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terça-feira, abril 20, 2021

A CHAVE DO SOL: bombástico cd ao vivo com o vocal do ANO LUZ em 1985.

RESENHA - Teatro Lira Paulistana 1985.
NOTA - 10,00.

Dia 31 de janeiro de 1985 A CHAVE DO SOL faria sua terceira aparição com o incrível vocalista Francisco "Fran" Dias Alves,  que vinha do grupo ANO LUZ. Por ser o primeiro show completo esse evento foi divulgado com a estreia do novo vocalista d' A CHAVE DO SOL, que à partir dai imprimiria uma nova identidade musical, cênica e visual à banda. A gravação desse show havia histórico para o grupo paulista de Hard Rock havia sido perdida em 1990, todavia foi encontrada e restaurada à partir de uma fita de rolo de 1/2 polegada garantindo qualidade excelente para o quinto bootleg da série lançada pelo baixista Luiz Domingues. Esse CD apresenta muito Hard Rock agitado, instrumentais inéditos, músicas de outros trabalhos com o Fran nos vocais e as últimas aparições de Rubens Gióia como vocalista. Acompanhe a transição da velha A CHAVE DO SOL mais jazz-rock e prog-rock para A CHAVE DO SOL mais pesada, com um vocalista de Heavy Metal, que ficou conhecida pelo LP "Anjo Rebelde", gravado pelo Fran.



Mudando pela penúltima vez de vocalista, a veterana A CHAVE DO SOL, naquele janeiro de 1985, resolvera radicalizar: se até então seus vocalistas tinham voz mais "aveludada" agora tentariam um vocalista de voz rouca e rasgada, que condizia com a proposta do grupo de "entrar no som dos anos 1980", que era mais rápido, pesado e direto do que o praticado até então. Esse CD ao vivo, o quinto da série lançada pelo baixista Luiz Domingues, indiscutivelmente é o de maior qualidade de todos e apresenta um show que mostra A CHAVE DO SOL do primeiro single dando lugar à mesma banda em seu primeiro EP. Isso quer dizer que: esse show já apresenta as canções Hard Rock que marcam o trabalho de estúdio de 1985 em diante, mas ainda contém, como se fosse uma despedida, um presente para os fãs antigos dos temas mais Jazz Rock que faziam o repertório do grupo desde sua fundação em setembro de 1982. O que nunca mudou foi o virtuosismo e convenções jazzísticas nas passagens de suas músicas, assim como a qualidade das mesmas. 


O CD abre, sem introdução, com a instrumental "A Dança das Sombras". Com um clima mais Rock'n'Roll dos primórdios e muitos malabarismos no andamento, esse número foi lançado em CD, na versão de estúdio, no Bootleg volume 2 . Após esse aquecimento, com destaque para o solo de Rubens, Fran já chega mandando "Anjo Rebelde", um tema que os fãs estão acostumados a o ouvir cantando. Na sequência, a ecológica "Intenções", de Luiz Domingues, ganha sua versão definitiva na voz do estreante cantor. Diferente dos bootlegs anteriores, aqui o já citado baixista e o baterista José Luis Dinola esmigalham seus instrumentos, mas não cantam no CD. E, após essa dobradinha, Fran cumprimenta o teatro e segue um belo tema, da fase mais Jazz Rock cantada pelo guitarrista Rubens  Gióia. O longo e até então inédito "Reflexões Desconexas" possui convenções intrincadas de bateria e baixo e o primeiro solo de baixo do disco. Segue a conhecida instrumental "Crisis Maya" e o baixista (e então comunicador do grupo) anuncia a entrada do vocalista Fran e segue-se a excelente e longa "No Reino do Absurdo", outra pérola! A canção instrumental, mais rock progressivo, foi intercalada com a inédita balada "Dama da Noite", cantada pelo guitarrista Rubens Gióia. Esse som mesclado ficou de fazer delirar os fãs da "primeira época" da banda e finalmente em uma só, ambas se encontram lançadas. Nesse tocante fazemos um parênteses para elogiar o quanto Rubens, além de tocar loucamente, sabia colocar sua voz em composições "mais leves" como essa. É uma pena que A CHAVE DO SOL não tenha lançado um disco com ele como vocalista em 1984.



"Teatro Lira Paulistana 1985" vem no formato envelope, sem plástico interno ou externo e mídia de cdr impresso.

Por ser o show de estreia do vocalista novo sente-se falta do mesmo, já que vêm ai mais dois temas instrumentais, "18 Horas", aqui com um contagiante solo de bateria e depois um trecho de "Átila". Essa não foi lançada oficialmente, mas está presente nos bootlegs 2, 3 e 4 e aqui fica como a introdução de "Luz". Fran retorna para a trinca final do CD. Para os fãs do LP com ele nos vocais, esse é o segmento mais interessante do álbum . Ele chega cantando a conhecida "Luz", em sua única versão na sua peculiar e rouca voz. Seguimos com a matadora "Segredos" e sua alta velocidade característica. O número está quase igual a versão de estúdio e é de se entender o porquê dos fãs de Heavy Metal terem começado a curtir A CHAVE DO SOL após o EP de 1985. Mais paulada vêm com a faixa "Ufos". Diferente da anterior, essa tem a letra ligeiramente diferente da que seria registrada em disco nos próximos meses e parte instrumental maior. Não obstante, segue a mesma enérgica e entusiasmada interpretação. Seria o encerramento, mas teve "Anjo Rebelde" de bis. Mas a mesma faixa de abertura do disco? Sim, porém aqui Fran solta totalmente a voz e ainda rolou um efusivo e imperdível improviso que fazem essa versão ser válida de ser conferida. 


Finalizando, em termos de qualidade e gravação, esse bootleg tem qualidade de disco ao vivo oficial. A banda, outra vez, estava afinadíssima e com ganas e entusiasmo para fazer o seu melhor. Para os fãs de ANO LUZ e fãs específicos do Fran fica a impressionante exclamação de como ele cantava bem, mas também uma ponta de decepção de metade do repertório não se cantado por ele (sem desmerecer os demais interpretes e temas instrumentais). Para os fãs do trabalho do grupo nos seus primeiros anos temos dois temas inéditos muito bem interpretados pelo guitarrista Rubens Gióia. O EP "Anjo Rebelde" é representado quase inteiro no show, faltando "Um Minuto Além" e "Impeto", que ainda não haviam sido compostos. É um material de muito valor histórico e um presente para os fãs d' A CHAVE DO SOL. Captou o momento de transição da banda. É um disco que vai certamente encantar todos os admiradores d' A CHAVE DO SOL nos diversos momentos da carreira da pioneira banda.

Quem quiser adquirir o esse volume, e os outros quatro anteriores, deve contatar o baixista Luiz Domingues no e-mail ou pelas redes sociais:

luizantoniodomingues2@gmail.com
https://pt-br.facebook.com/luiz.domingues.10
https://www.instagram.com/luizantoniodomingues2/

Saiba mais sobre o show onde esse bootleg foi gravado no relato do próprio baixista Luiz Domingues. 

http://luizdomingues3.blogspot.com/2015/05/a-chave-do-sol-capitulo-9-um-minuto.html


A CHAVE DO SOL:

Fran Alves: Voz
Rubens Gióia: Voz principal nas faixas 4 e 6, backing vocals e guitarra.
José Luiz Dinola: Bateria, backing vocals.
Luiz Domingues: Baixo, backing vocals.

DISCOGRAFIA:

Luz / 18 Horas (Compacto, 7", 1984).
A Chave do Sol (EP, 12", 1985).
The Key (Full Lenght, LP, 1987).
A Chave do Sol (Compilação, Cd, 2001).
Ao Vivo 1982 / 1983 (Bootleg, Cd, 2020).
Demo Tape 1983 (Bootleg, Cd, 2020).
Teatro Piratininga /SP 1983 (Bootleg, Cd, 2020) .
Ao Vivo em Limeira/SP 1983 (Bootleg, Cd, 2021).
Teatro Lira Paulistana 1985 (Bootleg, Cd, 2021).


Teatro Lira Paulistana 1985 -  Crossover Records - Nacional - Bootleg - 59" - 2020.

