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Katie Dekesu |
QUEM VESTE COURO, ROMPE AS CORRENTES EM SEU CORAÇÃO.
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Só garotas que acreditam em si mesmas e não tem medo de se expressar podem ser rockers".
Phoenix Tonahs Slaughter.
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Queen Bone |
Artigo escrito por Mlilo Mpondo (mlilo.mpondo@gmail.com) com tradução e adaptação de Willba Dissidente.
Texto original:
http://www.paulshiakallis.com/
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Vicky |
Desde que chegou com o Hard Rock nos anos 1970, que o Heavy Metal está presente de maneira prolifica na cena musical de Botsuana. Irreverente e dissidente de todos pensamentos ortodoxos do que significa ser negro e ser africano, esses headbangers criaram uma subcultura própria conhecida como o "Marok". E desde 2011 que o Marok desfruta de audiência global, apresentando um contraste com a típica imagem desolada sempre retratada da África, enquanto também desafia as expectativas das pessoas de "baixo entendimento".
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Bontle Sodah Ramotsietsane |
Todavia, como esperado, existe uma excessiva representação masculina em detrimento de sua contraparte feminina. É essa esquecida narrativa da excentricidade das mulheres negras no Rock 'n' Roll que o fotógrafo sulafricano Paul Shiakallis procurou descobrir em seu trabalho "Leathered Skins, Unchained Hearts (Peles de Couro, Corações desacorrentados, em tradução livre)".
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Valesyn Wana |
Adornadas com brincos, couro batido, correntes e spikes, essas mulheres cementaram seu espaço no movimento. Elas aparentam ser um enigma, longe da representação global que as mulheres negras tem de serem dóceis e inanimadas. Retratadas entre arredores familiares e ordinários, terras de grande fazendas, céus infinitos, paredes brancas de casa, sofás furados e velhos amarios de cozinha, essas mulheres. algumas mães e outras esposas, são a rebelião bruta no meio comum das suas vidas. Vestidas de duronas, como se preparadas para a guerra, elas, com mentalidade própria, privilégio de quem é rainha ou sacerdotisa de magia negra, convidam sua imaginação para se perguntar qual é o lugar delas no mundo.
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Shatani |
"Sendo rockers nó estamos unidas em nosso amor por nossa música e assim nós somos irmãos e irmãs de Metal. Nós somos o modelo em nossa sociedade e é por isso que nós apoiamos a nós mesmas e nossas bandas nessa vulnerável sociedade".
Katie Dekesu.
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Bonolo
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Por mais de oito meses, Shiakallis se aprofundou no abismo dos alter egos delas, fascinado por como essas mulheres escaparam da prisão com grades do condicionamento social e adentraram nas infinitas possibilidades que o Heavy Metal guarda para elas. As rainhas do Marok cercam o estrutural arquétipo da "cultura africana" e remodelam essas estruturas pelas fotos de Paul, de um modo que reflete as paixões e desejos delas. O trabalho traduz o modo pelo qual vários padrões de identidade são transferidos entre o dia e noite, a plácida realidade da vida em Botsuana versus a descrição da colorida individualidade na mídia social, a lealdade para com o nome da família, versus a liberdade em usar um pseudônimo. É a mesma fluidez que exala uma sensualidade e força nas mulheres Marok de Botsuana; as que inesperadamente vestem a pela de couro e imprevisivelmente são guerreiras com corações que quebraram correntes.
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Samie Santiado Nwested. |
"Nem todas nós somos satanistas, hahaha, porém quando a música começa a tocar, às vezes, eu penso diferente".
Millie Hans.
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Sierra. |
Willba agradece a Ane Nunes, sua melhor amiga, que é negra, headbanger e mãe, por ter encontrado o texto original.
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Lucrutiah. |
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