube.

- BANDAS QUE FAZEM APOLOGIA AO NAZISMO NÃO FORAM TOCADAS OU SEQUER CITADAS -
NAZISMO É CRIME!



Canal Rock Dissidente no Programa Combate:

Apresentação e técnica: Ivanei Salgado.
Apresentação: Willba Dissidente.
Produção e filmagem: André "Detonator" Biscaro.

Sites relacionados:

https://www.facebook.com/Rock-Dissidente-750197101819997/
https://www.facebook.com/combatefm/
http://rockdissidente.blogspot.com.br/
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NAZISMO E FASCISMO NUNCA MAIS!

terça-feira, março 22, 2016

México: como o Rock / Metal cantou o país de nossos hermanos norte-americanos.


México, ou oficialmente, "Estados Unidos Mexicanos" é muito maior que apenas um território ao sul da América do Norte. Não fazemos referência ao fato desse país com 31 estados (mais um Distrito Federal) possuir 118 milhões de habitantes ou ser - atualmente - o segundo maior PIB da América Latina, só perdendo para o Brasil. Tampouco, a menção é ao território de dois milhões de Km quadrados e sua geografia, que possui de praias tropicais à neve e de vulcões a tremores de terra. Nossa meta, como muito bem definiu Érico Veríssimo é retratar o "México absurdo, o mágico México", país da "desordem latino-americana", de "imagens, sons e cheiros" no qual "o relógio é apenas um elemento decorativo e o tempo, assunto de poesia".



Zócalo, no coração da Cidade da México, um dos cartões postais do México. Foto: Reprodução.

De independência declarada em 1810 (reconhecida onze anos depois), o Tenochitlan foi invadido pela Espanha em 1521. O imperador Montezuma não pode resistir e logo o território hoje conhecido como México virou uma colônia. Sucederam a independência, impérios, ditaduras, guerra com o imperialismo estadunidense (seguida de concessão de territórios aos opressores) e a Revolução Mexicana que começou a formar "a cara" que o país hoje possui. Lar dos povos Asteca, Maia, Tolteca, Mixteca, Zapoteca e outros, além de ser parte do mítico "Velho Oeste", o México encanta. Sua História cheia de desdobramentos trágicos, sua cultura dos muralistas, dos mariachis, das máscaras mortuárias, das bandas de Heavy Metal, da culinária apimentada e bebidas pesadas, tudo isso e muito mais fascinam o mundo, tiram a vida da normalidade a levam a uma realidade idealizada.


Pedra do Sol, ou calendário Asteca, que de tão importante é considerada a segunda bandeira do México. Foto: Reprodução

A proximidade física aos USA, ainda que distante economicamente e da cultura popular, criaram uma aura de mistério e misticismo sobre o México. Desde o começo da década de 1970 os rockers daquela terra - e posteriormente de todo o mundo - passaram a ver o México como um país onde poderiam viver longe da retidão e da ordem careta de suas rotinas na terra do Tio Sam. Onde encontrariam señoritas a quem amar que, diferente das moças de sua terra, entenderiam seus sentimentos. Em suma, o México carrega no imaginário coletivo a ilusão de onde se fazer a viagem de sua vida, não só territorialmente, mas nas ideias e no sentimento.


Centro de Oaxaca de Juarez, capital de Oaxaca. Foto: Reprodução

Você acaba de descer de avião na cidade do México e em sua caminhada até as pirâmides do Teotihuacan, ou as do Monte Alban em Oaxaca passará por mais de quarenta anos de música feita, ou inspirada, sobre a terra de Frida Khalo. Nossa lista é cronologia e alfabética por nome de artista em caso de empate de ano de lançamento.

01 . STEVE MILLER BAND (1970) "Going to México".



Quinto disco do grupo de São Francisco, e fase de transição entre o psicodélico e o pop, a banda do guitarrista Steve Miller é a primeira homenagem conhecida do Rock'n'Roll ao país que teve o Texas como sua província. A letra, como muito veremos a seguir, fala daquela viagem longe das preocupações do dia-a-dia.

02 . ZZ TOP (1971) "Goin' Down to México".



Vindos do Texas, estado que fazia parte do território mexicano, o ZZ TOP talvez seja a grupo estadunidense que mais cantou o México. No que pese a proximidade física, o power trio já declarou sua admiração pela país das quesadillas e tortillas em músicas como "Mexican Blackbird"(carro), "Mescalero"(mescalero é um grupo índigena do Texas, mas a letra  trata do mezcal, uma bebida típica) , "Heard on the X" (as rádios de fronteira no México começam com X no nome) etc, além de seu segundo registro citar o Rio Grande (que separa México e USA). A primazia em homenagear o México fez do ZZ TOP a segunda banda cronológica em nossa lista, mas a primeira estourada em número de citações.

03 . THE BABYS (1978) Run To Mexico



Banda que teve nas sua formação John Waite do BAD ENGLISH e Jonathan Cain do JOURNEY e BAD ENGLISH antes da fama. A canção fala de um lugar onde a namorada poderia ser feliz e soltar seu cabelo. Não falamos de Chicago, querida, mas para isso é só fugir com o compinche para o México.



04 . FANDANGO (1978) "México".



Antes da fama com o RAINBOW e o DEEP PURPLE, Joe Lynn Turner já cantava A.O.R. no grupo FANDANGO e compôs essa balada para disco "Last Kiss" de 1978. A canção conta de um amor vivido no México.

05 . SMOKIE (1978) "Mexican Girl".



Um amor correspondido que nunca aconteceria na Inglaterra, onde os rapazes do Rock / Pop viviam. É hora de sair da casa de seus pais e viver essa paixão no México.

06 . BLUE OYSTER CULT (1980) "Cultösaurus Erectus".




Ainda que até onde pudemos apurar o grupo nova iorquino de Hard Rock Progressivo nunca fez uma música claramente falando do México. Ainda assim, na contra-capa do disco "Cultossauros Erectus", de 1980, o grupo - de brincadeira - inseriu um estranho fóssil de dinossauro que teria sido encontrado perto de Oaxaca (centro-sul) do México.

07 . RIOT (1981) "Outlaw".



O Heavy Metal começava a surgir e ganhar espaço na América em princípios da década de 1980. Um grupo que tinha muitos membros de origem hispânica, e já estava ativo desde o fim dos anos 1970, o RIOT resolveu deixar sua homenagem falando de um assaltante de bancos mexicano. A música inclusive tem diálogos em espanhol durante seu último solo de guitarra.

08 . THIN LIZZY (1981) "Mexican Blood".



"Renegade" foi o décimo primeiro disco do grupo irlandês THIN LIZZY, que por ter sido lançado à época no Brasil garantiu certa popularidade por aqui. Em sua oitava faixa, a penúltima, o poeta Phil Lynott escreveu o confuso de um moço e uma moça, ambos mexicanos, apaixonados em que esta última acaba sendo apaixonada. 

09 . BAD COMPANY (1982) "Old México".



Distante do sucesso de seus primeiros discos, ou do FREE, e numa fase de queda de popularidade até serem aclamados novamente com a balada "If You Need Somebody", o quarteto inglês compôs esse Southren Rock no disco "Rough Diamonds". A música fala de um homem buscando diversão e prostitutas, num velho país que conhecemos muito bem, que acaba preso.

10 . NAZARETH (1982) "México".



Transformado em um sexteto e flertando com o A.O.R. pela segunda vez na carreira, o grupo mais bem sucedido da Escócia, e uma das maiores bandas de Rock'n'Roll do mundo, compôs esse tema com letra intrincada de um tipo de profissional escuso que comete crimes por dinheiro e então foge para o México.

