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terça-feira, junho 09, 2020

Na edição # 107 só rolamos pedidos dos ouvintes; do Hard 70 ao Extremo com muito Heavy!


Há anos o Rock Dissidente segue tocando música do mal contra a sociedade patriarcal, sempre desvendando meandros obscuros e pouco visitados da música pesada. No seu 107° episódio, 28° pela Rádio Rock Online, ele fez algo inédito e diferente. O programa todo foi de músicas pedidos pelos nossos ouvintes-amigos, com escolhas de fazer o volume do seu rádio que só chega até o 10 alcançar o 666!

Ouça nosso podcast todo feito com pedidos dos ouvintes!





Rádio Rock Online ao vivo 24 horas por dia, sete dias por semana, rolando todas as vertentes do Rock'n'Roll, desde 2011 com sede em Taquaritinga, São Paulo.

Produtor Executivo: Gustavo Troiano.

Toda sexta-feira impar tem Rock Dissidente inédito.

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Confira o nosso teaser ao som de METALURIA !!



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Foram contemplados na edição
 # 107 :

Maira Zanateli e Luis Felipe, de Varginha / MG: W.A.S.P.
M. John "Proporções Cósmicas" Felix, de São Paulo / SP: TYRAN PACE.
Cirlene Silva, de São Paulo / SP: TWISTED SISTER.
Wenderson Pereira, de Três Corações / MG: BARÓN ROJO.
Kelly Mendes, de Varginha / MG: THEATRE DES VAMPIRES.
Friggi Mad Beats, de São José do Rio Preto / SP: CHAOS SYNOPSIS.
Ivanildo Bahiano, de Três Pontas, MG: DEICIDE.
Cíntia de São Paulo / SP: MAGNUM  e ARAGORN.
Gerardo Sarmiento, de Buenos Aires / Argentina: METALURIA.
Roger Barizon, de Poços de Caldas / MG: TRIUMPH.
Elaine Fernandes de Catalão / GO: PARALYSED AGE.
Almir Curtin, de Avaré / SP: MASTODON.
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Gravado no estúdio "Casa da Rua do Beco", em Varginha, Minas Gerais, para todo universo conhecido, eternidade e além!


Produção, Roteiro e Locução: 
Willba Dissidente.
Produção Executiva: Gustavo Troiano.

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segunda-feira, junho 03, 2019

Jane: de nome das filhas de aristocratas para o Metal!

De onde vêm o nome Jane? Por que existem tantas músicas dedicas à mulheres chamadas Jane? Quais as Janes mais clássicas do Metal? Essas e outras curiosidades que você só encontra resposta aqui foram o tema do octogésimo segundo episódio do Rock Dissidente! 

Além do especial das Jane's que vêm inspirando o Rock pesado desde os anos 1960, a terceira edição do programa dentro da Rádio RockOnLine ainda teve os pedidos dos ouvintes e o lançamento de "Royal Art", disco novo de KIKO SHRED!

Ouça nosso podcast barulhento e virtuoso!



Rádio Rock Online ao vivo 24 horas por dia, sete dias por semana, rolando todas as vertentes do Rock'n'Roll, desde 2011 com sede em Taquaritinga, São Paulo.
Produtor Executivo: Gustavo Troiano.

Ouço o programa diretamente na Rádio Rock Online:



Toda sexta-feira impar tem Rock Dissidente inédito.

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Rock Dissidente # 82:

Abertura - KIKO SHRED
Bloco 01 -  pedidos dissidentes - MANOWAR, WHITESNAKE e WARRANT
Bloco 02 - lançamento dissidente - KIKO SHRED
Bloco 03 - especial - TALON, THE SWEET e BRITNY FOX.
Bloco 04 - especial - ANVIL, W.A.S.P. e MEGADETH.
Fundos - MARK BOALS, SICK TO THE BACKTEETH
Encerramento - KIKO SHRED.

Gravado nos estúdios na Casa da Rua do Beco, em Santa Maria, Varginha, Minas Gerais no dia 27/05, sendo exibido pela primeira vez em 31/05, com reprise 01/06/2019.

Produção, Roteiro, Seleção Musical e Locução: Willba Dissidente.


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Assista o teaser dessa edição no youtube:




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terça-feira, março 19, 2019

Edição 76: autobiografias, o fim do VLAD V, Darchitect e muito mais!

Canções que artistas escrevem sobre si mesmos, ou sobre fatos marcantes de suas vidas, foram o tema da septuagésima sexta edição do canal ROCK DISSIDENTE dentro do PROGRAMA COMBATE. Em sua maioria temas tristes e melancólicos essas músicas exprimem sentimentos, humores e amores dos artistas de maneira impar.  

Além do especial, o ROCK DISSIDENTE tratou do encerramento das atividades da banda catarinense VLAD V. Formada em 1986, o Vladão  é referência no Hard Rock Progressivo feito no Brasil; sendo que o único membro original, Jean Carlo, seguirá carreira solo no Rock Acústico.  O periódico ainda anunciou os eventos TRIUMPH OF METAL e GOOD NIGHT FEST, a serem realizados mês que vêm em Pouso Alegre e Varginha, respectivamente, fez campanha contra as pistas vip nos shows de metal e lembrou das resenhas novas no site.

Confira nosso podcast que é uma biografia!



Programa Combate no ar desde 2001 pela rádio Melodia FM, 102,3 transmitindo desde Varginha para mais de cinquenta municípios. O Programa Combate passa todo domingo, das 16 às 18 horas. 

Nessa edição sorteamos o cd "Mechanical Healing" do grupo paulista de Death Metal chamado 
DARCHITECT. Esse cd foi p último brinde cedido pela loja Die Hard Records.

https://www.diehard.com.br/



Kianne Lamarca, a ganhadora, poderá retirar o disco, de 19 a 29/03, em:

DOCAS SNOOKER BAR

Praça Melo Viana, 93. Campos Elísios. Varginha / MG.
Em frente a Igreja do Rosário.

Assista nossa gravação em vídeo!



Gravado ao vivo e disponibilizado nas redes sociais em 17/03/2019, rolando sons de THIN LIZZY, W.A.S.P., OZZY OSBOURNE, SOCIAL DISTORTION e RATA BLANCA.




Agradecemos ao nosso ouvinte-amigo William Rocha, de Varginha / MG, ex-roadie do TUATHA DE DANANN, por lembrar da faixa "Ghost Rider" do RUSH, que trata de como Neil Peart, o baterista, fez de como lidou com a perda da esposa (que foi andando de moto por vários continentes).

Rock Dissidente
 no Programa Combate: 

Apresentação: Willba Dissidente.
Técnico de som: Francisco Chico.
Produção técnica: Ivanei Salgado.
Produção executiva: André "Detonator" Biscaro.