01. Danças das Sombras (04:37). *
02 . Anjo Rebelde (04:05).
03 . Intenções (04:10).
04 . Reflexões Desconexas (06:40).
05 . Crisis (Maya) (05:27). *
06 . No Reino do Absurdo / Dama da Noite (10:05).
07 . 18 Horas (08:00). * 
08 . Átila (01:53).  *
09 . Luz (02:28).
10 . Segredos (03:39).
11 . Ufos (04:33).
12 . Anjo Rebelde (04:18).

(*) faixas instrumentais.

SITE RELACIONADO: 

http://achavedosol.blogspot.com/

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sábado, fevereiro 13, 2021

A CHAVE DO SOL: em 1983, o último e excelente registro ao vivo da fase power trio.

RESENHA: Ao Vivo em Limeira/SP 1983 - A CHAVE DO SOL.
NOTA: 8,00.


A série de lançamentos bootlegs, ou piratas, no bom português, chega a seu quarto volume. Organizada pelo baixista Luiz Domingues (também ex PATRULHA DO ESPAÇO, PEDRA, PITBULLS ON THE CRACK etc), a série de discos - em formato envelope - resgata demos e shows importantes para a carreira do grupo A CHAVE DO SOL. Com produção sonora  e visual de Kim Kehl (lembra a música "Mar Metálico" da PATRULHA DO ESPAÇO?), esses bootlegs foram retirados de antigas fitas e restaurados ao máximo, tirando ruídos, com excelente resultado final. O show resgatado neste quarto volume é a histórica apresentação d' A CHAVE DO SOL para milhares de pessoas, seu primeiro concerto fora de sua cidade natal, também o último antes da fama, finalmente, chegar e apresenta canções inéditas.


Em meados de 1983, A CHAVE DO SOL se recuperava da perda da vocalista Verônica e procurava lugares maiores para tocar, inclusive chegando a se auto-produzir (em show registrado no volume anterior da série de bootlegs). Foi então convidada para abrir um show da PATRULHA DO ESPAÇO num ginásio da cidade de Limeira, interior de São Paulo, a 180 km da capital. Com público pagante de 2.500 pessoas (estima-se que tivessem mais pessoas, de penetras e convidados, na platéia), essa foi a primeira vez que A CHAVE DO SOL se apresentou fora da capital de São Paulo e esse concerto lhes deu a força e confiança para três dias depois se apresentarem no programa A Fábrica do Som e se tornarem conhecidos do grande público.

Após essa pequena contextualização que o conjunto de Hard Rock / Jazz Rock vivia, vale ressaltar a importância do projeto do baixista Luiz Domingues em lançar esse material, que, não obstante pirata e sem a qualidade de gravação de um disco oficial, representa muito para todos que curtem A CHAVE DO SOL. São "discos piratas oficiais", que acompanhariam o show de retorno d' A CHAVE DO SOL, contando com Rubens Gióia e Luiz Domingues na formação em 2020, que não aconteceu por conta da pandemia do novo Corona vírus. Como já foi frisado, mas não custa ser redundante, são registros oriundos de velhas fitas cassete e de rolo que foram esmiuçadas para serem restaurados ao máximo de qualidade pelo guitarrista Kim Kehl (da banda KIM KEHL E OS CURANDEIROS), que também cuidou da parte gráfica. Ainda assim não espere a qualidade de áudio de um disco oficial ao vivo. O material foi muito restaurado, mas sua qualidade ainda não é 100%.  Não obstante, o som ficou excelente, dadas as condições originais do registro e o fato de não haverem overdubs (correção posterior de estúdio dos instrumentos).




Feitas as ressalvas e contextualizações, vamos ao que o cd apresenta. Esse show tem menos números instrumentais e covers que o concerto lançado no volume anterior, afinal, A CHAVE DO SOL era a banda de abertura da PATRULHA DO ESPAÇO. Não obstante o headliner ter cedido mais tempo de palco ao conjunto mais novo, A CHAVE DO SOL apresentou quase todo seu repertório autoral e também faltaram alguns covers que ainda faziam naqueles tempos. Logo ao se colocar o cd para tocar salta aos ouvidos a qualidade que A CHAVE DO SOL tinha atingido nas suas apresentações na época. O grupo estava tão ensaiado que não se notam erros de tempo ou execução dos temas. Quando muito um backing vocal dura um segundo a mais e só. Para uma banda que então tinha menos de um ano de existência e só uma demo-tape oficial, isso é um mérito e tanto. 

O show abre com "Luz" numa versão bem próxima àquela que ficou eternizada no primeiro registro fonográfico d' A CHAVE DO SOL. Os temas que seguem são um verdadeiro presente aos fãs, pois acabaram não sendo gravadas oficialmente e aqui apresentam sua melhor performance. "Utopia" tem levada à la "Summertime Blues" (na versão do THE WHO), com o baterista Zé Luis nos vocais. "Intenções" tem começo rápido e tempos quebrados que cai numa levada mais "groove" com letra de preocupação ambiental, cantada e escrita pelo baixista Luiz Domingues. Um ponto negativo é que a voz ficou, ainda assim, um pouco baixa, o que é compensado pelo solo de guitarra esmigalhador de Rubens Gióia. Rubens, além da guitarra e da voz, assume a função de mestre de cerimonias apresentando a banda toda - menos ele próprio - durante "18 Horas". Solos de bateria e de baixo, com muitos "urras" da plateia mostram que A CHAVE DO SOL aqueceu o clima naquela noite de inverno. Até pela proposta de ser a apresentação dos musicistas, o tema está bem diferente da versão oficial no single. "Atila" encerra as canções autorais, pouquinho menos da metade do set, e é uma pena que não tenha sido gravada inteira. Felizmente, no volume III da série de piratas, é possível ouvir o tema todo. 


Saiba mais sobre o show onde esse bootleg foi gravado no relato do próprio baixista Luiz Domingues. Como o texto é grande e abrange um longo período de tempo, convém pesquisar por Limeira se você quiser ler somente sobre esse show:

http://luizdomingues3.blogspot.com/2015/05/a-chave-do-sol-capitulo-4-primeira.html

Sete das doze músicas apresentadas no cd são covers. Tocando números das décadas de 50, 60 e 70, A CHAVE DO SOL destoa totalmente do padrão típico dos anos 1980; que era tocar bandas já daquela emergente década. Exatamente todas as músicas tocadas estão diferentes das originais, que não foram compostas para serem executadas por um power trio. Logo na primeira, "Blue Suede Shoes", muda o idioma do show do português para o inglês, mas Rubens dominou a língua de Shakespeare muito bem, sem imbromations ou macarronês. O timbre e efeito de guitarra de Rubens é marcante. Os covers não foram tirados notas a nota ficando com uma "característica A CHAVE DO SOL" que vale a audição. Por exemplo, "Jumpin' Jack Flash", com vocal principal de Luiz Domingues, está mais virtuosa nas convenções. "My My Hey Hey" está com andamento mais rápido e, obviamente, sem gaita. É engraçado que Rubens apresenta esse cover de NEIL YOUNG como "voltar aos velhos tempos", mas ele era na ocasião a música mais recente (lançada em 1979)! Quase todos esses covers estão no "Volume III", porém aqui o público estava participando mais do show. Um exemplo disso é "Cocaine", na voz principal do baterista Zé Luis, com os presentes empolgados no refrão.  A mais próxima do original é "Foxy Lady", que A CHAVE DO SOL procurou reproduzir até os sussurros e chiados da introdução. Interessante que no volume anterior o cover de JIMI HENDRIX seja "Puple Haze" com um extenso solo final de guitarra.

"Blue Wind", do JEFF BECK, intercalada com "Train Keept a Rollin'" do THE YARDBIRS está mais próxima da versão ao vivo do disco creditado a JEFF BECK WITH THE JAN HAMMER GROUP (de 1977), mas, obviamente, sem teclados. Curiosamente, essa mesma música voltou para o repertório d' A CHAVE DO SOL na versão instrumental da banda que tocou no ano de 2000, com Rubens, Zé Luis e o baixista Beto Birger. Neste show de 1983, entretanto, temos um solo de baixo bem interessante de Luiz Domingues, porém o solo mais legal aconteceu no cover de QUEEN. Em "Tie Your Mother Down", durante o solo de baixo o público começa a gritar bastante e organiza um audível coro gritando "pauleira, pauleira, pauleira".  Esse com certeza deve ter sido um show muito divertido.