11 . STAMPEDE (1983) "México".



N.W.O.B.H.M. com teclados do disco "Hurricane Town", o STAMPEDE é uma banda associada ao UFO, pela similaridade da voz de seu vocalista e por outros dois membros que viriam a fazer parte da instituição do Hard Rock inglês. Caso raro em nossa lista, o STAMPEDE escreveu sua canção contando sobre a Revolução Mexicana de início do século XX. A música conta dos mortes e dos tiros de canhão pela perspectiva dos camponeses. E só uma outra banda mexicana faria algo parecido, como veremos a seguir.

12 . LUZBEL (1985) "La Gran Ciudad".



Primeiros mexicanos a entrarem em nossa lista, esse clipe foi dica de nosso amigo mexicano Wells Galvez. Ainda que a letra da música não seja muito literal e aberta a interpretações diversas, durante o clipe com a banda tocando aparecem imagens diversas de região metropolitana da Cidade do México, no Distrito Federal do México, onde se formou o conjunto, garantindo a menção em nossa lista. 

O LUZBEL é um clássico e pioneiro do Metal mexicano, sendo que o EP "Metal Caido Del Cielo", encerrado pela faixa "La Gran Ciudad", é segundo disco gravado pelo grupo, mas o primeiro lançado.

13 . BÖHSE ONKELZ (1986) "México".



A banda de Heavy Metal cantado em alemão, já acusada de nacionalista, fez essa canção falando de como o povo germânico chegaria na Copa do Mundo de 1986 e beberia tequila até ter diarreia (!!), abraçaria as señoritas e ainda ganhariam o torneio de futebol. No concerne ao Futebol, a troféu copa de 86 passou longe dos germânicos, porém no que tange à música, canção ficou como uma das preferidas da banda.

14 . BACKSTREET GIRLS (1988) "Mexican Town".



Banda de Sleaze Glam norueguesa, pioneira e uma das poucas nórdicas a atacar esse filão na época, fez essa homenagem ao México, onde as cidades tem mais diversão.

15 . CINDERELLA (1988) "Gypsy Road".



Ainda que não fale abertamente do México, o clipe gravado no estado de Yucatan, onde predomina a etnia Maia, foi um enorme sucesso na carreira do grupo estadunidense. Ainda que comumente tido como simplesmente uma banda de Hair Metal, o CINDERELLA prezava pela inclusão de slides-guitar e influências rockers da década de 50, além do blues do Sul dos EUA; região circunvizinha do México.


16 . JIMMY BARNES (1988) "Going to México".



Vindo da Australia, o cantor da banda COLD CHISEL foi também super bem sucedido em carreira solo. Um dos maiores êxitos, saiu como lado B do compacto "I'm still on your side", depois disponibilizado em cds ao vivo e em coletâneas, demonstrando que o México como fuga da realidade encanta até no novíssimo mundo.

17 . SAXON (1988) "Ride like the Wind".

Talvez tenham sido os filmes de faroeste, mas no inconsciente estadunidense, existe a ideia que os criminosos daquele país podem fugir para o México e assim ficarem livres. A música falando de um homem condenado à forca por múltiplos assassinatos, composta originalmente pelo canto pop CHRISTOPHER CROSS em 1980 (sob influência de ácido numa bela tarde em Houston, Texas) não nos deixa mentir. Como nosso blog é mais voltado ao Rock Pesado, escolhemos utilizar a versão do seminal e pioneiro grupo heavy bretão, sucesso do disco "Destiny".



Os estadunidenses do POWERTRIP PIGS e o noroeguês JORN utilizaram o arranjo do SAXON ao coverizar "Ride Like The Wind".

18 . SITTIN' PRETTY (1988) "Take me Down to México".



Banda do falecido vocalista Tommy Lee, não confundir com o homônimo baterista do MÖTLEY CRÜE. O grupo desapareceu após soltar um disco independente em 1988, cujas 04 bônus do relançamento em CD de 2014 incluem essa versão demo.

19 . BROKEN GLASS (1990) "México".



Banda estadunidense de um único disco, "A Fast Mean Game", cantando de um México mitológico, onde os problemas somem. Não confundir com o grupo homônimo inglês, de Stan Webb do CHIKEN SHACK, nem grupo italiano de Thrash BROKEN GLAZZ.

20 . MCQUEEN (1991) "Going Back to México".



Vindos do Alabama e tendo lançado só um disco naquela pegada típica de início dos anos 1990, ainda que produzido por Tom Werman, a banda estadunidense conta de um moço cansado de brigar com o vizinhos e a esposa que precisa buscar refúgio onde já bebeu muito e foi feliz... no México! Um tanto quanto imaturo, vocês não acham?

21. KRAKEN (1993) "Méxica".



Para seu quarto disco, intitulado "IV - Piel de Cobre" , o grupo de Hard Rock Progressivo da Colômbia quis buscar  inspiração nas culturas mesoamericanas Inca, Maia e Asteca. O saudoso vocalista Elkin Ramírez demorou, de acordo com o Wikipedia, dois anos estudando os costumes e línguas locais para compor músicas como a faixa-título, "Eres", "O'Culto" e outras falando desses povos de toda a América Latina.  

A faixa "Méxica", assim como outras do disco, conta acontecimentos culturais, e mitológicos importantes para os povos originais pré-hispânicos. Nesse tema são citados vários lugares e deuses da etnia Asteca, originária do território mexicano, com direito a partes cantadas no idioma local.

De acordo com Ramírez, ele se aproveitou do momento logo após 1992 (quando completou 500 anos de presença europeia nas Américas) para buscar escrever dessas três culturas consideradas mais relevantes. A canção "Méxica" aparece também na compilação "Vive El Rock Nacional" (2004) e no disco ao vivo "Filamórnico" (2006).

21 . RED HEAT (1993) "México".



Banda alemã de A.O.R. que só durou o disco, ironicamente chamado de "1st", que fez essa bela canção sobre um homem que precisa ir ao México para reencontrar o amor de sua vida numa praia mexicana, onde sempre faz calor.

22 . BRUJERIA (1995) "La Migra (Cruza la Frontera II)".




Alguns sites citam o BRUJERIA, banda de Death Metal / Grindcore como tendo sido formada em Tijuana no México. Outros, como a Wikipedia, colocam a banda como tendo surgido em Los Angeles. O que ambas versões concordam é que o conjunto surgiu em 1989 e os seus membros, supostamente de origem latina, se portam como se fossem traficantes de drogas procurados pelo FBI. "La Migra" é como os mexicanos que querem entrar ilegalmente nos Estados Unidos chamam a polícia de imigração estadunidense.

23 . SCORPIONS (1995) "Ave Maria no Morro".



Em seu terceiro disco ao vivo, "Live Bites", o quinteto teutônico registrou 08 dos quinze temas na capital mexicana. O restante do repertório é composto por duas canções de estúdio e as demais músicas foram gravadas em São Francisco, Munique, Berlin e Leninegrado. Ainda que mais da metade do repertório tenha sido gravado no México, o vocalista Klaus Meine ainda cantou em espanhol uma versão para a música "Ave Maria No Morro", que saiu em todo o mundo; menos nos EUA.

24 . TRANSMETAL (1996) "México Bárbaro".



Do Speed / Thrash Metal do final dos anos oitenta para o Death / Thrash que seguiu desde a década seguinte, o TRANSMETAL é seguramente o grupo de Metal extremo mais bem sucedido no México. Sua homenagem à pátria mãe, segue a mesma linha da feita pelo STAMPEDE, que conta da Revolução do século XX pela ótica que muitas vidas foram perdidas para se libertar da opressão e formar um país.