Sites relacionados: 

http://rockdissidente.blogspot.com.br/
http://www.mixcloud/RockDissidente/ 
https://www.facebook.com/RockDissidemte/ 

http://www.radiosaovivo.net/melodia-varginha/ 
https://www.facebook.com/combatefm/
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domingo, agosto 12, 2018

Ciganos: influenciando a música pesada com sua magia!

De onde vieram os povos ciganos? Por que essa etnia tão mal vista pela sociedade burguesa segue influenciando positivamente o Rock pesado e o Metal desde os anos 1970? Descubra na 52° do Rock Dissidente dentro do Programa Combate.

Ouça o programa todo pelo Mixcloud!




Programa Combate no ar desde 2001 pela rádio Melodia FM, 102,3 transmitindo desde Varginha para mais de cinquenta municípios. O Programa Combate passa todo domingo, das 16 às 18 horas.

Tema sugerido por Samy Suki da zona Sul de São Paulo, Capital.
Todas e todos nossos ouvintes estão convidados a sugerir termas.

No decorrer da quinquagésima segunda edição rolamos músicas de RIOT, URIAH HEEP, W.A.S.P., ANTHEN e MERCYFUL FATE.



Gravado em 29/07/18 sendo exibido primeiramente em 12/08/2018.
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Rock Dissidente
 no Programa Combate

Apresentação, edição de vídeo e filmagem: Willba Dissidente. 
Técnicos de Som: Francisco Chico.
Produção técnica: Ivanei Salgado.
Produção executiva: André "Detonator" Biscaro. 

Sites relacionados: 
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http://www.radiosaovivo.net/melodia-varginha/ 
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quarta-feira, outubro 15, 2014

Paul McCartney, Iron Maiden e outros: cabos eleitorais, indiretos, do PT?

SABE AQUELA SENSAÇÃO QUE "NUNCA HOUVERAM TANTOS SHOWS INTERNACIONAIS DE ROCK NO BRASIL"? POIS BEM, ELA É CORRETA E TEM A VER COM NOSSA ESCOLHA DIA 26 DE OUTUBRO.

Há um senso comum ditando que Rock Pesado e política não se misturam. Tanto, há amplamente difundida a ideia que "tanto faz" quem for eleito, para o mundo da música "dá na mesma". Hoje é dia 14 de outubro de 2014, dia de Debate entre Dilma e Aécio pela presidência brasileira na tevê. Nesse contexto histórico importantíssimo que vivemos, surgiram na internet imagens que comparam o número de shows que o ex- BEATLES e ex- WINGS Paul McCartney fez no Brasil entre 1995-2002 e 2003-2014, administrações do PSDB e PT, respectivamente. Para surpresa de muitos, o IRON MAIDEN também foi incluído nessa lista. Em ambos os casos, os seminais ingleses tocaram mais em nosso país durante o governo PT que o PSDB. Será então que Rock Pesado e política estão distantes assim? Ou, talvez a máxima de Jean Paul Satre, que o senso-comum é - além de incorreto - é deprimente, faria mais sentido?

O blog Rock Dissidente, descartando a falaciosa neutralidade nas Ciências Sociais, que foi defendida pelo positivismo e o weberianismo, e corroborando com a metodoligia de Mintz de informar ao leitor a orientação do texto, apoia a Dilma Rousseff em sua campanha de reeleição; eis os porquês.


Devemos lembrar que o Rock surgiu do Blues dos trabalhadores rurais negros estadunidenses, que viviam em condições análogas a de escravos, na década de 1950. De lá para cá, por muitas modificações passou, porém, a gênese de rebelião contra o autoridade, contra o poder insistido, nunca o abandonou. Canções clássicas como "Fortunate Son", CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL e tantas outras, nos lembram que o rocker é o oprimido que quer mudar a sociedade injusta. Infelizmente, alguns artistas se renderam ao Sistema, como o BLACK SABBATH, que se apresentou em Sun City em 1987, ou o surgimento do estilo chamado Black Metal NS, de bandas nórdicas que pregam o nazismo, ou até a música deplorável "Pleasure Slave" do MANOWAR. Em contrapartida, tivemos o protestos contra o "Hotel-Cassino-Resort" Sul Africano liderados pela banda de BRUCE SPRINGTEEN e dezenas de rockers, existem críticas ao sistema do Punk Rock e do Hardcore e diversos artistas são ativistas de esquerda, como Bono Vox do U2, houve o Woodstock... Em suma, e o que queremos provar, o Rock'n'Roll pode até ser dissociado da política, mas é muito mais facilmente associado a esta, sendo sua gênese de esquerda, mas também apropriado pela direita de quando em quando.


O que nos leva ao ponto central deste texto. Como pode, um governo do PT à nível federal, ser melhor a quem curte qualquer vertente de Rock, do que um do PSDB? O governo do PT representa o capital produtivo: quem trabalha e ganha salário; quem compra bens de consumo para uso próprio; imóvel para residir; automóvel para uso próprio; viaja nas férias. O governo do PSDB é preocupado em agradar o capital especulativo: quem investe dinheiro e espero que esse dinheiro gere dinheiro; quem compra diversas casas, terrenos para especular (esperar valorizar); quem não vive de salário fixo, quem gasta no exterior; em suma, concentra renda e aumenta as diferenças sociais. A resposta para nossa pergunta é tão simples quanto é inusitada: a política econômica do PT, tem como efeito colateral, proporcionar mais shows de Rock / Internacionais que o PSDB.

O pacote de baixo desemprego (4,7% em dezembro de 2011 contra 10,5% dos tucanos em dezembro de 2002, chegando a picos de 30%) e alta do salário mínimo (de U$D 56,00 em  dezembro de 2002 com o PSDB para U$D 306,00 em dezembro de 2012 com o PT) aliados a queda da taxa de inflação do período de 100,6% (no PSDB) para 50,3% (a metade, no PT), ou taxa anual de 9,1% para 5,8%, respectivamente, permitiu ampla oferta de crédito à juros baixos e financiamentos.

Os dados estão aqui:
http://wporfirio.wordpress.com/2014/07/10/o-pt-e-o-psdb-em-numeros-uma-comparacao-de-fhc-e-luladilma/

Essa bonança construída pela economia sob controle criou o cenário ideal que permitiu que os empresários daqui pudessem chamar / contratar bandas estrangeiras, sabendo que tais eventos darão lucro; já que a economia aquecida lega para o grande público ter dinheiro para gastar em entretenimento. Como assim? Enquanto no governo PSDB criou-se 627 mil empregos por ano (12,2% de desemprego), a taxa petista foi de 1,79 milhões (5,4% de desemprego) e a desigualdade social, que caia 2,2% na administração tucana, caiu 11,4% nos governos Dilma e Lula. Percebe que mais pessoas são incluídas? Mais pessoas tem como gastar? Não é só nas 33 milhões de passagens aéreas vendidas em 2002 para as 100 milhões vendidas em 2013, que percebemos o quanto o brasileiro pode consumir mais; no Rock também.