Finalizando, esse quarto volume, da série de seis bootlegs, apresenta um registro que vale ouro para todos que curtem A CHAVE DO SOL, não obstante o repertório quase inteiro desse volume estar todo no anterior. Todavia, nesse a plateia interage mais e as versões de "Utopia" e "Intenções" ficaram com som mais legal. Ainda assim, no volume III está o instrumental "Átila" completo, além de "Crisis (Maya)", que não foi executada no show do Volume IV. Resumindo, quem for fã d' A CHAVE DO SOL vai apreciar os dois cd's. Ressaltamos, outra vez, a iniciativa do baixista Luiz Domingues de presentear os fãs com esse registro e ainda que o áudio esteja muito bom, dadas as condições do registro, não é aquele de um disco ao vivo oficial. "Ao Vivo em Limeira/SP 1983" vem no formato envelope simples, sem plástico interno ou externo, e mídia de cdr impresso.

Quem quiser adquirir o esse volume, e os outros três anteriores, deve contatar o baixista Luiz Domingues no e-mail ou pelas redes sociais:


luizantoniodomingues2@gmail.com
https://pt-br.facebook.com/luiz.domingues.10
https://www.instagram.com/luizantoniodomingues2/


A CHAVE DO SOL:

Rubens Gióia: Voz principal, backing vocals e guitarra.
José Luiz Dinola: Bateria, backing vocals e voz principal nas faixa 2 e 9.
Luiz Domingues: Baixo, backing vocals e voz principal nas faixa 3 e 11.

DISCOGRAFIA:

Luz / 18 Horas (Compacto, 7", 1984).
A Chave do Sol (EP, 12", 1985).
The Key (Full Lenght, LP, 1987).
A Chave do Sol (Compilação, Cd, 2001).
Ao Vivo 1982 / 1983 (Bootleg, Cd, 2020).
Demo Tape 1983 (Bootleg, Cd, 2020).
Teatro Piratininga /SP 1983 (Bootleg, Cd, 2020) .
Ao Vivo em Limeira/SP 1983 (Bootleg, Cd, 2021).


Ao Vivo em Limeira/SP 1983 -  Crossover Records - Nacional - Bootleg - 43" - 2020.

01. Luz (04:20).
02 . Utopia (03:17).
03 . Intenções (04:32).
04 . 18 Horas (07:55).
05 . Átila (00:37).
06 . Blue Suede Shoes (02:49) cover de ELVIS PRESLEY (original de CARL PERKINS).
07 . Tie Your Mother Down (05:53) cover do QUEEN.
08 . Foxy Lady (03:27) cover do JIMI HENDRIX EXPERIENCE.
09 . Cocaine (02:32) cover do ERIC CLAPTON.
10 . My My Hey Hey (04:34) cover do NEIL YOUNG.
11 . Jumpin' Jack Flash (03:55) cover do THE ROLLING STONES.
12 . Blue Wind / Train Kept a Rollin' (04:14) cover de JEFF BECK WITH THE JAN HAMMER GROUP.

SITE RELACIONADO: 

http://achavedosol.blogspot.com/

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terça-feira, setembro 29, 2020

SPADES VANDALL: clássicos dos anos 1950 para dançar, bater cabeça, ou entrar no mosh!

RESENHA: The Hardcore 50's - SPADES VANDALL
NOTA: 10,00. 

Uma homenagem às grandes músicas dos anos 1950 que te deixarão sem saber se é para dançar, bater cabeça ou entrar no mosh. Nada introspectivo, esse é "The Hardcore Fifties", segundo disco solo de SPADES VANDALL, membro fundador do SAVANNAH; a banda brasileira que mais lançou demos na História. Apresentando sonoridade Heavy-Punk para clássicos dos pioneiros do Rock'n'Roll, as músicas são todas bem conhecidas com o arranjo bem diferente, porém não se preocupe; até o refrão você já estará agitando esses sons logo na primeira ouvida! Muitos dos temas que compõe o presente full-lenght já ganharam versões de ELVIS PRESLEY a JUDAS PRIEST passando por SID VICIOUS, UFO e THE WHO, mas SPADES VANDALL investiu em interpretações bem próprias e viscerais para esses clássicos.



O que seria do Heavy Metal se o BLUE CHEER nunca tivesse feita versão de "Summertime Blues" ou se o UFO nunca tivesse inventado de regravar "C'mon Everybody"? Ou quantas versões dos mais diferentes estilos você já ouviu de "Johnny B. Good" durante a vida? Não obstante o repertório de "The Hardcore 50's" já ser conhecido de lado a lado do disco por todos que amam o Rock'n'Roll, a banda de SPADES VANDALL conseguiu imprimir a cara multifacetada do cantor e baterista do SAVANNAH (que gravou do Glam ao Metal) num disco solo visceral e empolgante. Em sua carreira solo, Spades tem cada vez mais se mostrado um baterista fora do comum, o que não se notava tanto no SAVANNAH, já que ele era focado mais sem ser o cantor - frontman. 

Nesse registro o performer gaúcho se juntou a dois proeminentes musicistas da cena de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.  Acompanham o multi-instrumentista o excelente baixista Lee Willis (ex- RÉUS ANJOS), que estava no disco solo anterior e o fenomenal guitarrista Perÿ Rodriguez, do Hard 'n' Heavy GUEPPARDO. Talvez o baixo seja o mais anos 1950 do disco, ainda que mais virtuoso - com notas a mais aqui e acola - com bateria e guitarra mais agressivas. "The Hardcore 50's", nome excelente para o trabalho, é um disco de menos de 24 minutos de duração, que pode ser ouvido várias vezes sem se tornar repetitivo. Claro que em muitos momentos ele lembra algo da carreira de Spades, seja no SAVANNAH (banda que ele criou em 1995), ou em seu outro disco solo (mas sem baladas ou instrumentos de sopro e percussão em evidência).



https://www.youtube.com/watch?v=vAAs0sq1kec

Com introdução cacofônica, o play abre com "Tutti Frutti" com Spades cantando num tom mais médio e subindo a voz do meio para o final, sendo uma abertura rápida e empolgante para o CD que tem clima constante de festa. "That's All Right" é  outro som rápido que bem poderia abrir o disco e tem arranjo que lembra MOTÖRHEAD lá pelo "Another Perfect Day". "Johnny B. Good" já inicia no solo e é detentora de muitos solos, todos eles excelentes e assinados por Perÿ Rodrigues. Inclusive, o fundador do GUEPPARDO arrasou nas suas participações também em todos os leads e não só nos solos completos. Os virtuosismos mais legais estão na faixa "Hound Dog", que é Punk Rock bem acelerada. 

Gravado 100% ao vivo no estúdio, sem metrônomo,  com solos e vozes overdubadas à posteriori, ouvir "The Hardcore 50's" é cair numa celebração legitimamente rocker e pesada. Ainda que os três musicistas venham de escolas oitentistas do Hard Rock, esse não é somente um disco anos 1980; o que é excelente aqui, pois os instrumentistas se soltaram de suas amarras e tocaram com pegada veloz para interpretações bem próprias e únicas de sons que você já está cansado de conhecer; mas que ouvirá sem enjoar essas novas versões. 