25 . PAUL GILBERT (1999) "Down To México".



Você sente falta de se encontrar? A situação está fora de controle? Cansou do frio congelante? Segundo a canção do ex guitarrista do MR. BIG e do RACER X para resolver tudo isso basta fugir para o México.

26 . SAMMY HAGAR (1999) "Mas Tequila".



Fã de bebidas fortes, o Red Rocker, ex-MONTROSE e ex-VAN HALEN, possui em Cabo San Lucas, um restaurante e casa de shows chamado Cabo Wabo desde meados dos anos oitenta. ALICE COOPER, e  o próprio SAMMY HAGAR já gravaram discos ao vivo no lugar. Antes da chegada do músico, a cidade já era famosa por sua própria tequila, que foi homenageada nessa faixa que fala de um final de semana no estado de Baja Califórnia; que faz fronteira com a Califórnia estadunidense (que era território mexicano).

Ainda não sentindo que homenageou suficiente o país que tão bem o recebeu, SAMMY HAGAR, com a banda THE WABOS, que o acompanha, fez outra homenagem em 2006.



27 . HELLOWEEN (2001) "The Mexican".



Num disco só de versões, a quarta banda alemã em nossa lista conta uma estória de faroeste. A música original de BABE RUTH, posteriormente coverizada por JELLY BEAN em 1984, contando a estória da personagem Chico Fernadez, é a versão com vocal da trilha sonora do filme "Por uns dólares a mais", de Sergio Leone. Lançado originalmente em 1965, a melodia é de ENNIO MORRICONE.

28 . TROPA DE SHOCK (2001) "The Glory of The Sun".



Único representante brasileiro na lista, a banda TROPA DE SHOCK conta a mito do deus Nanahuatzin, a divindade que representa o Deus Sol para os astecas. Dentro da mitologia dos povos originários da região centro-sul do México, o mundo que vivemos é o quinto Sol, precedido por outros quatro sóis. Uma das funções do humanos é o recorrente sacrifício a esse Deus em ordem para o mundo não ser destruído. Em nossa listagem, é também a única citação à riquíssima mitologia mexicana.

29 . INNUENDO (2002) "Raining in México".



Com nome inspirado no QUEEN, a banda estadunidense resolveu sem seu quarto disco fazer uma uma balada sobre um homem que viajou ao México e se apaixonou por nunca ter visto algo tão lindo na vida.

30 . GILLMAN (2003) "Guaicapuro Cauhtémoc".



Cauhtémoc era sobrinho do imperado Montezuma e foi o último governante do Tenochtitlan antes que Hernan Cortes o fizesse território espanhol. Famoso por sua resistência e por nem sob tortura revelou o tesouro asteca aos assassinos ibéricos, Cauhtémoc é até hoje um nome comum para pessoas, prédios oficiais e logradouros. A história desse guerreiro foi contada por PAUL GILLMAN em sua carreira solo, muito após o ARKANGEL, o venezuelano que tem foto abraçado com Hugo Chávez fez, como é seu costume, uma letra de fortíssima crítica social e pedindo reparação histórica pelos males causados pelos europeus à América Latina. Além disso, em seus concertos, o cantor, que também é radialista e ator, também vestia uma máscara, ao exaltar seu sangue indígena, e pedia para receber o espírito do de Guaicapuro Cauhtémoc.

31 . WINGER (2006) "Short Flight to México".



Outrora banda de sucesso do ex-baixista do ALICE COOPER com o guitarrista Reb Beach ( futuramente no WHITESNAKE), aqui temos uma faixa do disco de retorno, após treze anos de separação. A música, gravada em afinação mais baixa que o som clássico do grupo, fala de um casal que se assassinou.

32 . MOTÖRHEAD (2013) "Going to México".



No penúltimo disco da banda de sua banda, o saudoso Lemmy (ex- HAWKWIND) compôs esse tema, falando de alguém que cometeu crimes e foge para o México o mais rápido possível, conseguindo atravessar a fronteira.

33 . SLEAZY ROXX (2014) "Long Way To México".



Grupo recente de Sleaze Glam da República Tcheca. Falando de violência, e fugas mirabolantes da polícia, essa homenagem ao país de Emiliano Zapata saiu no CD "Dangerous Obssession", terceiro full lenght do conjunto.

34 . THE DEAD DAISIES (2015) "México".



Outra banda australiana que resolveu celebrar a terra de José Vasconcelos; dessa vez, a trupe atual do baixista Marco Mendonza, do THIN LIZZY e WHITESNAKE. O vídeo é quase a transposição das letras da canção, novamente retratando o México como um lugar de farra, prostitutas e onde você acabar vendo os sinos das igrejas ou o sol nascer quadrado.

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Vulcão em Cholula, estado de Puebla.

Pelo México ter sido colônia e propositalmente feito de periferia do sistema capitalista, o país também ficou estigmatizado como um lugar de pouca lei, de prostituição, onde a violência pode surgir a qualquer momento, com facilidade de se conseguir drogas e outros ilícitos. Quase um "jardim de farra", dos yankees. Lá, a festa, regada à Tequila, não será regrada como sem seu país desenvolvido. Muito lamentavelmente, algumas das bandas aqui seguiram essa linha que reproduz inúmeros preconceitos e esteriótipos, de fato, nada de bonito dizendo sobre o México. Certamente, a maioria bandas o fazem por ingenuidade, todavia, não conseguiram vencer as contradições de seu tempo, ainda que intentando homenagear o México. Infelizmente, salta aos olhos a inexistência de canções escritas por mulheres, ainda que muita das músicas falem sobre encontrar uma companheira no México. Nota-se, portanto, uma visão extremamente masculinizada, como se o país de Frida Khalo fosse um oasis para os homens.

Cachoeira de Tamul, na região de La Huastaca, em San Luis Potosí Fonte: reprodução.

Tal falta de tato, lembra o que aconteceu com os russos do GORKY PARK e a antipatia que ganharam com o clipe de canção "Moscow Calling", de 1991. Nesse quesito, é tão notável quanto uma montanha é visível em meio a vasta planície, que as bandas latinas foram as que compuseram os temas mais coerentes sobre o México; falando de sua História, de seus problemas atuais e sua mitologia. A música, como toda cultura, novamente, é produto de sua época, e da mentalidade do artista; todavia, alguns tantos conseguiram ver além da rasa mediocridade do clichê, e descrever as verdadeiras belezas do México - sejam naturais ou culturais - sem serem nocivos ou preconceituosos. Romper estereótipos é uma função da arte. Ressaltamos que ainda que não sejam as únicas, até porque sua participação na lista é pequena, mas o grupos brasileiros, colombianos, venezuelanos e mexicanos foram os que mais fizeram arte dissidente em relação ao senso-comum sobre a pátria do oaxaqueño Benito Juarez.

Esperamos então que este artigo os tenha mostrado que o México, talvez o país com mais homenagens registradas no Rock'n'Roll, não é formado 100% por  drogados, traficantes e imigrantes ou marginais - como querem nos fazer crer a mídia estadunidense - assim como o Brasil não é 100% sertanejo, bunda, roubo, jeitinho e cocaína.


Pirâmide de Kukuklán, em  Chicen Itza, próximo ao pueblo de Tinum em Yucatán.

Assim como a diversidade das manifestações culturais e naturais do México é imensa, nos seria impossível conhecer todas às citações feitas ao país da padroeira Nossa Senhora de Guadalupe. Aproveite o espaço de comentários abaixo para nos contar o que esquecemos e o que você achou da nossa matéria e enviar as correções que achar necessárias.