Esses dados estão aqui:
http://imagempolitica.com.br/site/fhc-x-pt-comparacoes-com-saludos-do-p-timm-editor-torres-rev-digital/

Em se tratando de shows internacionais de pequeno e médio porte, a situação é ainda mais nítida, pois permite que pessoas sem tanto dinheiro organizar turnês com custo e lucro baixo. Não só mais um empresário de estádio, Rock in Rio com bandas milionárias e shows em capitais. Grupos menores, passaram pelo Brasil durante o governo do PT, sob a economia focada no capital produtivo, podendo excursionar o país todo. SKULL FIST, ENFORCER, CAULDRON, NUCLEAR WARFARE, STEELWING, MAD MAX e outros grupos, são exemplos de bandas internacionais ainda desconhecidas do grande público, que puderam realizar turnês extensas pelo Brasil, com público pequeno em cada apresentação. Isso ocorria entre 1995 e 2002 (governo do PSDB)? Mais, muitos desses concertos aconteceram em cidades pequenas, ou "sem tradição" de Rock / Metal. "Sem tradição", por não haverem pessoas que curtam som nos interiores do Brasil, ou por nos anos 1990 a concentração de riqueza imposta pelo neoliberalismo não gerar desenvolvimento econômica nestas regiões o suficiente para receber esse tipo de evento?

Pode ser contra-argumentado que as bandas citadas estavam inativas durante o período do PSDB no governo federal. Todavia, existiam bandas similares, tão competentes e desconhecidas do grande público, como UNREST, WOLF (da Suécia), DIRTY DEEDS, DORO etc, cujos headbangers também gostavam e nunca foram chamadas ao Brasil durante seu período de atividade (desses só a DORO continua ativa). Percebem como um modelo econômico favorece mais aos shows de rock que outro?


Tabela feita com base nas 10 bandas pesadas que mais se apresentam no Brasil, de acordo com o jornal Folha de São Paulo:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/03/1428638-aumento-de-turnes-indica-que-brasil-e-o-pais-do-metal.shtml

Só contamos as bandas que estavam em atividade durante os governos PSDB e PT, e acresecentamos algumas outras de interesse deste blog. O número de shows tem como referência buscas feitas no site SetList.FM:

http://www.setlist.fm/search?query=venom+brazil

Ainda assim, os grandes centros não foram esquecidos pelo empresários de shows de Rock / Metal.

Prova disso é que John Fogerty tenha se apresentado 04 vezes no período do PT e nenhuma antes disso; pois as condições econômicas para que um show desse acontecesse eram desfavoráveis. Em relação aos grandes Festivais, como Monsters of Rock e Skol rock, lembramos que os shows ocorridos nesses festivais entraram em nossa contagem. Ainda que esse tema dos festivais, mereça análise mais aprofundada, é seguro dizer que se alguns sumiram, outros tantos surgiram.

Se você fosse empresário, arriscaria colocar seu dinheiro num show caro em um país com o segundo maior desemprego do mundo e que o dinheiro estava a desvalorizar?

O que concluímos? Que concentração de renda, especulação, desigualdades sociais e instabilidade econômica diminuem o poder de compra da população, e consequente, o público em potencial para um show de rock internacional. Note que o governo federal petista no precisou, necessariamente, financiar esses eventos; sua boa gerência econômica é que indiretamente criou e aumentou as condições para que os mesmos acontecessem.

Como é impossível elencar todos os grupos, nossa lista não é exaustiva, portanto, cedemos os espaços de comentários a quem quiser acrescentar nome e/ou correções.

Voltando ao começo do texto, o Rock Dissidente, tomando partido desde início e buscando objetividade, apoia a candidatura da presidenta Dilma Rouseff, pois o governo petista, entre muitas outras coisas mais importantes e que estão sendo divulgadas na campanha, acaba por - colateralmente, ao circular renda e diminuir a miséria - favorecer a ocorrência de shows de Rock / Metal internacionais no Brasil.

Willba Dissidente agradece efusivamente ao irmãozinho Marcelo Alexandre Rosa, sem o qual não poderíamos tecer a listagem acima, e manda um alô para Enio Corrêa, André Demônino e Leandro T-Bone.

domingo, março 09, 2014

Mad Max: a influências dos filmes no Hard Rock e Metal.

Quando o australiano, que então era funcionário de um hospital, George Miller resolveu fazer seu primeiro filme ele não poderia imaginar que este se tornaria o longa de maior retorno financeiro da história do cinema. O ano era 1978 e o filme chamava-se "Mad Max". O sucesso proporcionou a Miller desenvolver uma carreia vitoriosa com seu estilo impar de direção;  que incluem blockbusters como "O óleo de Lorenzo", "Happy Feet", "Baby - O porquinho atrapalhado" etc. Tampouco, Miller imaginaria que os filmes "Mad Max", que formaram uma trilogia, seriam abraçados pelo nascente Heavy Metal.

Ainda que o filme "Mad Max 2 - A Caçada Continua...", 1981, "The Road Warrior", no original, seja o preferido entre os Headbangers, o já citado primeiro filme e fechamento da saga, com "Além da Cúpula do Trovão", 1985, também têm inspirações no rock pesado e amplas relações com o universo pós-guerra nuclear imaginado pelo australiano.



A nossa lista é dividida nos três filmes e nesses as bandas estão organizadas por ano do lançamento do disco. Lembramos que a lista não é exaustiva, então, não deixe de contribuir se você souber de alguém que deixamos de fora.

Abasteça seu V8 envenenado com combustível roubado, carregue sua arma e se aventura por esse deserto radioativo lotado de bárbaros atômicos!

MAD MAX, 1978.

01 . MAD MAX, a banda (1982).

O grupo alemão oriundo da pequena cidade de Münster parece ter sido a primeira banda de Heavy Metal / Hard Rock a fazer referência aos filmes de Miller, tomando "emprestado" o título do primeiro como nome. Não obstante a carreira com muitas idas e vindas e diversos discos lançados desde a década de 1980, foi somente em 2010 que a banda fez uma outra referência explicita ao primeiro filme, se valendo de uma imagem que "lembra" os distintivos de bronze utilizados pelos policiais da Main Force Patrol como capa do disco "Another Night Of Passion".