"Come On, Let's Go", um dos destaques, tem vocal e andamento que começam mais contidos e aceleram no final. Já "C'Mon Everybody" arranca bem Heavy Metal chegando quase a um Thrash no final. Duas canções mais cadenciadas que merecem destaque são "Good Golly Miss Molly" (que tem participações dos vocalistas do ROSA TATTOOADA e do SIN AVENUE dividindo os trabalhos com Spades) e "Something Else". São faixas mais na manha e cadenciadas com solos de guitarra bem rápidos. É até difícil opinar pelo excelente trampo de Lee Willis ao longo do play, mas "Summertime Blues" tem as linhas de baixo mais legais; além de excelentes variações rítmicas. "Keep on Knockin'" virou um hardão setentista com vocal bem alto que encerra a produção muito bem com excelente solo que vai sumindo em fade.



https://www.youtube.com/watch?v=9fOczDgKg-4

Terminamos nosso texto com as maiores recomendações para "The Hardcore 50's", um CD que vai agradar quem curte as originais e, principalmente, quem acompanhou a evolução do Rock'n'Roll ao longo das épocas. Já estamos esperando que o trio se reúna em breve para verões nessa mesma pegada para clássicos dos anos 1960. Não restam dúvidas que "The Hardcore 60's" seria uma continuidade genial, mas Spades e cia pretendem focar no som próprio em seu próximo disco. Quem acompanha o multi-instrumentista sabe que ele não se prende muito a gêneros ou a cantar em português ou inglês. A música que vier, contudo, virá inspirada. Enquanto ela não sai uma solução excelente é ir curtindo "The Hardcore 50's" e cair na festa!

Recomendado para fãs de
: GUEPPARDO, RÉUS ANJOS, SAVANNAH, e das versões originais e suas muitas regravações.


"The Hardcore 50's" vem em CD prensado em mídia prateada, ou seja, original, caixa de acrílico transparente com bandeja negra e encarte de duas páginas no formato folder com fotos e sem as letras. A capa simples em tons de vermelho remete a um rocker dos anos 1980 em estética cinquentena, o que define sutilmente a ideia toda de "The Hardcore 50's".

Quem quiser comprar o CD pode contatar o próprio SPADES VANDALL pelos links relacionados. 

SPADES VANDALL:

Spades Vandall - vocal, percussão e bateria.
Lee Willis - baixo, backing vocals.
Perÿ Rodriguez -  guitarra.


Participações:
Vocal na faixa 04 - CJ Rebel Son (SIN AVENUE) e Jacques Maciel (ROSA TATTOOADA).



Discografia:

Spades Vandall (
Full Length, cd, 2019).
The Hardcore 50's (Full Length, cd, 2020).

Obs.: para ver a discografia do SAVANNAH acesse esse link:
http://rockdissidente.blogspot.com/2019/12/savannah.html

The Hardcore 50's - 2020 - Nacional - Trepada Records - Hurricane Records - DR. Rock - 23'11''.

01 . Tuttti Frutti (01:58). Original de Little Richard.
02 . Johnny B. Good (02:43). Original de Chuck Berry.
03 . Something Else (02:13). Original de Eddie Cochran.
04 . Good Golly Miss Molly (02:51). Original de Little Richard.
05 . Come On, Let's Go (02:00). Original de Richie Vallens.
06 . Summertime Blues (02:43). Original de Eddie Cochran.
07 . Hound Dog (01:58). Original de Big Mama Thornton.
08 . C'Mon Everybody (02:40). Original de Eddie Cochran.
09 . That's All Right (01:37). Original de Arthur "Big Boy" Crudup.
10 . Keep on Knockin' (02:20). Original de Little Richard.


Links Relacionados:

https://www.facebook.com/Spadesvandal/
https://www.facebook.com/spades.vandalband.3
https://www.youtube.com/channel/UCctbkr9mPDBTrcJo5_Lc4zQ

quinta-feira, maio 07, 2020

Nightwölf: não é do Mortal Kombat, mas faz o Heavy ganhar de Fatality!

RESENHA: Unleash the Beast - NIGHTWÖLF.
NOTA: 9,00.

A fera rompeu as correntes e vai sedenta atrás dos detratores do Metal! Com clima medieval, "Unleash the Beast", primeiro EP do NIGHTWÖLF, é  True Metal com influências de Thrash, Speed, Hard Rock Setentista e Extremo; mas sem sair da ceara do tradicional. Formada em 1987, perdão, 2017, em Brasília, Distrito Federal, e notadamente influenciada pelo JUDAS PRIEST do "Painkiller", com produção lembrando Cris Tsangarides em diversos momentos, a banda apresenta um registro sem modismo ou concessões que fará a alegria dos heabangers que curtem em especial o finalzinho dos anos 1980 e começo da década de 1990.


Sabe aquele disco que quase todas as músicas irrompem com riff devastador de guitarra e tem um solinho ardido logo de cara, estilo "Rock You To Hell" do GRIM REAPER? Ou onde o mais moderno que se ouve são os timbres de guitarra e os bumbos duplos estilo PRIMAL FEAR ou o ACCEPT atual? E que o vocalista é certeiro e canto bem alto como no JUDAS PRIEST? Adicione uma dobra de guitarra, à la IRON MAIDEN aqui, um andamento influenciado no MANOWAR ali e uma dose de identidade própria. Em suma, o som do NIGHTWÖLF, totalmente gravado (em parceria com Wa Farias) e composto pela própria banda (exceto a intro em parceria Ricelly Lopez) é o bom e velho Heavy Metal preservado, registrado com a qualidade de hoje para as gerações futuras.






Exuberante, ágil e forte, o EP abre com a introdução "Lua e Sangue" (em tradução livre) e do som épico e medieval vêm um duelo de guitarras dobradas para a Fera começar seu banquete em nome do Metal. Na faixa-título já se nota um baixo bem pesado, que segue por todo o disco, de fundo aliado a vocais cantados em notas altas e solos com arpejos em que cada guitarra faz sua mágica de cada vez. "Shadowmaker" segue a mesma fórmula com algumas alterações: as virada a de bateria marcando os riffs, a parte meio "Wasted Years" do IRON MAIDEN antes do solo e talvez o refrão que será cantado com maior empolgação ao vivo e com certeza as linhas de baixo mais notórias. "Perpetual Crime", guardem esse nome, é a faixa mais oitentista do disquinho e destaque absoluto. Aqui foi usado aquele recurso do refrão sendo tocado em fade out para se encerrar a canção.

Estamos chegando à reta final de "Unleash the Beast", mas uma conclusão saltará aos ouvidos mais atentos. Os cinco integrantes da banda tem habilidade técnica acima da média, mas o que contou mesmo para o disco ser tão legal foi o bom gosto e a finesse das composições. "Halls of Hell", "Drops do Inferno" em tradução livre, é ainda mais cadenciada que a faixa anterior, mas mantém a característica do bumbo-duplo (de fato, esse som tem a levada de bateria mais bacana do CD) e das duas guitarras solando distintamente nesse estilo de True Metal cantado em inglês. Refrão mais épico do presente trabalho em meio aos riffs mais inspirados do disco fazem de "Holy Machine" um fechamento perfeito para esse álbum que não deixou a desejar por um momento sequer.




Fonte: Metal-Archives.

É impossível não ver a capa belíssima de Bebeto Daroz de um lobisomem com visual headbanger destruindo um castelo medieval, com direito a guerreiros armado e magos, e esse não ser um disco que é o mais Heavy Metal possível. Exatamente "Unleash The Beast" o é e faz jus à capa. A única dúvida é se existem inscrições ou mensagens subliminares nas muralhas que a fera destrói ao se libertar. Não há ceticismo ou descrença que os brasilienses estão inspirados e tem em mãos um material mais forte que o guerreiro homônimo do Mortal Kombat. Fatality em prol do Heavy Metal!




Recomendado para fãs de: TROPA DE SHOCK, COMANDO ETÍLICO, BATTALION, BREAKOUT, SWEET DANGER, HAZY HAMLET.

Quem quiser comprar o CD deve enviar um e-mail para talktonightwolf@gmail.com ou contatar o grupo nos links listados no final. "Unleash the Beast"vem me formato papersleeve e CD original de mídia prateada prensada e pode ser adquirido por R$ 10,00 mais o frete. Inclusive, só não ganhou nota 10 porque faltou um encarte com as letras das músicas e fotos da banda. 




Além do CD físico, "Unleash the Beast" pode ser ouvido em diversas plataformas musicais como Spotify, Youtube, Deezer etc.