Artigo atualizado em julho de 2021.

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Willba Dissidente dedica esse texto a todas suas amigas e amigos mexicanos, com menção especial a HG Wells Galvez por lembrar do GILLMAN e também do LUZBEL.

segunda-feira, janeiro 25, 2016

Rainbow, Dio, Thin Lizzy: quais os 10 melhores álbuns de Jimmy Bain?

Tradução de Willba Dissidente para o artigo "Top 10 Jimmy Bain Albums", escrito por Eduardo Rivadaria e publicado no site "Ultimate Classic Rock" segunda-feria, 25 de janeiro de 2016.

Texto original:
http://ultimateclassicrock.com/jimmy-bain-albums/#photogallery-1=1


Elencar os dez melhores discos gravados por Jimmy Bain foi uma baita tarefa. Afinal, quando o baixista faleceu em 24/01/2016, ele deixou uma impressionante, ainda que frequentemente subestimada, carreira no Hard rock e no Heavy Metal.

Vindo na Escócia, Bain nasceu na Highland Village de Newtontown em 19 de dezembro de 1947. Iniciando como performer nas bandas locais enquanto adolescente, ele construiu um currículo diversificado com conterrâneos como STREET NOISE e HARLOT. A chance grande chegou em 1976 com o convite para se juntar ao RAINBOW, com quem seu talento, temperamento amigável e resistência à rotina festeira fizeram do baixista uma figuraça na cena musical.

Bain iria construir uma sólida carreira na ceara do Heavy-Rock, trabalhando com gente como DIO, WILD HORSES, GARY MOORE e, o que foi seu último projeto aclamado, LAST IN LINE. Ele também coescreveu com o (também) guitarrista do DIO, Vivian Campbell a canção "Stars", que ficou famosa no álbum "Hear 'n' Aind", o projeto dos famosos do Rock Pesado para aliviar a fome na África.

10 . WWIII (1990) "WWIII".



Entre suas duas passagens pela banda de DIO, Bain se juntou aos ex-colegas Vinny Appice (bateria), Tracy G (triturador de guitarra) e o vocalista Mandy Lion na banda chamada, ameaçadoramente, de Terceira Guerra Mundial. O LP auto-intitulado é surpreendentemente obscuro e implacavelmente pesado, mas a resposta comercial muito baixa levou a instabilidade da formação. Somente Bain e Lion apareceram no segundo disco do conjunto, "When God Turned Away", um álbum lançado tardiamente em 2003 e mais "tranquilo".

09 . 3 LEGGED DOGG (2006) "Frozen Summer".




Outro super-grupo de curta duração, cujo único cd mostrou o amplo leque de habilidades de Bain como compositor e músico, ainda que agora com MUITOS elementos pós-GRUNGE. Além de Bain, o cachorro de três pernas consistia do vocalista Chas West (ex- BONHAM e ex- LYNCH MOB), guitarristas Carlos Cavazo (ex-QUIET RIOT e ex-RATT) e Brian Young (que passou rapidamente pelo conjunto de DAVE LEE ROTH ) e, mais uma vez, seu velho parça Vinny Appice (ex- BLACK SABBATH, ex- HEAVEN AND HELL), para esse disco bem desconhecido.

08 . WILD HORSES (1979) "The First Album".



Lançado com muito alarde para vendas modestas, os dois discos do WILD HORSES (o debut e o seguinte "Stand Your Ground"), fizeram de Jimmy Bain um frontman pela primeira vez na carreira, ao lado do conterrâneo Brian Hobo Robertson (ex- THIN LIZZY e futuramente no MOTÖRHEAD). Seu Hard Rock melodioso queria se misturar às bandas mainstream e a presença do tecladista / guitarrista Neil Carter (ex- UFO e futuramente no GARY MOORE), e do baterista Clive Edwards (futuramente tocando com PAT TRAVERS, UFO, ULI JON ROTH etc) só fizeram as poucas vendas e rápida carreira parecerem ainda mais desconcertantes.

07 . DIO (1985) "Sacred Heart".



Na época que DIO lançava seu terceiro disco "arrasa quarteirão", Jimmy Bain podia ter orgulho de dizer fazer parte de uma das maiores bandas de Metal da década de 1980. Muito desafortunadamente, as rodas iriam mudar com saída do guitarrista Vivian Campbell (futuramente no DEF LEPPARD e no SHADOW KING) e as respostas injustas que a mídia "especializada em Rock" deram ao álbum. Ainda assim, nada disso podia parar músicas como "King of Rock'n'Roll" e "Hungry For Heaven" (todas co-escritas por Bain) de levarem o disco a ser topo das paradas em muitos países e inclusive disco de platina nos USA.

06 . PHILIP LYNOTT (1980) "Solo in Soho".



Muita gente não percebe isso, mas Jimmy Bain tocou a maior parte dos baixos no primeiro play solo do líder do THIN LIZZY. Durante as gravações, Bain e Lynott foram parceiros no crime, no estúdio e nas boemias pela velha cidade de Londres. Para além de contribuir com o  baixo e até com piano e um montante incalculável de apoio moral, Bain coescreveu "Dear Miss Lonely Hearts", o carro chefe do disco.

05 . GARY MOORE (1983) "Dirty Fingers".



Gravado em 1981 mas não lançado até 1983 (e a princípio só no Japão), essa gema na discografia de Bain e Moore é sempre esquecida. A banda ainda tinha o vocalista Charlie Huhn (ex- TED NUGENT), o tecladista Don Airey (RAINBOW, DEEP PURPLE, OZZY, ZENO etc) e o baterista Tommy "Cotonete" Aldridge (ex- BLACK OAK ARKANSAS e WHITESNAKE). As linhas de baixo distintivas de Bain e sua musicalidade latente foram testadas pela técnica formidável de GARY MOORE e passaram na prova com distinção!

Nota: A banda brasileira INOX fez a versão em português de "Nuclear Attack", em 1986.

04 . RAINBOW (1977) "On Stage".



O breve romance de Bain com RITCHIE BLACKMORE'S RAINBOW incluiu uma aparição na super celebrada turnê de 1977, capturada em toda sua glória nesse álbum. Blackmore constantemente empurrou seu time (que incluía DIO nos vocais, Cozy Powell na bateria e o tecladista Tony Carey) pesadamente para o improviso desmedido, estendendo as músicas e muitas vezes passando do limite; porém Bain não vacilou nas linhas de baixo.

03 . DIO (1984) "The Last In Line".



Para muitos fãs essa é a nata da banda DIO e, surpreendentemente, temos que nada menos que seis dos nove temas do disco foram coescritos pelo baixista Jimmy Bain. Esses incluem a faixa-título, o primeiro single "Mystery" e uma enorme quantidade de músicas que se tornaram clássicos hoje em dia, indo da emergência do Speed Metal em "I Speed at Night" para os riffs poderosos de "One Night in The City" e "Eat Your Heart Out" para o épico cinematográfico "Egypt (The Chains Are On)"; posteriormente coverizado pela cantora DORO.

02 . RAINBOW (1976) "Rising".