Com o sucesso deste disco, o MAD MAX resolveu repetir a estratégia no cd seguinte, que saiu em 2013. Além de chamar "Interceptor", nome dados aos carros patrulha dos policiais, o álbum tem como capa uma imagem que lembra o cenário pós-apocalíptico do primeiro filme. Confira abaixo:



O grupo MAD MAX ainda não compôs música inspirado nos filmes.

02 . TAKASHI (1983) - "Mad Max".



A banda nova-iorquina que só registrou um EP com quatro músicas, "Kamizake Killers", e teve algumas participações em coletâneas, talvez tenha sido o primeiro grupo a registrar uma música sobre os filmes. A faixa homônima à película, o maior destaque do álbum, conta o enredo do primeiro filme. Em 2011 o grupo voltou à ativa, porém ainda não soltou registros.

03 . PRETTY MAIDS (1987) - "Future World".



A todos que já assistiram ao primeiro Mad Max é óbvio que a premiada banda dinamarquesa de Heavy Metal com teclados fez o vídeo da faixa-título de seu segundo, e mais aclamado pelos fãs, disco com cenas que fazem referência explícita ao filme. De fato, esse clipe pode ser visto como um interlúdio entre o primeiro e o segundo filme.

04 . SCORCHED EARTH POLICY (199X) - "Toecutter".



Banda australiana de Death Metal de meados dos anos noventa. Encontrei essa gravação por acaso, porém não foi possível rastrear mais informações sobre o grupo. A música "Toecutter" fala do vilão do primeiro filme, responsável pela morte da esposa e do filho de Max. O começo da música traz como introdução o dialogo sobre o personagem Night Rider, extraído do primeiro filme. Não confundir com a banda estadunidense de mesmo nome.

05 . CHILDREN OF TECHNOLOGY (2008) - "No Fuel No Hope".



Sabemos que Miller se baseou no visual das bandas punks, do nascente Metal e adicionou ombreiras de futebol estadunidense para compor o visual das gangues nos filmes Mad Max. Posteriormente, esse look pós-apocalíptico nuclear passou a inspirar as próprias bandas. Esse e o caso do Metal Punk italiano CHILDREN OF TECHNOLOGY. A banda que mais lança Demos, Slipts e Ep's do que discos completos, se veste de maneira inspirada nos personagens dos filmes, além de ter músicas como "No Fuel, No Hope",  "V8 Nitro Engine", "Rise Of The Nightrider", "Give Gasoline or Give Me Death" e muitas outras que parecem saídas dos filmes.



THE ROAD WARRIOR, 1981.

Como citado anteriormente, o segundo filme é parte da trilogia que mais inspirou as bandas de rock pesado. Essa parte da matéria é, em partes, republicação de artigo que escrevi para o Whiplash em dezembro de 2011, com poucas alterações, atualizações e algumas adições.

06 . PANZER (1982) - "Al Piel del Cañon".



Repare se não é o próprio Lord Humongous, vilão do filme, que estampa a capa do debut do PANZER. Não confundir que as inúmeras outras bandas que também chamam Panzer ou algo conhecido. Esse PANZER é uma das mais clássicas e pioneiras bandas da Espanha, ao lado de OBUS, BARON ROJÓ e outras. Sua formação data de 198, ficando na ativa até 1988 e retornando em 2006 para lançar um DVD ao vivo.

07 . W.A.S.P. (1984) - "Show No Mercy".



Ainda que Blackie Lawless tenha feito alusão ao nome da banda no pré-refrão desta música, a letra falando de cidade e corpos que queimam, desordeiros e foras-da-lei das estradas na Terra Devastada e, principalmente, "soltar os selvagens cães de guerra para atacar", contém claras referências à visão de mundo de Lord Humongous, o lider dos vilões do Mad Max 2. Interessante notar que esse som era o número de abertura dos shows do W.A.S.P. em 1983. A música "Show No Mercy" saiu como lado do B do compacto de A.N.I.M.A.L. (F*ck like a beast) e depois de bônus no relançamento do homônimo disco da banda.

Durante esta época de visual Dark Glam, Lawless ainda se baseou nas pessoas de rosto coberto hasteadas ao carro de Lord Humongous, para criar uma teatralidade nos shows da banda. Tal fato, confesso na autobiografia da banda, "30 Anos de Trovão", é declarado como "achei que alguém iria nos prender por ter copiado Road Warrior, mas isso nunca aconteceu"!



Repare na mulher que o vocalista, e então baixista, revela na câmara de tortura aos 02:21 e compare com as vitimas do vilão na foto abaixo.




08 . CARNIVORE (1985)


O CHILDREN OF TECHNOLOGY não foi o primeiro Metal Punk a buscar inspiração no universo Mad Max. O grupo do finado Peter Stelle, que conheceria fama no TYPE O NEGATIVE, usou e abusou da temática pós-apocalíptica no seu debut, ainda que sem fazer referências aos filmes, e no visual que usava na época. Infelizmente, as letras do disco são cheias de misoginia e outros preconceitos; o que nunca seria aceito pelo autor dos filmes. De todo modo, o CARNIVORE abandonou totalmente esse universo no seu seu segundo, e sofrível disco, que é ainda mais preconceituoso.

09 . ROGUE MALE (1985).



A banda inglesa ROGUE MALE lançou dois discos anos oitenta, "First Visit" e "Animal Man". Nesses álbuns, registrados em 1985 e 1986, a banda utiliza visual que contém nítida inspiração nas gangues que assaltam e matam nos desertos australianos de Road Warrior. O vocalista / guitarrista Jim Little, inclusive, tem aparência semelhante ao vilão Wez, vivido pelo ator Vernon Wells.



10 . ANNATHEMA (1991) "Road Warrior".



Grupo Speed Metal da Sérvia, que foi formado na Yoguslavia. O segundo disco da banda, "Empire Of Noise", além de canção homônima ao segundo filme é introduzido por uma música instrumental tensa chamada "Wasteland", o nome original da terra devastada, os desertos nos filmes de George Miller.

11 . VIOLATOR (2006) - "After Nuclear Devastation"



Como faixa de encerramento de seu segundo, e até então melhor disco, o grupo de Thrash Metal, vindo de Brasília / DF, fez homenagem ao The Road Warrior da seguinte maneira: musicou as falas da introdução do filme em meio a um instrumental intenso e visceral e adicionou solos e refrão. O disco "Chemical Assault" fez o nome do VIOLATOR no mundo todo e o som "After Nueclar Devastation" com certeza é um dos responsáveis pela fama alcançada, aparecendo até no DVD ao vivo do grupo.

12 . SLIPPERY (2006) - "We Seek the Vengeance".