NIGHTWÖLF:


Jack Znake - Vocals.
Adan Hessen - Guitarra.
Roan Rafael - Guitarra.
Guilherme de Almeida - Baixo.
João Videira - Bateria.

Discografia:

Halls of Hell (Single, Digital, 2019).
Unleash the Beast (
EP, cd, 2020)

Unleash the Beast - Nacional - Independente - 26 minutos.


01 . Lunam et Sanguis (Intro-Instrumental) (01:19).
02 . Unleash the Beast (05:03).
03 . Shadowmaker (04:32).
04 . Perpetual Crime (04:21).
05 . Halls of Hell (05:09).
06 . Holy Machine (05:17).



Sites relacionados:

https://nightwolfmetal.bandcamp.com/
https://www.facebook.com/nightwolfmetal
https://www.instagram.com/nightwolfmetal

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quinta-feira, abril 16, 2020

SPADES VANDAL: o primeiro baterista a lançar um disco solo excelente.

RESENHA: Spades Vandal - SPADES VANDAL
NOTA: 10,00.

Das lendas urbanas que cercam o Rock'n'Roll em todas suas vertentes uma das mais fortes é que os discos solo de baterista são sempre muito ruins. Exemplos? "Two sides of the moon", 1974, de Keith Moon, "Peter Criss", 1978, de Peter Criss, "Fun in Space", 1981, de Roger Taylor e "Herman Ze German",1986, de Herman Harebell, não figuram entre os favoritos de qualquer fã de THE WHO, KISS, QUEEN e SCORPIONS, respectivamente. Esses não são casos isolados. Pergunte aos fanáticos de FLETWOOD MAC, THE BEATLES, EAGLES etc. Levando em consideração os números, essa reportagem foi ouvir com receio a aventura solo do responsável pelo SAVANNAH.... mas, que surpresa mais agradável! O líder da banda que mais lançou demos-tapes na história do underground nacional soube mais uma vez se reinventar e produzir um disco que beira a perfeição e que explora elementos novos em sua carreira, sem perder a identidade.




SPADES VANDAL luta desde 1995 para manter o SAVANNAH, um dos raros grupos de Hard Rock Glam no Brasil. Surgido numa época que foi como um purgatório para quem curte o Metal dos anos 1980, Spades é vocalista e quando precisava assumia o baixo, a guitarra e a bateria para manter sua banda na estrada. Quando decidiu sair em carreira solo, optou por manter o posto de vocalista e ainda mandar ver na bateria e incluir muitos instrumentos de percussão para deixar o som bem cheio. Seu primeiro disco solo, que é um projeto de estúdio (primeiramente), soa como se fosse o BARÃO VERMELHO de 1990 a 1995, época mais rocker do grupo carioca, tocando um som mais Heavy Metal amalgamado com Sleazy Glam. Em suma, um Rock 'n' Roll antifascista com muito liberdade, libertinagem e sexualidade na mesma tradição do TIGERTAILZ e outros nomes do estilo.

Ousado, mágico, lascivo e contagiante, "Spades Vandal", o disco, tem também muita influência de HANOI ROCKS, por usar e abusar também de metais (saxofone), instrumentos de sopro (gaita, flauta) e pianos. Ainda que não seja absolutamente novo, esse recurso nunca foi muito explorado no Rock pesado, então a presença especial do lendário King Jim (Ricardo Cordeiro) no disco deixa o som de Spades com uma carinha até de GAROTOS DA RUA; clássica banda do Rock BR anos 80 do Rio Grande do Sul. Gravado no formato power-trio, acompanham o vocalista, baterista e percursionista, o ótimo baixista Lee Willis (da excelente banda RÉUS ANJOS) e o guitarrista Lucky Trance; que expandiu os limites com fraseados e solos à la VAN HALEN. As letras (e atitudes básicas) são todas de Spades, com a composição musical creditada aos três.



A dupla "A Chance to Change" e "PA After midnight" (uma homenagem a Porto Alegre, de onde Spades é), que abre o trabalho, não são as faixas mais legais, mas já explicitam o que esperar do disco. O destaque vem com "I Cannot go Back" que se por um momento soa até aqui como o SAVANNAH com percussão e saxofone e flautas tem um interlúdio reggae na melhor tradição "D'ye Maker" do LED ZEPPELIN. "Looking for a Lover" vêm com o solo de guitarra mais inspirado, mas em nada perde para "Let's Start a Revolution" com seu refrão de destaque no play. Portadora da linha de baixo mais presença, "I Don't Want to Hurt You" é a baladaça do álbum. Inclusive, o SAVANNAH sempre foi notório por excelentes baladas. Muita influência de TUFF e PRETTY BOY FLOYD seguem em "Non Stop Lady" e "Not Good Enought" com seu inusitado solo de flauta, ao invés do de guitarra no meio do tema. O encerramento é com "You're Not the Owner of My Heart" em que Spades explorou linhas alternativas de vocal e que, na opinião dessa reportagem, as percussões ficaram mais precisas.

O único defeito do CD, em sua proposta de unir os anos oitenta com percussão e metais, é que ele foi feito por três pessoas e se precisariam de, pelo menos, seis musicistas no palco para ser executado. Um fato inusitado, e que carece de respostas, é o fato do baterista e vocalista Spades Vandal estar em TODAS as fotos promocionais mexendo em seus óculos ray-ban espelhado de aviador. Seria uma magia ou superstição para o disco "dar certo"?? Só sabemos dizer que funcionou!



Um disco rápido, de músicas que variam entre 3 e 4 minutos, e não enjoa ao ouvir. "Spades Vandal", em suma, mantém a estética, a afinação e os timbers dos anos 1980 e inova ao focar nas percussões e instrumentos de sopro; que, não obstante não serem uma novidade, foram pouco explorados nesse gênero musical.

Recomendado para fãs de: GUEPPARDO, RÉUS ANJOS, ROSA TATTOOADA, SAVANNAH, HANOI ROCKS.

"Spades Vandal" vem em CD prensado em mídia prateada, ou seja, original, caixa de acrílico com impressão na bandeja e encarte de oito páginas com dados técnicos, textos de Marcos Gurgel e Sebastian Carsin (em português) e muitas fotos; inclusive aquela miscelânea tão comum às bandas de Thrash Metal.

Quem quiser comprar o CD pode contatar o próprio SPADES VANDAL pelos links relacionados. Quem disser que veio comprar o disco após ler a resenha no ROCK DISSIDENTE ou no WHIPLASH paga somente R$ 20,00 com frete incluso para todo o Brasil.


SPADES VANDAL:

Spades Vandal - vocal, percussão e bateria.
Lucky Trance - guitarra.
Lee Willis - baixo, backing vocals, gaita e piano.

Participações:

Saxofone - King Jim (Ricardo Cordeiro do GAROTOS DA RUA) .
Flauta - LF Abruzzy.
Backing vocals e vocal principal na segunda estrofe da faixa 8 - Cristian CJ.
Percussões adicionais - Andy Crash.

Discografia:

Spades Vandal (Full Length, cd, 2019).

Obs.: para ver a discografia do SAVANNAH acesse esse link:
http://rockdissidente.blogspot.com/2019/12/savannah.html



Spades Vandal - 2019 - Nacional - Trepada Records - Hurricane Records - 31'.

01 . A Chance to Change (02:44)
02 . P.A. After Midnight (03:55)
03 . I Cannot Go Back (03:56)
04 . Looking for a Lover (03:14)
05 . Let's Start a Revolution (03:28)
06 . I don't Want to Hurt You (03:54)
07 . Not Good Enough (03:02)
08 . Non Stop Lady (02:57)
09 . You're Not the Owner of My Heart (04:06)

Links Relacionados:

https://www.facebook.com/Spadesvandal/
https://www.facebook.com/spades.vandalband.3
https://www.youtube.com/channel/UCctbkr9mPDBTrcJo5_Lc4zQ

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terça-feira, março 31, 2020

FÖXX SALEMA: o primeiro disco solo de uma mulher trans no Metal brasileiro!


RESENHA: Rebel Hearts - FÖXX SALEMA.
NOTA: 9,0.