Ainda que Jimmy Bain tivesse feito mais nada durante sua comprida carreira musical, seu nome ainda teria alcançado certa imortalidade por seu envolvimento nisso, um dos discos mais importantes (para a formação) do Heavy Metal já feitos. Antes de sua gravação em 1976, Ritchie Blackmore demitiu todos os ex-colegas do cantor Ronnie James Dio (futuramente no BLACK SABBATH) que vieram do ELF, escolhendo Bain e seus novos acompanhantes à dedo. Um deles era Cozy Powell (que depois iria para o WHITESNAKE, GRAHAM BONNET, BLACK SABBATH, BRIAN MAY etc). Os imponentes resultados desse trabalho, "Tarot Woman", "Run With the Wolf", "Starstruck", "Do You Close Your Eyes", no lado A e "Stargazer" e "Light in the Black" no lado B - obviamente - falam por si sós.

01 . DIO (1983) "Holy Diver".



De todos suas contribuições cruciais para o álbuns detalhados até agora, o legado de Bain certamente permanecerá mais associado com o primeiro disco do DIO. O lider Ronnie James Dio, vindo do BLACK SABBATH, explorou as habilidades veteranas de Bain, servindo de exemplo aos jovens Vivian Campbel e Vinny Appice, em seu talento, reputação e experiencia. Bain foi a tijolo-a-tijolo dessa parede clássico estelares, cujo ápice "Rainbow in the Dark" - carro chefe da carreira solo de DIO - foi composta em parceria com (adivinhem só) Jimmy Bain!

*

Willba Dissidente é fã e fanático de Jimmy Bain, lamentando muito o falecimento do ídolo e lembrando que as escolhas de álbuns e opiniões correspondem ao "Ultimate Classic Rock", ou certamente o trabalho em estúdio com o SCORPIONS seria lembrado neste artigo.

terça-feira, dezembro 08, 2015

Thin Lizzy: dez fatos desconhecidos sobre Phil Lynott.

Tradução de Willba Dissidente, com algumas correções e acréscimos, para o artigo publicado originalmente por Matt Wardlaw no site Ultimate Classic Rock em 2012.

Phil Lynott com o THIN LIZZY durante a tour do disco "Renegade".

O fabuloso e saudoso Phil Lynott do THIN LIZZY completaria 62 anos hoje (20/08/2012). Infelizmente, ele faleceu em 1986, após anos abusando do álcool e das drogas. Como nós muito apreciamos as substanciais contribuições que Lynott nos deixou com sua música, pesquisamos até encontrar 10 coisas que talvez você não soubesse sobre o frontman do THIN LIZZY.

10 . Ele era um poeta no vinil e no papel.



As perspicazes letras de Lynott continuam ressoando em seus fãs mesmo mais de um quarto de século que ele tenha falecido. Ele publicou dois volumes de poesia nos anos 1970, baseados predominantemente em suas composições para o THIN LIZZY. Os dois livros foram eventualmente compilados num volume único publicado ao fim dos anos 1990 que pegava emprestado o nome de seu primeiro exemplar e também uma música do início do THIN LIZZY "Songs For While I'm Away" (inédito em língua portuguesa, algo como "Canções por agora, quando estou distante").

09 . JIMI HENDRIX era seu herói.



As realizações de Jimi Hendrix como (também) um músico negro foram grande inspiração para Lynott, que também sendo negro, eram o indicador do potencial sucesso que ele poderia ter com sua própria carreira. A influência do power trio é ainda mais sentida na própria música composta por Lynott e no seu estilo vocal. O irlandês relembrou o ídolo no décimo-primeiro aniversário de sua morte, 1981, com "Song for Jimi", um single raro que reunia a formação original do THIN LIZZY; o guitarrista Eric Bell também tinha o canhoto estadunidense como herói.



Lançado originalmente no formato, hoje não mais utilizado, flexi-disc para a décima edição da revista britânica Flexipop Magazine, a música ficou virtualmente desconhecida até entrar no box quadruplo "Thin Lizzy: Vagabonds, Kings, Warriors, Angels - The Rock & Roll Odyssey of Philip Lynott and Thin Lizzy", de 2001.

Reza a lenda que Phil estava sendo escalado para interpretar Hendrix num filme biografico que estava sendo produzido à época que o irlandês faleceu.

08 . Ele teve dois meio-irmãos que ele não conheceu.



Para criar Phil do modo que ele queria, muito foi sacrificado pela sua mãe Philomena, que trabalhou duro. Todavia, por mais de cinquenta anos, ela escondeu um segredo do público: Phil teve dois irmãos adicionais que foram dados para adoção. Em seu livro, "My Boy", ela conta sobre sua luta para ficar com Phil mesmo sendo pressionado, no momento, para entregá-lo para adoção. Phil nunca imaginou que teve um irmão, mas soube de sua meia-irmã, quando ela fez contado com a Sr.ª Lynott.

07 . Uma amidalite o deixou desempregado!



Nos anos 1960, Phil esteve na banda SKID ROW (sem relação com a homônima da década de 1980), com GARY MOORE, futuro membro do THIN LIZZY. Um cirurgia necessário para a remção da amídala esquerda fez com que Lynott cancelasse uma apresentação, o que resultou na sua demissão do SKID ROW. Parada dura! Ainda assim, quando o baixista Brush Shields disse a Phil que seu vocal não era mais necessário, sugeriu que ele aprendesse a tocar baixo. Dois anos depois, o THIN LIZZY e o SKID ROW lançavam seus debuts enquanto power trios. O SKID ROW soltou dois discos antes de encerrar as atividades, já o THIN LIZZY embarcou em vitoriosa carreira!

06 . O sucesso de "Whiskey in The Jar" foi um tipo de teste.



O METALLICA fez um sucesso danado com sua versão de "Whiskey in The Jar", porém se o THIN LIZZY pudesse ter feito como bem entendesse, os caras' Tallica teriam de conhecer a cultura irlandesa para saber que a música existe. A canção seria originalmente um lado B do single "Black Boys in The Corner"; um Hard Rock pesadíssimo. A gravadora, porém, resolveu inverter e fazer de Whiskeys, uma canção popular, o single. Os rapazes do LIZZY foram completamente contra a ideia, já que "folk elétrico"não era representativo da sonoridade que eles pretendiam. Ao menos comercialmente, a escolha do selo de gravação nesse ponto foi acertada. Todavia, a banda ainda fez mais um single com duas músicas nesse estilo mais calmo "Broken Dreams" e "Randolph's Tango"; fiasco de crítica e público!

05 . Uma composição dele foi por cinco anos tema de abertura de um programa de tevê.



O primeiro disco solo de Lynott, "Solo in Soho", lançou como single a canção "Yellow Pearl", uma parceira com Mike Urge do ULTRAVOX. Tal música foi escolhida para ser o tema do programa semanal na tevê inglesa "Top Of The Pops", de 1981 a 1986, onde SLADE, NAZARETH, QUEEN e outros artistas da terra da rainha se apresentavam. Sem dúvidas, os cheques regulares dos royaltys recebidos por essa participação eram excelentes.

04 . Achava natural ser imperfeito.

Sendo um compositor e letrista, era assustador para Lynott perceber os feitos aparentemente perfeitos de artistas como THE BEATLES, VAN MORRISON e BOB DYLAN. Foi então que ele teve a percepção que é natural ser imperfeito. Relatou Phil na seguinte entrevista (clique no link para vero original):

"Eu empaquei na teoria que você deve aprender por erros e que você não pode ir ficando cada vez melhor. E foi quando eu soube que nunca seria capaz de escrever algo como 'Desolation Row', com doze versos e a cada verso uma perfeição".



03 . Sabia encerrar entrevistas com estilo.