Para encerrar seu primeiro registro fonográfico, o E.P. "Follow Your Dreams", a banda paulista de Campinas, de estilo Hard Metal, buscou uma canção de sua primeira fase (quando Fábio Hulk ainda era o vocalista). O som "We Seek The Vengeance" conta a versão dos seguidores de Humongous, com muitas explosões e corpos em chamas, contra aquele que foi amaldiçoado a pilotar para sempre seu carro numa estrada sem fim... Depois do E.P. a banda gravou seu full-length "First Blow" com produção de Átila Ardanuy, guitarrista do ANJOS DA NOITE, que saiu em 2012.

13 . BIOHAZARD (2006) - "New World Desorder".



"Eu sou Humongous, senhor da terra devastada", diz a faixa-título do disco da banda de Rap/Metal que faz um trocadilho com a "nova ordem mundial, ganhando seu espaço na nossa listagem.

14 . STRIKER (2009) - "Road Warrior".



Seguindo a mesma linha dos seus conterrâneos do SKULL FIST e AXXION, o STRIKER é uma banda canadense atual que preza pelo som mais oitentista possível, só que na trilha do Power Metal. A faixa-título e de abertura de seu primeiro E.P. fala de um herói que luta sozinhho em estradas cobertas de pó, com tiros passando rente a sua cabeça; lembra o personagem de Mel Gibson em um certo filme, ou não? Após esse EP, o STRIKER já lançou dois discos completos "Eyes In The Night" e "Armed to The Teeth".

15 . STEELWING (2010) - "Roadkill (... or be killed)".



Só de se olhar a capa do disco de estréia dos suecos já dá pra sacar que ela foi "inspirada" no Ford Falcon 1976 V8 que a personagem de Mel Gibson dirige nos dois primeiros Mad Max. Ao se ver então que o nome do referido disco é "Lord of the Wastland" (a Terra Devastada é o deserto australiano onde Max enfrenta os malfeitores) e a letra de sua faixa-título trata de um herói "que perdeu tudo que tinha ao rugir de um motor" e agora "enfrenta cães de guerra que vão à guerra por um tanque de combustivél" fica latente o quanto segundo filme de George Miller foi influente para o STEELWING. O grupo formado em 2009, e também adepto do metal oitentista, que é chamado pela banda de "pós-apocalíptico", lançou outro trabalho completo, "Zone Of Alienation", em 2012.

16 . COBRA (2011) - "The Roadrunner".



A banda de Thrash Metal oruinda de Lima, capital do Peru, que canta em inglês, se valeu de um discurso do Lord Humongous como introdução da pancadaria que está em seu debut. Ainda assim, a música fala de alguém fugindo no deserto, mas não cita diretamente o filme. Os sul-americanos tem mais disco completo.

17 . FINAL SCREAM (2011) - "Road Warrior".



Com nome inspirado em música do GRIM REAPER, a banda FINAL SCREAM (da capital de São Paulo) lançou esse ano seu E.P. de estréia com arte e faixa-título em homenagem ao filme Mad Max 2. Só uma curiosidade: a narração no começo da música na verdade foi tirada dos momentos finais do Mad Max 1. O FINAL SCREAM ainda não lançou um trabalho completo.

MAD MAX BEYOND THUNDERDOME, 1985.


18 . ANGRY ANDERSON, vocalista do ROSE TATTOO.

Ao que parece, o fechamento oficial da série foi o filme que recebeu menos homenagens no mundo Heavy Metal. Entretanto, um legítimo rocker atuou no filme, roubando a cena em diversas ocasiões. Trata-se do vilão Iron Bar, que foi vivido pelo cantor da banda de Hard Rock setentista australiana ROSE TATTOO.  Nós sabemos que a Tina Turner é a vilã do filme e ela possui passado rocker, porém nosso interesse é no rock pesado.

19 . ZNOWHITE (1988) - "Thuderdome".



Grupo estadunidense de Thrash / Speed Metal oriundo de Chigago que conta com uma mulher nos vocais. No seu debut e último registro fonográfico, ainda que o EP's anteriores e o disco ao vivo sejam mais populares entre os fãs, encontra-se essa faixa que faz alusão a luta de Max contra Master Blaster na Cúpula do Trovão. Antes de começar a pancadaria, ouve-se a fala do filme de introdução à arena de digladiação com um efeito de estúdio. 


O sucesso de "Road Warrior" gerou alguns filmes que também se inspiraram indubitavelmente no épico das estradas de George Miller para compor sua trama. Um deles é o estadunidense "Crepúsculo de Aço". Outros dois são filmes italianos, também lançados em início da década de 1980, "O Guerreiro da Terra Perdida" e "The New Barbarians".

19 . CLOOVEN HOOF (1988) - "Warrarios Of The Wasteland".



"Warriors Of The Wasteland" é o nome alternativo do longa "The New Barbarians", realizado em 1983 pelo diretor Enzo G. Castellari, o mesmo do famoso faroeste "Keoma". Foi esse título que a banda da N.W.O.B.H.M. se valeu para compor a canção em homenagem ao filme que figura em seu álbum "Dominator", o penúltimo lançado antes do encerramento, e posterior retomada, das atividades.

20 . INEPSY (2007) - "Warriors of the Wasteland".



O grupo canadense INEPSY, em seu terceiro, e último disco, "No Speed Limit for Destruction", também resolveu homenagear o longa italiano se valendo do título alternativo. Essa excelente canção demonstra o lado mais Heavy Metal da banda, que se tornou mais conhecida pelas músicas mais rápidas e pesadas.

Esperamos que todos fugitivos da Terra Devastada tenham escapado com vida dos cães de guerra pós-atômicos que guerreiam pelas estradas do futuro!

O Rock Dissidente agradece aos amigos Allan Cunha, Ksio HellThrasher, Saulo Coven Of Darkness e Flávio Rockatansky Rider pelas indicações.

Site relacionado (em inglês):
http://www.madmaxmovies.com/

domingo, janeiro 19, 2014

W.A.S.P.: Os supostos plágios de Blackie Lawless.

Uma das maiores bandas de Heavy Metal do mundo, o W.A.S.P. foi oficialmente formado em 1982 e logo no primeiro disco (1984) já ganhou notoriedade. A sonoridade crua, aliada ao visual e temática Dark Glam fizeram o quarteto ganhar uma base sólida de fãs, que continuaram seguindo o grupo pelas mais variadas mudanças de formação e musicalidade.

Ao longo dos mais de trinta anos de carreira, já que o vocalista, guitarrista e baixista já vinha da banda do ex- NEW YORK DOLLS, Arthur Kane, e passara pelo CIRCUS CIRCUS e o SISTER, algumas músicas começaram a soar "estranhamente" parecidas, ou reaproveitadas. Essa matéria foca nestas canções. Lembramos que são só sugestões aos fãs da banda para tirar suas próprias conclusões sobre o assunto, que é notório. À exceção do caso do THE WHO, Lawless só se utilizou de composições antigas, outras nem tanto, suas para criar algo novo.