Sétimo lugar na votação dos leitores da revista Roadie Crew como disco do ano em 2019, "Rebel Hearts" debut de FÖXX SALEMA, é um álbum que chega rompendo paradigmas e preconceitos. Sabe aquela ideia arraigada na sociedade que música composta por LGBT tem que ser dançante e alegre como Britney Spears? Ou que no Rock'n'Roll as roupas coloridas do KISS nos discos "Asylum" e "Animalize", ou o Hair Metal em geral, são os mais LGBT que se pode ter no underground? Pois esqueça! "Rebel Hearts" é um disco pesado de Heavy Metal, de arte toda escura, tratando de temas densos e sombrios; além de ser o primeiro disco solo de uma mulher trans no Metal brasileiro!




Vinda de Bragança Paulista, interior do Estado de São Paulo, quase na divisa com Minas Gerais, Amy "Föxx" Salema é cantora e compositora com mais de 23 anos de carreira. Ela reside com seu marido, o tecladista Cleber, desde 2018 na região metropolitana de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Foi só em 2013 que ela resolveu lançar suas composições próprias. À principio, esse trabalho que durou até 2016 era mais focado no Hard Rock, com influências das décadas de 1980 e começo da de 1990. Ela organizou festivais e se apresentou na sua cidade natal, São Paulo, Campinas e outras cidades. Sem uma banda, para "Rebel Hearts", seu debut, Amy apostou numa sonoridade clássica do Heavy Metal (com a adição de teclados); na maioria do tempo tradicional, mas às vezes flertando com o Power Metal e o Speed Metal.

Föxx Salema é uma mulher transgênera (que não fez a mudança fisiológica no corpo) e ativista de esquerda pelos direitos humanos e pelos direitos civis, com respeito às minorias e contra a disseminação do ódio. Sua identidade de gênero, sua orientação sexual e sua luta pela liberdade e por um mundo com justiça social não só prevalecem como dão o tom de sua música. Não é necessário ser de esquerda ou LGBT+ para curtir o som da musicista, mas é preciso ter mente aberta e livre de preconceitos para compreender e aceitar a mensagem passada.




Heavy Metal não é música de relaxamento, é a vida de todos nós que amamos esse gênero musical. Por isso, ao se curtir os 25 minutos do disco "Rebel Hearts" você ouvirá de muito das lutas e percalços que a cantora FÖXX SALEMA passou refletidos no Heavy Metal. Longe de ser estritamente auto-biográfico mas cantando de maneira a ser interpretado pelo ouvinte, o CD que abre com intro muito rápida de batidas do coração da própria cantora, começa com a faixa título, "Rebel Hearts"; de refrão grudento e abusando no bumbo duplo e intrincada linha de baixo. Destaque absoluto do trabalho, "Vengeance Will Come" tem uma parte gutural no refrão muito legal de se cantar. Mais cadenciada que a anterior, a canção acelera no andamento para os refrães e tem o solo de guitarra mais inspirado de Karine Campanille. Falando em solos de guitarra, "I", tem uma estrutura bem interessante e com muitos solos entre as linhas vocais. Também é o tema que o refrão mais repete, mas isso sem se tornar chato.



Começando como uma balada triste e de letra tensa, "Emotional Rain" se transforma, após o refrão em um tema pesado e a letra se torna positiva, conversando com a parte balada e triste da canção. Já arrancando com os dois pés no peito, "Subconscious" tem o andamento de bateria mais entusiasmado do disco. Fazendo um adendo, merece destaque o trampo dos musicistas de estúdio Alessandro Kelvin, na bateria, e a multi-instrumentista Karine Campanille, atualmente nas bandas MAU SANGUE, KULTIST, MESSIAS EMPALADO e VIOLENCE INCREASES FEAR. Também uma mulher transexual, Karine cuidou com o mesmo esmero do baixo, da guitarra e dos teclados em "Rebel Hearts". E já que citamos o teclado, "Mankind" tem nas teclas seu destaque. Isso claro, sem contar a letra focada na "desinformation age", nos levando a pensar nas "fake news", no Brasil de sistema judiciário comprado e a superficialidade de programas como Big Brother. Um relançamento, "Constant Figh", uma regravação e não um "bônus", tem aquele baixo bem empolgante para vociferar sua crítica social.



Com uma introdução rápida, uma regravação e seis faixas inéditas, "Rebel Hearts" é um disco cuja audição passa rápido, que pode ser ouvido muitas vezes sem enjoar. A produção do disco é bem limpa e os instrumentos poderiam ter ficado um pouco mais pesados sem sobreporem na mixagem final, todavia, esse é um disco gravado e financiado de maneira 100% independente, além de ser a primeira investida solo de FÖXX SALEMA.

Os saudosistas dos anos 1980, vão adorar esse feeling passadista, mas talvez falte um pouco de "punch" para as gerações mais novas. Todavia, o que importa, é que esse é um disco incisivo e forte, cuja aspereza é energizada pelo carisma e personalidade do coração revolucionário da artista, que vem em trovejando em tempestade emocional!

"Rebel Hearts" vem em cd original de mídia prensada, caixa no formato digipack e e encarte de oito páginas com a arte toda trabalhada em preto com todas as letras, ficha técnica e fotos da cantora.


Recomendado para os fãs de: GARCIA & GARCIA, HAMMER (a banda inglesa), SAVATAGE (antigo), PINK CREAM 69, VIPER (com André Matos), HELLOWEEN, ANGRA (com André Matos) etc.


FÖXX SALEMA: 

Amy "Föxx" Salema - Vocal (principal, backings e coral).
Karine Campanille - Guitarra, Baixo e Teclado.
Alessandro Kelvin - Bateria.

Para shows ao vivo a formação da banda, além da vocalista é:

Cleber Magalhães - Teclado.
Tonny Lessa - Baixo.
Rafael Costa - Bateria.
Augusto Oliveira - Guitarra.

Discografia:

Constant Fight (Single, digital, 2013).
Mankind (Raw Version) (Single, digital, 2018).
Rebel Hearts (Full Length, cd, digipak, 2019).




Rebel Hearts - 2019 - Nacional - Independente - 25'44''.

01 . Vulpine Beat (00:07)
02 . Rebel Hearts  (02:58)
03 . Vengeance Will Come (02:51)
04 . I (04:21)
05 . Emotional Rain (03:45)
06 . Subconscious (03:43)
07 . Mankind (04:31)
08 . Constant Fight (2018 Version) (03:28)

Onde comprar ou escutar on-line:

O álbum em si pode ser ouvido em inúmeros serviços de streaming, dentre eles, o Spotify:
https://play.spotify.com/artist/06EOtnrrNL7gG4lhwP9Jtj

O está sendo vendido tanto na loja física quanto no site da
Die Hard (http://bit.ly/2tSub5o) na Galeria do Rock em São Paulo, no Rio Grande do Sul através da Som de Peso (http://bit.ly/38Q4b9m) e em Minas Gerais pela Punho Cerrado Distro (www.facebook.com/restoyo82) e pela Kaotic Records (www.facebook.com/kaoticrecordsbh).

Links relacionados:

http://www.foxxsalema.com.br
http://www.youtube.com/FoxxSalema
https://www.facebook.com/FoxxSalema
http://www.instagram.com/FoxxSalema
http://www.twitter.com/FoxxSalema
https://vimeo.com/FoxxSalema

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terça-feira, dezembro 03, 2019

Savannah: banda campeã em lançar fitas demo no Brasil tem discografia relançada!


Resenha: SAVANNAH - os 16 registros fonográficos.
Nota: 10,00.

Eram finais de anos 1990 e o Hard Rock e o Glam, que haviam sumido do mainstream no começo da década, estavam esquecidos no underground. Foi também justamente a época em que as duas principais bandas do Rio Grande do Sul, dentro de seus estilos, o ROSA TATTOOADA, no Hard Rock e o LEVIAETHAN, no Thrash Metal, estavam inativas. Nesse contexto, parecia inimaginável que gaúchos que pareciam saídos do clipe de "Tears are Falling", de 1987, do KISS, apareciam repetidamente nas páginas da Rock Brigade e outros zines de tempos em tempos lançando fitas K7 no formato demo e tocando música que soava como os anos 1980! Acompanhe essa resenha biográfica e conheça a história a e luta de 23 anos de carreira underground do SAVANNAH, que teve sua discografia inteira resgatada e está disponível à venda!