Na lista dos modos mais capengas de fechar uma entrevista, a variação que estatisticamente produz mais resultados imprevisiveis é algo como "então, você tem algo mais a dizer para os fãs". Lynott deu uma ótima réplica nessa entrevista (clique para ler):

"Veja, eu odeio aqueles caras que dizem na entrevista 'venham assistir a banda e comprem todos os discos'. Eles sempre soam tão falsos! Então, o que eu quero dizer, mesmo, de verdade, é que vocês venham assistir a banda e adquiram todos os discos".

02 . Tinha habilidade para 'copiar' os melhores.



O que Lynott mais desejava era viver tocando para seus fãs, mas, no fim das contas, ele era tão fã quanto qualquer um de nós. Ele contou especificamente que uma vez, ao ver sua banda favorita, o ZZ TOP, ele passou o show todo gritando à plenos pulmões. E ainda apanhou inspiração de seus ídolos texanos para a canção "Leave This Town". Sendo parte do álbum "Renegade", de 1981, sente-se a pegada do power trio estadunidense no momento que Scott Gorham toca o riff inicial. Ao menos, ele foi honesto no 'plágio', relatando posteriormente, 'eu meio que copiei o ZZ TOP por tudo que eles são".

01 . Então, quem eram os "The Boys" mesmo?



De quem, exatamente, "The Boys are Back in Town" está falando, é bem debatido desde que a música foi lançada em 1976. Possíveis inspirações podem ter sido o time de football Manchester, soldados na Guerra do Vietnã e, até, os próprios fãs do THIN LIZZY.

Mas, atualmente, acredita-se que a canção faça referência e tributo a um bando de criminosos maltrapilhos de Manchester chamados de "Quality Street Gang". Os membros da quadrilha frequentavam o bar da mãe de Phil e a suspeita vêm de outra música, "Johnny the Fox Meets Jimmy the Weed", lançada no mesmo ano, ser explicitamente um tributo ao bando. Com o sucesso da canção, Lynott presenteou "Jimmy The Weed" (Jaiminho Maconheiro)", com seu próprio disco de ouro. Philomena Lynott relembra que Philip "gostava deles" e pensava que o grupo fosse como "personagens".

Qual é a sua música favorita do THIN LIZZY?


Todos nós sentimos muita falta do Phil Lynott, não obstante sua música, seja solo ou com as bandas, continuar viva. Aproveite o espaço dos comentários para nos contar suas favoritas e talvez até algum outro fato desconhecido que só você saiba!

sexta-feira, novembro 13, 2015

Légolas: grupos de Rock / Metal inspirados por Elfos.

O professor J.R.R. Tolkien foi genial ao criar os Hobbits e inserí-los no seu universo fantástico e épico da Terra Média. Todavia, Orcs, Dragões, Anéis de poder, Anjos caídos, espíritos que aparecem na forma de magos e outros habitantes do Endor não são criação do inglês. De fato, ele se baseou em várias mitologias, inclusive a bíblia católica, em inúmeras passagens para compor sua trama fantástica e encantadora. Essa re-significação acontece também no caso dos Elfos.

Representação de Elric de Melniboné, o senhor dos dragões. A criação do anarquista Michael Moorcock continua sendo o Elfo mais que mais inspirou o Rock pesado. Fonte: intenet. Autor(a): desconhecida.


Originários das mitologias nórdicas e céltica, os elfos são descritos como seres mágicos, de orelhas pontudas, de grande beleza e predileção por escolherem lugares naturais e próximos à natureza para viver; tal qual os Valares de Tolkien que são os ascendentes de Légolas. A personagem de cabelo longos, claros e alisados, vivida pelo Orlando Bloom nos filmes é, atualmente, a principal referência quando lembramos dessas imortais divindades menores da natureza. Todavia, muito antes da obra do australiano Peter Jackson estrear em 2001, que os Elfos já vinham influenciando a cultura do Rock Pesado. A literatura de espada e feitiçaria dos anos 1950 / 1960, de principal preponderância para os jogos de R.P.G. nas décadas de 1970 / 1980, fazia a cabeça dos rockers, que buscaram inspiração em seus contos e romances. Claro que desde o Legolas apareceu com seu arco e seus cabelos compridos loiros no cinema, as referências aos elfos, especialmente focados na obra de Toliken, se multiplicaram no mundo do Metal Pesado.

Não obstante serem recorrentemente descritos como sábios, eruditos e benevolentes, os Elfos estão constantemente envolvidos em batalhas e disputa com outros seres mágicos. Essas guerras épicas são fonte de ideias para muitas bandas. Vamos viajar à esses recantos mágicos deste e de outros mundos, conhecendo, mais uma vez, as ligações da literatura e da mitologia com o Rock / Metal. 

Rainha élfica (elven queen). Fonte: intenet. Autor(a): desconhecida.
Lembramos que as três categorias que elegemos para elencar os pontos de fusão dos Elfos com a música pesada está organizada por ordem cronológica crescente de lançamento do disco. Desempates por ordem alfabética. Carregando esse conhecimento, prepare suas mágicas, suas flechas e suas espadas e vamos à batalha!

Bandas com nome inspirado em elfos.

Muito antes de ganharem músicas e discos em suas homenagem, os Elfos foram inspiração para nomes de grupos pesados. Vamos conhecê-los e saber um pouco sobre eles.

01 . ELF (1972)



Até parece ser mágica ou uma conspiração da natureza, mas as primeiras duas pessoas a amalgamarem a literatura fantástica com o Rock'n'Roll se tornariam duas lendas indeléveis do Heavy Metal: RONNIE JAMES DIO e David Feinstain, do THE RODS! Originalmente batizada como ELETRIC ELVES (elfos elétricos), o grupo surgiu originalmente em 1967 e teve seu nome encurtado para ELVES e singularizado para ELF antes de lançar seu debut em 1972. Com DIO no baixo e vocais, o registro auto-intulado do ELF traz Blues Rock e letras focadas em desilusões amorosas e temas urbanos. A capa todavia, é bem fantasiosa, excepto pelo vocalista / baixista Ronald James Padanova ter mantido sua barba cerrada ainda que representando um elfo!



Logo após o disco, o ELF mudou de formação, com a saída de Rock Feinstain e DIO ficando somente como vocalista. Mais dois disco são lançados e toda a banda exceto o guitarrista Steve Edwards é adicionado ao RAINBOW; conjunto montado pelo guitarrista Richie Blackmore do DEEP PURPLE. Interessante notar que em 1974, o ELF teve uma música chamada "Rainbow". Premonição élfica? De fato, no seu pioneirismo, o ELF não compôs músicas homenageando os elfos, sendo a mais fantástica dela a penúltima do último disco do grupo, que inclusive carregava seu nome.

Após os final, três elfos saídos do ELF ganharam notoriedade em outros trabalhos, que não o debut do RAINBOW: DIO que permaneceu alguns anos em cia de Richie Blackmore, foi do BLACK SABBATH, teve sua própria banda e o HEAVEN & HELL; David "Rock" Feinstein com o THE RODS e o, segundo, baixista Craig Gruber que gravou com os grupos GARY MOORE, THE RODS e OZZ.

02 . ELFFUS (1989)



A segunda vez que os elfos serviram de inspiração ao Rock'n'Roll foi aqui no Brasil e numa da únicas bandas ativas desde os anos 1980 sem nunca acabar nem mudar de idioma para o inglês. Vindos de Brasília / DF, o ELFFUS é uma banda de Hard Rock com muita influência de Blues e que já chegou a gravar música que vai do A.O.R. ao Thrash Metal. Se eles acharam que traduzir o nome da banda anterior seria muito piegas, e por isso capricharam na criatividade em mudar as letras, ou se foi sugestão de numerologista, o ELFFUS nunca explicou; mas o certo é que eles são uma verdadeira instituição brasileira do Rock Pesado.