Lembramos que este site é feito por um fã do W.A.S.P. e que não estamos acusando ou menosprezando a banda, tão somente apontando uma curiosidade para quem se interessa por ela.



A lista foi organizada por ordem cronológica da suposta ocorrência do plágio:

01 . "95 N.A.S.T.Y." (1986) X "Tear Down The Wall" (1980)




Acima a música que você já conhece bem. Abaixo, uma das canções da época que Lawless já tocava com o guitarrista Randy Piper (que ficou nos dois primeiros discos do W.A.S.P.) em 1980. Nos parece, até então, que o vocalista simplesmente se aproveitou da estrutura de uma música que ele escreveu e nunca pode lançar, para uma composição nova.
Há também uma música do W.A.S.P. chamada "Tear Down the Walls" no disco "Neon God Part II: the demise", mas sem outra relação com a antiga.



02 . "From Whom the Bells Tolls" (1989) X "Don't What I Am" (1981) X "The Gipsy Meets the Boy (1992)".



Parte da Ópera Metal escrita por Lawless na época da primeira grande ruptura do W.A.S.P., poucos sabiam que esta bela balada parece ter sido inspirada em um som que faz parte do lado B do single de "The Real Me", cover do THE WHO, lançado oficialmente em 1989. Confira abaixo.



Posteriormente, a época da internet revelou que na época do SISTER, grupo que tinha como baixista Nikki Sixx que futuramente fundaria o MÖTLEY CRÜE, já havia uma outra música que trás "semelhanças" com a que ficou imortalizada no discos "Crimson Idol". Se como da primeira vez, Lawless quis se aproveitar de uma canção nunca gravada oficialmente, qual teria sido a intenção do músico ao voltar a este som em 1992?
Se você reparar na letra, irá perceber que parte da introdução de "The Invisible Boy" foi surrupiada desta da música do SISTER.



03 . "Don't Cry (Just Suck)" (1999) X "Blind In Texas" (1984).



Ouvindo essa música um tanto controversa com a temática do sexo oral lançada na volta do W.A.S.P. com sua sua sonoridade clássica, nós notamos semelhança no riff principal, virada de bateria e estrutura na introdução de sons mais famosos do grupo. Você concorda?



04 . "Let It Roar" (2001) X "L.O.V.E. Machine" (1984).




No disco de estúdio que marcou a (última?) despedida do clássico guitarrista Chris Holmes, há quem diga que a faixa supracitada é semelhante demais com o famoso petardo do debut.



05 . "Clockwork Mary" (2004) X "I Can't" (1995).



Se nas músicas anteriores a "parte semelhante" era na introdução, na sua segunda Ópera Metal, Lawless usou toda uma passagem instrumental e as letras, sem mudar uma linha sequer. Repare aos 02:27 da música do "Neon God" e aos 02:03 da canção do "Still Not Black Enough".




06 . "Take Me Up" (2007) X "Hallowed Ground" (2002).



Ainda que canção de 2002 tenha um arranjo mais trabalhado e efeitos na voz de Lawless, as notas do piano usado no canto das duas músicas soam exatamente as mesmas.



07. "See Me, Fell Me" (1969) X "Last Redemption" (2008).




Essa foi a única vez que encontramos em que Lawless se valeu da música de outro compositor, seu bom amigo Pete Townsend, do THE WHO. Se você reparar, as notas tocadas em parte da introdução do longo tema que fecha o disco "Tommy", que deu fama aos ingleses, são as mesmas da música que encerra a segunda Ópera escrita pelo estadunidense. Uma homenagem a seu amigo e mentor?



08 . "Crazy" (2009) X "Wild Child" (1985).



Inverta as notas da introdução da clássica canção do disco "The Last Command" e você ouvirá exatamente as primeiras notas da música que abre o disco "Babylon". Alguém discorda?



09 . "Babylon is Burning" (2009) X "Burning Man" (2007).



Para fechar, se das outras vezes Blackie Lawless pegou uma música famosa do W.A.S.P. e reutilizou parte dela em uma outra que não deu muito certo, aqui a "suposta apelação" foi mais longe. Pois a mais antiga foi single do disco "Dominator" e a mais nova era carro chefe do mais recente disco do grupo "Babylon".



Lembramos que as músicas dos discos "Crimson Idol" e "The Neon God" em que trechos se repetem dentro destes mesmos álbuns foram desconsideradas, pois estes trabalhos têm estrutura de ópera, o que permite tal formato e recorrências.

Encerreamos aqui mais esta viagem polêmica pelo rock pesado (e dissidente). Sinta-se a vontade para expor se alguma outra música deveria estar aqui, ou se exageramos em alguma suposta semelhança, nos comentários abaixo.

Auto plágios homenagens ou o como quiserem chamar, o W.A.S.P. é uma das mais bem sucedidas bandas do Heavy Metal oriundas dos anos 1980 e quando a isso não se pode polemizar.

Sites relacionados (em inglês):

http://www.waspnation.com/
https://twitter.com/WASPOfficial
https://www.facebook.com/W.A.S.P.Nation

quarta-feira, setembro 11, 2013

Jeff Godwin: conheça um dos maiores opositores do rock.

Publicado originalmente no site Rockeiro Brasil em maio de 2013
"O que um grande inimigo do rock pensa de suas bandas favoritas".


Você que lê esse texto com já deve ter ouvido de alguém que ouvia rock/metal e, de repente, parou de curtir som. Até ai, não há problemas. Cada pessoa é livre para decidir e mudar seus gostos. O grande problema, é quando uma pessoa larga algo que é um hobbie, um lazer, e começa a criticar as pessoas que que continuam a seguir pelo caminho que ela deixou. Citar exemplos desse tipo seria enfadonho. Você, com certeza, conhece alguém que parou de fumar e agora é o opositor mortal do cigarro? O rock, ao longo de suas seis décadas, já teve muitos opositores, e um dos maiores deles passou exatamente pelo processo descrito acima.
O pastor Jeff Godwin na época que lançou seu primeiro livro.

Conheça um senhor estadunidense chamado Jeff Godwin. Sua influência maior se deu no meio dos ano oitenta, quando ele comandou um ataque violento ao rock’n'roll. Até 1984, Godwin, cuja data de nascimento não conseguimos apurar, era viciado em drogas e tocava em bandas de rock. Talvez o extremismo seja uma constante na vida dele, pois após se converter ao cristianismo fundamentalista, o que até então “cada um é livre para escolher sua religião” ele começou a culpar o rock por muitas das mazelas do mundo.