Spades, French e Frab em 1997

Se nos anos 2010 é comum ver bandas de Metal e Hard descaradamente oitentistas, na década de 1990, tudo que vinha dos oitenta era hostilizado por isso. "Anacrônico, oitentista e underground"; esse é o SAVANNAH. Todavia, se engana quem pensa que a banda seguiu esses 23 com roupas e sonoridade no mesmo estilo da primeira (heroica) fase das demos em fita cassete. O SAVANNAH passou pelo Sleaze, pelo Hard, pelo Heavy Metal, pelo Hard 'n' Heavy, sempre mantido pelo vocalista e multi-instrumentista Spades.



De letras mais fofinhas às de crítica social, das músicas em inglês e em português. Todavia, sempre uma grande e duradoura inspiração no som e na postura underground; com o visual às vezes mais, às vezes menos espalhafatoso.



Todos os registros do Savannah foram relançados pelo selo "Som de Peso" (link ao final da matéria). Ao todo são dez cdr's impressos em formato envelope que contabilizam os 16 registros fonográficos do grupo gaúcho liderado pelo vocalista (e ás vezes baixista, guitarrista e baterista) Spades Vandall. Muitos desses discos só existiam em fitas K7 e outros estão sendo relançados pela primeira vez em CD. Apenas o primeiro volume, das duas primeiras demos, possui faixas bônus. Infelizmente, os discos não tem encarte ou resgate do material gráfico, agradecimentos etc da época; todavia constam as informações de composição / gravação completas.  Até a demo de 2007, capa volume inclui duas demos em um cd, doravante é um disco completo por cd. Ainda que até  2002 os discos venham de gravações em fita, a masterização foi muito bem feita e não se perde muita qualidade em comparação aos registros posteriores. As exceções são as demos "Open Wide..." e "In defense..." cuja produção da época não ficou tão legal.



Banda que durante bom tempo teve a faixa de abertura coincidindo com a faixa título (ou quase), ouvindo os relançamentos da Som de Peso é fácil de notar que o SAVANNAH passou por diversas fases durante a carreira.



A primeira está representada nos volumes 1 e 2 dos relançamentos e são a fase inicial do SAVANNAH com o membro fundador Frab nas guitarras. Melhor guitarrista que já passou pela banda, Frab faz solos sensacionais e, não obstante o visual mais  ENUFF Z'NUFF, seus riffs de guitarra tem muito metal tradicional na linha ACCEPT ou do RATT dos primeiros discos. Nessa época, as composições, que mais tarde seriam a maioria de Spades, são divididas com o guitarrista.Cambiando de baterista a cada registro, French esteve no baixo até a terceira demo. Nessa época também surgem excelentes baladas e se nota aqui e acolá uma desafinada do vocalista.



Na última demo desse ciclo, a quarta, o grupo gravou pela primeira vez uma canção em português, um cover do ROSA TATTOOADA com participação do próprio Jacques Maciel.



"Looking for a Thrill", já sem Frab nas guitarras, marcou uma transição do grupo do Hard 'n' Heavy para um som mais Sleazy Glam, com nítidas influências de PRETTY BOY FLOYD, TUFF, SLEEZE BEES, L.A. GUNS, POISON e FASTER PUSSYCAT. Ainda que estivéssemos já nos anos 2000, o SAVANNAH estava fazendo o som nitidamente de 1989!!! Essa sonoridade se concretizou na demo "P.A. Glam".



Seguindo essa sonoridade, entram na banda Luly, Puff e Glimm, que ficariam com Spades pelas 04 demos seguintes. Além do som mais "punkiado hard rock", seguem as excelentes baladas e o SAVANNAH passa a tocar exclusivamente em português. Esse foi o SAVANNAH mais clássico, com músicas mais despretensiosas falando de amor, sexo e amenidades; porém sempre com qualidade.



"Caçador da Madrugada", muito influenciada por MÖTLEY CRÜE, "Tesão" e as faixas títulos das demos "Rebeldes, Renegados, Perdidos e Degenerados" e "Vivendo Rápido para Morrer Cedo" geraram clássicos da banda, assim como a balada "Você se Foi". Com "Submundo", muda-se o baixista, perde-se a estabilidade na formação e banda encontra o peso do Heavy Metal e de letras mais críticas às mazelas sociais. Com Spades dominando as composições, o visual fica mais focado no Dark. Segue-se o trabalho "Inverso-Reverso", na mesma pegada de Metal tradicional cantado em português.



Em 2006, o SAVANNAH completava 10 anos de banda e lançava a demo "Disciplina", que novamente é uma ponte para a "fase seguinte" do grupo. As letras ainda são em português, mas o som está modernizado, com guitarras soando industriais, estilo NINE INCH NAILS, MARILYN MANSON, MINISTRY e até W.A.S.P do "Kill Fuck Die" e com bateria de bumbo duplo. As letras niilistas são cantadas com efeitos e distorções.



"Hell is Here", a demo de 2007, consolidou então a terceira fase do SAVANNAH: Metal mais moderno, um pouco como ALICE COOPER em "Brutal Planet", e letras em inglês. Agora Spades gravou baixo e guitarra com o musicista de estúdio Oreja que também cedeu o estúdio para gravação. Já sem formação, o SAVANNAH se torna a banda de um homem só, de Spades e já era hora de se lançar um debut full-lenght, não?



Após 12 demos (!!!!) o conjunto de Spades solta "Underworld-Underground". Registro mais pesado e sombrio da carreira do SAVANNAH, esse disco de 2009 é também o favorito de Spades. Não é para menos. Lutty, da fase mais Glam, volta para as guitarras e ajuda nas composições que seguem cada vez mais maduras no instrumental (com destaque para a intro "Down") e poéticas e críticas nas letras indo a fundo na escuridão da natureza humana.



Das baladas e blues que há muito haviam sumido, temos em substituição som para bater cabeça e abrir roda. Spades passa a desenvolver e dominar um estilo vocal mais seu, agudo e rasgado e sujo quando o som precisa. A evolução natural do SAVANNAH chega a assustar e pode ser que quem é fã ferrenho dos discos mais Hard e Glam pode considerar a "Underwolrd - Underground" mais moderno e pesado demais, mas o fato é que nesse disco estão os melhores solos e riffs de Luty e nata condensada do que o SAVANNAH é; um equilíbrio entre o oitentista e moderadamente moderno.



"A New Way to Live" tirou do SAVANNAH a alcunha de banda de um homem só e o conjunto voltou a ter estabilidade na sua formação com a volta de Frab nas guitarras e a chegada do baixista Wagg. O rock pesado continuou no Heavy Metal moderno com letras em inglês. Todavia, qual luz no fim da escadaria, os sons perderam um pouco o ar "dark". Nesse lançamento o visual Glam do começo de carreira, que havia se tornado Dark Glam em "Underworld-Underground", passa a ser o contemporâneo e descolado Hard Rock do "camisetão"



Com uma velha guitarra e seu velho guitarrista arrasando nos licks, leads, riffs e solos, o ano de 2015 trouxe "Do What You Wanna Do". O SAVANNAH continuou o trabalho dos discos anteriores, porém mais tradicional e mais Hard 'n' Heavy. Sem efeitos modernos e afinações mirabolantes, mas com muita competência e composições maduras. Certamente, um dos melhores discos, se não o melhor, e o que mais agrega fãs de todas as fases anteriores.



Após 20 anos seguidos de batalha, lançando quase que um disco por ano, a carreira do grupo foi celebrada a coletânea "The Last Twenty Years". Com 20 faixas, infelizmente, não coube espaço para músicas de todos os discos, e qualidade das gravações que vai variando ao longo das rotações do CD. Mas a coletânea não é só recordação, já que ela abre e fecha com sons novos. "Don't Give My Dreams"  e "Taste your Body", que é mais legal, são muito bem gravadas e soam como uma transição entre os primeiros trabalhos e os últimos.