À exemplo do ELF, as letras do ELFFUS, em sua maioria tratam de decepções amorosas e temas urbanos. Todavia, as capas dos discos são fantasiosas, excepto a segundo registro, "Underground", de 1993, que possui a canção "Elfo". De acordo com nosso levantamento, não obstante a letra da música não tratar dos seres mitológicos ou literários, a "Elfo" do ELFFUS foi a primeira canção, no mundo, a ter o nome de "Elfo", ou "Elf".

03 . HELL'S ELVES (1993).


Grupo de Death Metal estadunidense tão obscuro quanto seu som é extremo.  Os "elfos do inferno" parecem ter sido extintos após lançar sua única demo com cinco sons, em que a única referência aos seres sobrenaturais está no nome do conjunto.

04 . DARK ELF (2001).



Ainda que façam, oficialmente, parte da Espanha, as Ilhas Baleares são um território autônomo e vindo de Ibiza tem um bom grupo de Heavy / Power Metal. Seguindo caminho único, o DARK ELF começou dividindo as composições em inglês e espanhol, antes de adotarem - felizmente - somente o idioma latino. Ativos e já com três discos de estúdio, foi o primeiro deles, "Luz de Vida", que possui a música "Dark Elf (Portador de Luz)". Essa é sua única canção inspirada nos elfos, mas possuem muitas outras que bebem na fonte da fantasia.

05. ELVENKING (2001).



Grupo italiano que amalgama Power Metal com Folk Metal e passagens sinfônicas. O sexteto, pois inclui um violinista, tirou para si e o nome de "Reis Élficos" mas, todavia, só compôs uma música inspirados nos elfos em 2014 (disco "the pagan manifesto"). Não fez por menos, e cunhou um épico de quase treze minutos.

06 . ELF FOREST (2005).



Black Metal húngaro chegando em nossa lista em outra banda obscura, só com uma demo lançada e desconhecida se continua ativa. Das três canções do registro, duas são em hungaro, sendo a única em inglês a que leva o nome da banda "In The Elf Forest (Night)".

07 . ELVEN (2005).



Death Metal italiano que usou a palavra "élfico" como seu nome, garantindo sua presença em nossa listagem. O grupo tem uma demo, um ep e disco completo. Muitas de suas letras abordam a fantasia, mas - até o momento - nenhuma delas os elfos.

08 . ELF BLEND (2006).



A última incursão brasileira na lista, o ELF BLEND, Elfo Misturado, é um grupo que vêm de Monte Carmelo, Minas Gerais. O grupo se formou em 2006, e nesse mesmo ano lançou a demo "Drink With Me". Das oito composições autorais, três são instrumentais e nenhuma delas aborda os elfos. É desconhecido se o ELF BLEND continua ativo ou tem outros lançamentos.

09 . QUEEN OF THE ELVES LAND (2006).


Obscuro grupo frances que mistura Folk ao Black Metal. O grupo se formou em 2006 e lançou uma demo no mesmo ano com uma música instrumental e duas autorais que nada citavam os elfos. O nome da banda veio do segundo do conjunto russo SATARIAL, como veremos abaixo.

Discos inspirados em elfos.

Já existiam bandas com nomes élficos, músicas haviam sido feitas... por que não nomenclaturar um disco para os potesdados de orelha pontuda? Na maioria dos casos, as homenagens são somente a faixa-título e poucas agremiações de guerreiros foram bravas os suficiente para criar um trabalho conceitual focado SOMENTE nos elfos. Vamos desvendar os domínios dessas bandas!

01 . WINDWALKER (1997) "The Dance of the Elves".



Único disco da banda suéca de Black Metal Épico. Nenhuma outra referência aos elfos que não o nome do disco e a arte de capa.

02 . SATARIAL (1998) "Queen of the Elves Land".



Grupo russo de Black Metal que já incluiu em sua música elementos folk, industrial e gótico. A banda anti-crista já abordou vários elementos mitológicos / fantásticos em suas letras, incluindo vampiros, lobisomens e ... elfos! A banda segue ativa, e já foi até convidada para falar sobre satanismo na TV russa.

03 . LUCA TURILLI (1999) "The Ancient Forest of Elves".



Foi no ápice de sucesso do RHAPSODY (of Fire), que o guitarrista LUCA TURILLI anunciou que lançaria um disco solo. Muitos pensaram que seria algo instrumental focado na guitarra; porém quando o single "The Ancient Forest of Elves" foi liberado,  ficou claro que o disco "King of the Nordic Twilight" é exatamente a mesma fórmula do RHAPSODY (Of Fire), mas com outra banda tocando (e inclusive a arte de capa é bem semelhante). Os discos posteriores seguiram outra orientação lírica e de arte.

04 . THE FELLOWSHIP OF THE RING  (2001) "The Emerald Bow of Elves".



Sexteto italiano obscuro de Heavy Metal sinfônico formado no mesmo ano que estreou o filme homônimo d' O Senhor dos Anéis no cinema. O grupo lançou três singles e um disco completo, sendo que seu full-lenght é todo baseado numa estória escrita por eles mesmo sobre um grupo de elfos que devo alcançar um lugar chamado Galadar. Ao que levantamos, foi o primeiro disco todo baseado na mitologia élfica.

05 . HOLY DRAGONS (2003) "Blood Of Elves".



Orgulhosamente apresentamos um legítimo representante do Heavy Metal do Cazaquistão em nossa listagem! Cantando sempre em Russo e na atividade desde 1995, o HOLY DRAGONS, fazendo jus ao nome, sempre teve temas épicos e fantásticos em suas composições. Prova disso, é o single de 2003, posteriormente lançado em disco, que garantiu sua inserção em nosso artigo. É importante salientar que alguns discos do grupo vêm com nomes em russo e outros em inglês.

06 . RIVENDELL (2003) "Elven Tears".



Com nome inspirado em Tolkiem, o grupo que mescla elementos de Folk Metal ao Black Metal do multi-instrumentista Falagar fez de seus três discos musicalizações da obra do autor inglês. Lembramos, que ainda o título possa sugerir, "Elven Tears" não é todo inspirados nos elfos da Terra-Média. Apenas os temas "The Song of Eldamar", "The Fall of Finrod" e "Luthien" tratam de questões élficas.

07 . DOL AMROTH (2004) "Elven Tears".



Formada originalmente em 2001 como um grupo grego de Black Metal, os atenienses foram partindo cada vez mais para o Folk Rock. Assim, em 2004 lançaram seu single em homenagem a obra de Tolkien. Em 2007, a faixa-título, em homenagem aos elfos, saiu no disco "Around Europe in Ten Songs".

08 . EMERALD NIGHT (2012) "Korol El'Fov".



Grupo moscovita de Folk / Death Metal ativo ativo desde 1996. Essa banda é muito curiosa. Começaram cantando em inglês e após duas demos e um single os vocais passaram a ser no idioma russo. Ao mudarem de língua, a banda toda saiu, deixando o músico Dismel, que se apresenta vestido de Elfo, lançando demos e single como multi-instumentista e uma outra ajuda aqui e acolá. Com o lançamento do primeiro disco "Zerkalo Trolley", algo como Espelho dos Trolls, o EMERALD NIGHT voltou a ser um grupo completo.

09 . SYREK (2012) "Machine Elves".



Ex-músico de apoio de Paul Gilbert, John Petrucci, Zakk Wilde e Marty Friedman, o estadunidense Terry Syerk também compõe músicas próprias e lança discos; mais voltados para o Shred modernoso e Prog-Metal. O seu segundo disco tem nome e uma faixa inspirado nos elfos.