De acordo com ele, a origem do rock’n'roll se deu há mais de mil anos, com ritmos criados por Satã e seus demônios, com capacidade de influenciar, de uma maneira subliminar, quem os esteja ouvindo. Esses ritmos vieram da África, e através do jazz e do blues, e outros estilos que assim como o rock descendem da música negra, e se consolidaram no rock’n'roll. Sentiu a tensão? Então, segure a onda, pois segundo Godwin, o rock ainda inspira todos as formas sombrias de Satã, como “rebelião, ódio, abuso de drogas, suicídio e fornicação (ato sexual)”.
Mas como esse Godwin ficou tão famoso após se converter? Em 1986, ele escreveu seu primeiro livro, ou primeira investida, para “parar” o rock’n'roll. Além da doutrina religiosa, Godwin reivindica o título de “pesquisador do rock” na sua obra “Devil’s Disciples: The Truth About Rock Music”, que é carregada de preconceitos e moralismos.
Confira abaixo essa lista com os comentários do pastor sobre cada um dos grupos, traduzidos pelo site Combate Rock, considerados mais “perigosos do rock’n'roll”:

1 . AC/DC: “Essa banda causou mais danos que qualquer outra por aí”.

02 . ROLLING STONES: “Esses drogados hedonistas e miseráveis inventaram o Rock diabólico”.

03 . LED ZEPPELIN: “Um grupo de caçadores de emoções ocultas, com um catálogo de negativismo, melancolia e óperas sexuais e sensacionalistas de Heavy Metal”.



04 . MÖTLEY CRÜE: “Uma quadrilha de bocas sujas e fornicadores que espalham abertamente seu estilo de vida detestável”.

05 . KISS: “Não contentes com os milhões de dólares já roubados de seus fãs, que são basicamente garotas de treze anos, o KISS parece longe de desaparecer na lata de lixo do Rock”.

06 . TWISTED SISTER: “Atitude animalesca, machista, combinada com preferências sexuais estranhas e doentias. Uma das bandas mais prejudiciais da atualidade”.

07 . JUDAS PRIEST: “Ocultismo, postura de motoqueiros nazistas, violência, violência e violência. O mundo fica ainda mais insano com esse nojento grupo de fascistas do Rock”.

08 . BLACK SABBATH: “Um detestável grupo de necrófilos, adeptos da bruxaria”.

09 . OZZY OSBORUNE: “Repetidos e nojentos atos inconsequentes de depravação e vulgaridade”.



10 . W.A.S.P.: “Uma junção dos mais perversos elementos do Rock atual. O nome da banda significa ‘We Are Sexual Perverts’ (Nós somos pervertidos sexuais). E a música que fazem prova isso”.
Nós acreditamos a música é cultura e uma forma de expressão. A religião, também é um traço cultural da humanidade, dando respostas a questões transcedentais e proporcionando conforto em horas dificéis. É uma lástima que existem pessoas que queiram confrotar a ambos em termos binários de bem e mal. Nós, que não somos contra nenhuma forma de religião, só temos a lamentar a insistência de Godwin contra o nosso amado rock’n'roll.

Livros lançados por Jeff Godwin (tradução livre entre parentêses):

1986 – Devil’s Disciples: The Truth About Rock Music (Discipulos do Diabo: a verdade sobre a música do rock).
1988 – Dancing With Demons: The Music’s Real Master (Dançando com demônios: o verdadeira mestre da música).
1990 – What’s Wrong With Christian Rock? (O que está errado com o rock cristão?).
1995 – Rock & Roll Religion: A War Against God (Rock & Roll como religião: uma guerra contra Deus).

Sites relacionados:
http://en.wikipedia.org/wiki/Jeff_Godwin/
http://blogs.estadao.com.br/combate_rock/




Eles fizeram mesmo isso? Quando grandes bandas decepcionam os fãs.

Publicado originalmente no site Rockeiro Brasil em abril de 2013.

Poucos são os grupos de rock pesado que conseguem atravessar décadas sendo sempre reverenciados por seus fãs. AC/DC, UFO, BLUE ÖYSTER CULT, e outras, são bandas que vêm desde os anos 70 buscando aquilo que somente o THE ROLLING STONES conseguiu alcançar, tendo uma década a mais de carreira que eles: continuarem sempre na ativa e nunca lançando um único disco decepcionante aos seus fãs. Não estamos fazendo referência à discos que carecem de inspiração nas composições, ou a falta de um membro-chave do grupo faz toda a diferença, como poderia ser o “The X-Factor” do IRON MAIDEN. Estamos falando de bandas que, subtamente, têm uma mudança bruta no seu estilo musical, desapontando a legião de fãs que as acompanhavam; à partir dai a banda ou voltou ao seu gênero de origem ou aceitou ter público reduzido.

No caso do Hard Rock e do Heavy Metal, nosso foco aqui, o período que mais desses deslizes aconteceram foi na década de 1990. Talvez cansados do estilo que de rock que faziam há anos, ou por pressão das gravadores e empresários por querer algo “mais grunge ou alternativo” muitas bandas outrora de respeito, cometeram deslizes terríveis (aos ouvidos tradicionais).

Listamos abaixo dez discos e bandas que se enquadram nessa categoria, respeitando a ordem cronológica dos lançamentos:

01 – DIO “Strange Highways” (1993).



Muitos vão estranhar uma celebridade tão celebrada do metal encabeçar a lista. Outros vão dizer que a culpa é do guitarrista Tracy G (que inclusive foi tratado com desprezo pelos fãs quando se apresentou com a banda no Brasil, no Skoll Rock). Há quem indique que esse disco não é “tão ruim”, que a última faixa ou uma outra se salva. É díficil chegar a um consenso que não seja que esse é o play com sonoridade mais estranha já lançado pelo soberbo vocalista. A aceitação do CD foi tão ruim que esse é o único disco do DIO (até onde apuramos) que nunca foi lançado no nosso país e que no álbum seguinte “Angry Machines” (1996), a banda optou por voltar onde o “Dehumanizer” (1992) do BLACK SABBATH havia parado. Na época era comum ouvir os headbangers dizendo algo como “mas o DIO foi sair, de novo, do BLACK SABBATH para fazer isso?”.

02 – LOUDNESS “Heavy Metal Hippies” (1994).



Oriundos da terra do Sol Nascente, o LOUDNESS foi uma das bandas mais respeitadas da década de 1980. Após a saída de Minoro Niihara, eles tentaram passar o microfone a Mike Vescera (MALMSTEEN, DR. SIN) e finalmente Masaki Yamada (EZO), se firmou como vocalista em 1992. Se no primeiro disco (auto-intitulado) dessa nova formação eles ficaram ‘um pouco mais modernos’, foi em “Heavy Metal Hippies” que a coisa desandou. À partir dai, o grupo japonês aderiu cada vez mais ao som “modernozo de experimentação”, nunca voltando atrás; só que por causa disso os lançamentos posteriores da banda ficaram restritos ao mercado japonês.