É vitoriosa uma carreira que ganhou muito dinheiro e reconhecimento da mídia? Ou ganha mesmo quem consegue se sustentar por anos e anos no underground sem apoio, sem grande mídia, mas com o reconhecimento do valor cultural? Acreditamos na segunda opção. O SAVANNAH por sua heróica carreira de 12 demos e 4 discos lançados tinha status de banda cult entre os headbangers, hards e rockers brasileiros. Com os relançamento da Som de Peso, o que era Cult pode passar a ser não só reconhecido, mas ter suas músicas conhecidas e passar a ser lenda. Vida longa a lenda do SAVANNAH!

BÔNUS: para o ano de 2019 o vocalista SPADES VANDAL se lançou como artista solo lançando um disco auto-intitulado mais ou menos na mesma linha do começo de carreira do SAVANNAH.... e o visual espalhafatoso voltou com tudo!!



Sites relacionados:

http://www.fb.com/somdepeso/
(51) 9 8925 - 1387

http://www.facebook.com/Savannah-Hard-Rock/
https://www.youtube.com/channel/UCctbkr9mPDBTrcJo5_Lc4zQ/

DISCOGRAFIA:



Savannah (1998)

01 . Sex Dirty (03:28)
02 .  Looking For Some Action (03:33)
03 .  Hungry For Your Love (04:48)
04 .  Night After Night (04:24)

Spades - Vocal
Frab- Guitarra
French - Baixo



Open Wide and Look Inside (1998)

01 . Open Wide and Look Inside (03:58)
02 . Woman In Disguise (04:20)
03 . Tearin' Down The Walls (05:31)

Bônus (gravadas ao vivo em 1996):

08 . Stat Attraction (02:31) *
09 . Hollywood Killers (03:52) *
10 . Nigh After Night (04:59)

(*) Cover do TIGERTAILZ

Spades - Vocal
Frab- Guitarra
French - Baixo
Baterista convidado - Bunny





In Defense Of... (1999)

01 .  She's Too Hot Tonight  (05:27)
02 . Little Beauty Seventeen (04:25)
03 . Hot Love  (04:10)
04 . I Can't Wait (05:47)
05 . Time Will Tell (03:39)

Spades - Vocal
Frab - Guitarra
Frenchy - Bass
Raff - Bateria



Back for the Night (2000)

01 . She's Mine (03:46)
02 . Back for the Night (03:47)
03 . Don't Wanna (Cry No More) (05:35)
04 . Scrach Me (03:32)
05 . Voltando para Casa (03:40) (Cover do ROSA TATTOOADA)

Spades -Bateria e Vocal
Frabs - Guitarra e Baixo
Jacques Maciel (ROSA TATTOOADA) - voz em "Voltando para Casa".



Looking for a Thrill (2001).

01 . No Compromisse (03:29)
02 . Looking for a Thrill (03:51)
03 . I Forget to Remember (To Forget You) (03:38)

Spades - Vocal e Baixo
Dada - Guitarra
Freak - Bateria



P.A. Glam (2002)

01 . Posso Olhar, mas não posso tocar (04:01)
02 . Hora do Amor (03:46)
06 . Ninfomaníaca (03:24)

Spades - Vocal
Luly - Guitarra
Puff -Baixo
Glimm - Bateria




Vivendo Rápido para Morrer Cedo (2002)

01. Noites loucas (03:29)
02 . Doce Tormento (04:11)
03 . Mentiras de Amor (03:29)
04 . Garota Bomba (04:07)
05 . Você se Foi (02:41)

Spades - Vocal
Luly - Guitarra
Puff -Baixo
Glimm - Bateria


Rebeldes, Renegados, Perdidos e Degenerados (2003)

01 . Rebeldes, Renegados, Perdidos e Degenerados (02:40)
02 . Alô! (02:48)
03 . Não Diz que Não (03:13)
04 . Caçador da Madrugada (04:47)
05 . Tesão (03:05)

Spades - Vocal
Luly - Guitarra
Puff -Baixo
Glimm - Bateria



Submundo (2004)

01 . Submundo (Intro) (00:36)
02 . Caminho sem Volta (04:09)
03 . Doce Lar Submundo (03:36)
04 . Linhas Brancas (04:02)
05 . A Morte Chama (03:40)
06 . Minha Cruz (03:40)

Spades Vandal - Vocal e Percurssão
Luty Raggen - Guitarra
CJ - Baixo e Vocal
Glimm Xotter - Bateria



Inverso - Reverso (2005)

01 . Reverso - Inverso (00:44)
02 . Liberte sua Mente (03:59)
03 . Levantando da Sarjeta (05:05)
04 . Embaixo da Terra (04:41)
05 . Empurrando Pedra com a Barriga (02:21)
06 . Vida Desperdiçada (03:32)

Spades Vandal - Vocal e Percurssão
Luty Raggen - Guitarra
CJ - Baixo, Guitarra Solo e Vocal
Glimm Xotter - Bateria
Participação especial - Meleu (R.I.P.) na faixa "Empurrando Pedra com a Barriga".



Disciplina (2006).

01 . Umbral (intro) (02:36)
02 . Aqui se faz, aqui se paga (02:52)
03 . Liberdade (02:40)
04 . Fim dos dias (03:17)
06 . Disciplina (intro) (00:57)
07 . Ver para Crer (02:33)

Spades - Vocal, baixo e guitarra
CJ - guitarra
Oreja - Bateria



Hell is Here (2007).

01 . Last Breath (Introdução) (01:27)
02 . Human Race: The World's Cancer (04:49)
03 . Woman and Drinks (03:33)
04 . Jump in the Void (03:19)
05 . Survive in Hell (02:35)

Spades - Vocal, guitarra e baixo
Oreja - Bateria



Underworld Underground (2009)

01 . Rise from the Gutter (04:45)
02 . No Submission (03:38)
03 . Just to Believe (04:13)
04 . Smobody's falling (05:19)
05 . Running from the Wicked (04:43)
06 . Down (01:33)
07 . My Dark Side (03:41)
08 . Under - Under (04:31)
09 . To Hell and no Return (03:31)

Spades - Vocals
Lutty - Guitarras
Jon "TM" - Guitarras
Bareh - Baixo
Paul Paul - bateria




A New Way to Live (2012)

01 . Die For Freedom (03:03)
02 . Nothing Left To Say (04:55)
03 . Out Of Control (03:10)
04 . A New Way To Live (03:07)
05 . Release My Soul (04:10)
06 . I Was Born (To Live Alone) (03:30)
07 . Don't Follow My Way (03:49)
08 . Living In The Past Time (03:07)

Spades - Voz
Frab - Guitarra
Wagg- Baixo
Raff - Bateria



Do What you Wanna Do (2015)

01 . Free Life (03:56)
02 . Call of the Streets (03:16)
03 . No Way Out (02:58)
04 . Fire (03:17)
05 . We got the Power (04:04)
06 . Remember the Avenue (04:08)
07 . Do What You Wanna Do (04:50)
08 . Never Give Up (04:25)

Spades - Voz
Frab - Guitarra
Wagg- Baixo
Paul - Bateria



The Last Tweenty Years (2018)

01 . Don't Give Up My Dreams (04:06)
02 . Die For Freedom (03:03)
03 . Free Life (03:56)
04 . Sex Dirty (03:28)
05 . Doce Lar Submundo (03:36)
06 . Back for the Night (03:47)
07 . Doce Tormento (04:11
08 . Out Of Control (03:10)
09 . Just to Believe (04:13)
10 . Looking For Some Action (03:33)
11 . Remember the Avenue (04:08)
12 . Underworld Underground (04:31)
13 . Open Wide and Look Inside (03:58)
14 . I Was Born (To Live Alone) (03:30)
15 . Caminho sem Volta (04:09)
16 . Woman In Disguise (04:20)
17 . Looking for a Thrill
18 .  Scrach Me (03:32)
19 . Rebeldes, Renegados, Perdidos e Degenerados (02:40)
20 . Taste Your Body (03:56)
Total: 77 minutos.

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