10 . EVERTALE (2013) "Of Dragons and Elves".



Representante do Power Metal alemão em nossa lista, o EVERTALE tem o seu debut com nome e faixa-título contando uma fábula sobre um elfo que enfrentou um dragão. A parte lírica do EP anterior dos teutônicos também é toda baseada em temas literários e mitológicos.

11 . WÖLVEFRÖST (2014) "Elven Thomb".



Faixa instrumental de dezoito minutos que é todo o segundo lançamento do disco de Black Metal Crust de um multi-instrumentista estadunidense. Não obstante só conter uma canção, é um disco também todo baseado em elfos.

Legolas em duas adaptações de cinema; no filme animado de 1978 e na franquia iniciada em 2001.

Músicas inspirados em Elfos:

Originalmente seres de luz, transformados pela literatura em elfos das trevas, sombras e verdes como a relva, os elfos inspiraram um sem número de músicas no Rock Pesado. Como a lista é pesada como um ataque de orcs e não queremos cansar o leitor como se este combatesse contra a clava de um troll; as descrições aqui serão mais sucintas; todavia, com referências o suficiente para o leitor conhecer os gêneros que mais lhe agradem e buscar informações dos grupos que lhe interessarem.

01 . REBORN (1995) "The Ballade of the Elf"



Instrumental em banda de Thrash Metal italiano.

02 . BLIND GUARDIAN (1998) "The Dark Elf".



Um interlúdio nesse disco todo baseado na obra Simarillion de J.R.R. Tolkien.

03 . DIES IRE (2001) "Elf".



Faixa mais Folk Metal do único disco da banda italiana de power metal sinfônico.

04 . DRAGONLAND (2002) "Through Elven Woods and Dwarven Mines"



Mais Power Metal e batalhas entre anões e elfos em nossa lista; nessa feita, a terceira faixa do
segundo disco do sexteto sueco.

05 . PERISHED (2003) "Dance of The Elves".



Faixa do último disco da horda noroeguesa de Black Metal que esteve ativa entre 2001 e 2013.

06 . MEADOWNS END (2004) "Elven Dreams"



Os sonhos élficos fizeram parte do primeiro EP do conjunto suíço de Death Metal Melódico.

07 . BATTLELORE (2005) "Elves of Lura"



Grupo finlandês de Metal Sinfônico Épico com vocais femininos. Essa balada é do terceiro registro completo do grupo; que já tem mais três full lengths. Inclusive, a capa do disco em questão, "Third Age of The Sun", apresenta elfos desenhados.

08 . FOLKEARTH (2006) "Elves".



Grupo de Folk / Viking Metal formado por músicos de diversos países europeus e de ex-colonias europeias. Faixa de interlúdio do segundo disco.

09 . FENRIR (2007) "Elven Princess".



Segunda faixa da primeira demo da banda francesa de Folk Metal com vocais femininos. Infelizmente para nós, essa inspiração nos elfos não entrou no primeiro, e único, disco do grupo.

10 . TJOLGTJAR (2007) "Voyage of Satans Elves".



Conjunto estadunidense Black Metal de um homem só ativo desde 1998, cujo nome é pronunciado Toll-Tar.

11 . STOHL-N (2008) "Chamber of the Elf".



Faixa instrumental da banda virtuosa estadunidense do ex guitarrista do grupo DAMIEN.

12 . CROW'S FLIGHT (2011) "Elf Kings Lie".



Heavy / Power Metal com efeitos de teclado é a pegada dos finlandeses; desde 2008 na estrada. "Calm Before The Storm" é último álbum pelo momento.

13 . CYNIC (2011) "Elves Beam Out".



Banda progressiva estadunidense na ativa desde 1987. Tem muitas demos, EP's (como a da música que você ouve) e só três discos completos.

14 . DIVINE INSANITY (2011) "The Weeping Virgin Elf with Gleaming Emerald Starlit Eyes Lays Silent and Defenseless on Top of the Monolithic Calligraphic Inscribed Pillar, Awaiting the Monster Swathed in Crimson Who Now Has a Hear".



Grupo estadunidense de Black Death Metal Melódico (?!?) de um multi-instrumentista com uma vocalista. Essa é a 21º faixa do segundo disco da banda... que possui quase oito horas de duração! Óbvio que uma panafernalha dessa só foi lançada on-line. Parece que um elfo andou fumando as erva dos hobbits...

15 . FOLKODIA (2011) "Ancient Forest of Elves".



Grupo internacional capitaneado por Marios Koutsoukos do FOLKEARTH (mais acima na nossa lista). Essa faixa abre o quarto disco, chamado "Forgotten Lore".

16 . WILDPATH (2011) "The Elf, The Man and the Muse (undeneath)"



Faixa-título do terceiro disco da banda francesa de Power Metal sinfônico com vocais femininos.

17 . KRAYL (2012) "Shadow of Mutilated Elves".



Banda de Black Metal ambient de um multi-instrumentista indiano. Faixa abre o primeiro EP do grupo, 50 cópias, com títulos meio em alemão e meio em inglês.

18 . MOUNT FUJI (2012) "Elf".



Heavy Metal moderno do grupo alemão que só lançou um disco até agora.

19 . SCARS OF ARMAGEDDON (2013) "Nuclear Christ Elves".



Com o título "Elfos Nucleares de Cristo" de seu único disco,  o power metal estadunidense garantiu lugar na nossa listagem.

20 . ASTRAL DOMINE (2014) "Tales of Elves and Pain".



Tema épico e de maior duração do debut do grupo italiano de Power Metal, chamado "Arcanum Gloriae".

21 . UNDER A SERPENT SUN (2014) "Elf King".



Faixa do EP auto-intitulado, único lançamento, do grupo estadunidense de Death Metal Melódico.

22 . EREB ALTOR (2015) "The Dance of The Elves".



Tema élfico no mais recente disco da banda suéca de Viking Metal ativa desde 2003.

23 . KARDOZ (2015) "Elves".



Faixa do EP de estréia da banda austríaca de Death Metal.

De volta da Terra-Média, do Multiverso, ou das mitologias em que vivem o Elfos, assim encerramos nossa jornada. Ainda que sejamos feitos à semelhança e instruídos pelo próprio Eru Illúvatar, não conhecemos todas as bandas, músicas e discos cujo o toque encatador dos Elfos seja presente, por isso utilize o espaço de comentários abaixo para nos indicar o que esquecemos.

Notório se faz que os Elfos se tornaram objeto de interesse do Rock Pesado primeiramente nas bandas mais reverentes ao Blues anos 1970 e 1980. Nos anos 1990 veio a associação da fantasia e RPG ao Power Metal / Melódico, com poucas exceções, e depois de 2001, quando o filme "A Sociedade do Anel" deu início ao Senhor dos Anéis no cinema as referências aos elfos multiplicaram. Mas, de lá para cá, os elfos estiveram ligados - quase que exclusivamente - à vertentes originárias do Metal Extremo.

O elfo Altmer no traço de Smeha.
Será que a magia dos elfos é muita intensa para os estilos mais antigos, ou, seus remanescentes ainda vão reivindicar a influência mandingueira por eles instaurada no Rock Pesado? Esperamos que, caso, e se aconteça, não seja uma guerra de proporções épicas entre balrogs e istares!

Encerramos lembrando que o elfo mais importante para o Rock Pesado, Elric de Melniboné, tem sua própria matéria.
ELRIC: de Melniboné para influenciar o mundo do Rock Pesado.