03 – DEF LEPPARD “Slang” (1996).



Foi no mesmo ano que outrora banda inglesa de Heavy Metal, que já havia se firmado no Hard Rock nos dois discos anteriores, se apresentou pela primeira, e última, vez no Brasil. Quando esse clipe começou a circular na MTV e a música a tocar nas FM’s foi decepção geral. Ainda que os apresentadores pedissem que o público “tivesse mente aberta” e que “rock era mais só aquilo”, não teve jeito. Ainda que não tenha sido o último disco do DEF LEPPARD lançado no Brasil, um dos dois shows que a banda faria em São Paulo foi cancelado por falta de público. O grupo nunca mais voltou à sonoridade apresentada entre 1979-1992, ainda que tenha incluído músicas antigas como “Hello America” em seus set-lists das últimas turnês.

04 – DOKKEN “Shadowlife” (1997).



Eis que novamente encontramos o baixista Jeff Pilson na lista. O grupo de hard’n'heavy do vocalista alemão Don Dokken havia acabado oficialmente em 1989, com seus membros buscando carreiras solos. Em 1995 a banda se re-agrupou e eles lançaram “Dysfuncional”, que não obstante a baixa repercussão, agradou os fãs mais fiéis do conjunto. O lançamento seguinte foi a derrocada. Eles haviam virado grunge? Ou um grunge com os solos virtuosos de Geroge Lynch? Não deu certo e para continuar existindo o grupo teve de voltar ao rock pesado que eles sabem fazer melhor à partir de “Erase the Slate”, de 1999.

05 – JUDAS PRIEST “Jugulator” (1997).



Esse foi um disco que dividiu opinões à época de seu lançamento. O Judas Priest havia abaixado a afinação de seus instrumentos, incluído efeitos e cadenciado o andamento das músicas. Muito pesado, é verdade, porém anos luz de distância de discos clássicos como “Hell Bent for Leather” ou “Screaming for Vengeance”; o que causou descaso de muitos fãs. Injustiçado nessa estória foi o novo vocalista Tim “Ripper” Owens (futuramente no ICED EARTH), que foi acusado de ter sido os responsável por tantas mudanças na banda. O grupo ainda resistiu por alguns bons anos nessa pegada antes de chamar de volta o membro fundador Rob Halford (FIGHT, HALFORD) e apostar numa sonoridade mais tradicional.

06 – KISS “Carnival Of Souls” (1997).


Quando essa música estreiou rádio Brasil 2000 o locutor dizer, “mas é o mesmo o Paul Stanley que está cantando? Que diferença”! Não era só a voz, como tudo estava mudado no KISS. À época já havia tido o “Acústico MTV” e a formação original já estava escalada para voltar mascarada, então não houve turnê ou clipes para “Carnival Of Souls”, apenas o lançamento em CD simples (que já podia ser encontrado antes de sair em versão pirata). Maior baixo alcançado pelo KISS na sua fase sem máscaras, esse disco e essa sonoridade foram totalmente esquecidos.

07 – MÖTLEY CRÜE “Generation Swine”



“Eles já foram posers, agora são porcos” dizia nota na revista Rock Brigade quando esse disco foi lançado. Pobres suínos, nunca foram tão ofendidos. Para quem começou como uma banda de Heavy Metal tradicional (em seus dois primeiros discos) e depois passou a ser símbolo da geração Hard Rock, o MÖTLEY CRÜE escorregou no feio no tomate a tentar se parecer o MARLYNM MANSON. Pior, justamente no disco que marcava a volta do vocalista original Vince Niel, após um cd mal-sucedido com John Corabi (UNION) nas guitarras e vocais. Felizmente, no próximo álbum, “New Tattoo”, 1999, o grupo voltou onde “Dr. Feelgood” havia parado dez anos antes.

08 – RATT “Collage” (1997).



Realmente o ano de 1997 foi ruim para os fãs do metal oitentista. Outra banda reunida para lançar um disco nesse ano, o RATT, passou longe de clássicos como “Out Of the Cellar” ou “Dancing Undercover”. O som e os visuais modernos da década de 1990 realmente não combinou com o grandioso RATT, que só foi se redimir com o público fã dos anos oitenta em 2010, com o disco “Infestation”.

09 – W.A.S.P. “Kill Fuck Die” (1997).



Conhecido como o disco da geladeira, 99.9% dos fãs acham que esse cd deveria ter ficado no freezer. Após dois discos solo lançado sob o nome de W.A.S.P., Blackie Lawless se juntou ao seu antigo parceiro Chris Holmes e resolveram compor um disco inteiro juntos… que descrevesse musicalmente o vício em cocaína! Misturar metal e música eletrônica foi falha total. Em sua autobiografia (30 anos de Trovão), Lawless se lamenta pelo disco, alegando que a música foi composta pensando-se no show ao vivo e o correto é fazer ao contrário. Que desculpinha, hein? De positivo, “K.F.D.” deu um núcleo forte à formação do W.A.S.P. e remontou o grupo enquanto uma banda; que nos lançamentos posteriores voltado ao metal tradicional com toques de Hard Rock. Ainda assim, o grupo tocou “Kill your Pretty Face” na sua primeira apresentação no Brasil em 2005. Teria Lawless realmente se arrependido por “K.F.D.” ou a perspectiva de perder o público o assustou?

10 – SCORPIONS “Eye to Eye” (1999)



Não é por Klaus Meine e Mathias Jabbs terem cortado o cabelo. São pelas influências apresentadas no disco serem tão distantes do som clássico dos alemães quanto o visual de Hulk Hogan é do de Dee Snider. “Eye to Eye” é unanimamente o disco mais odiado entre os fãs de SCORPIONS. Note que a banda já havia mudado habilmente de estilo, dentro do hard rock, mas sempre angariando mais fãs. Felizmente, para os discos posteriores, “Eye To Eye” não passou de um pesadelo.

*

Encerramos nossa viagem. Lembramos que bandas como PANTERA, ANTHRAX e METALLICA não são citadas aqui, por elas terem conseguido angariar mais e mais fãs com a sua mudança de sonoridade nos anos 90. Sentiu falta de alguma banda? Alguém não deveria estar aqui? Então, use o espaço de comentários abaixo para expor sua opinião, sempre lembrando de se respeitar quem faz o site e as opiniões diversas.
Nos anos 2000 muitas outras bandas também resolveram se modernizar a alterar seu estilo… mas isso é assunto para outro texto.

Agradecimentos à Nádia Schenker por lembrar do SCORPIONS e do DEF LEPPARD.