quarta-feira, outubro 01, 2014

Duna: os pontos de encontro entre a fantasia épica e a música.

O universo é composto por infinitas galáxias, sendo que cada galáxia tem o tamanho de vários milhares de anos luz (cada um medindo 10 trilhões de quilometro) de comprimento. Como seria possível a exploração espacial em escala comercial em espaço tão amplo e, virtualmente, infinito? Simples, basta dobrar o Universo e fazer com que uma nave gigantesca, incluindo milhares de menores, vá de um ponto a outro do cosmo em fração de segundos. Para isso basta um ser humano que sofreu mutações provadas pela Especiaria Melange. A Especiaria Melange prolonga a vida dos usuários e os permite desenvolver de algumas habilidades sobre-humanas.



Essa Especiaria Melange passa a ser o bem mais valioso da humanidade, sem o qual inúmeras atividades cruciais dos grupos governantes cessariam. Sabia que ela também é rara? Sim, pois, a Especiaria Melange só existe em um planeta de todo o universo conhecido, Arrakis, um planeta deserto também chamado de DUNA. Sem condições de ter suas propriedades emuladas em laboratório, a especiaria só pode ser mineirada dos inóspitos desertos de Duna - planeta onde água potável é quase inexistente ; essa atividade, porém, é arriscada pois junto com a preciosa mistura veem gigantescos vermes de areia (Shai Hulud) e tempestades de areia e raios. O povo de Arrakis, os Fremens do Deserto, é recluso e mantido na pobreza pela Casa Corrino, dinastia que governa o Universo, crendo há muito que um messias virá de fora desse mundo, para os liberar para a verdadeira liberdade; transformando o inóspito planeta em verdejante paisagem e espalhando sua fé por toda a humanindade...



Esse é o ponto de partida da obra Duna, Dune no original, publicado pelo visionário autor Frank Herbert em 1965. Desde então o livro gerou cinco sequências, duas minisséries de televisão, um filme (e um documentário sobre o longa metragem que não foi lançado), vários jogos de video-game e até brinquedos (inspirados no filme). Após a morte do criador da saga, mais seis livros que contam os prelúdios de Duna foram escritas pelo filho do escritor, Brian Herbert, em coautoria com Kevin J. Anderson. Para ambientar sua obra e explorar o meandros desse inesgotável universo, Herbert criou diversos planetas, corporações, dinastias, religiões, ordens secretas e credos, descrevendo a Humanidade que habita por vários endereços do cosmo, mas os corpos celestes vivem em relação feudal entre si (mundos inteiros governados por Casas Nobres). Bruxas que praticam eugenia com a missão auto-imposta de impedir o extermínio da raça humana (Bene Gesserit), disputam com transmorfos chamados Dançarinos Faciais (Bene Tleilax) e seres que podem transmitir todas suas memórias para as próximas gerações e convivem com humanos treinados desde criança em cálculo e lógica para sempre computadores humanos (Mentats), já que as máquinas pensantes foram proibidas após quase escravizarem a humanidade na era pré-espacial; e isso é só uma pequena amostra de características superficiais da complexidade deste Universo (que além de computadores também não tem outros alienígenas humanoides que não humanos). Para dar conta de tanta diversidade, o talentoso estadunidense valeu mão de amplas descrições da biologia, política, ecologia, filosofia e história, fazendo com a trama tenha implicações psicológicas e possibilite que a imaginação do leitor vá para o infinito e além...



Tão influente e inventivo para a ficção científica quanto O Senhor dos Anéis ou Elric são para fantasia, Duna é clássico muito citado, e assim como as outras imortais obras citadas ganhou homenagens e construiu relações no mundo da música.  Diferentemente das outras obras citadas, as paisagens e situações de Duna inspiraram mais artistas de diferentes gêneros (muitos deles instrumentais) que os livros de Tolkien e Michael Moorcock; que foram abraçados quase exclusivamente pelo Heavy Metal em suas muitas ramificações.

Ajuste seu traje destilador para se embrenhar fundo no deserto e que sua faca feita das presas do verme de areia não se parta durante a jornada que começas agora!

A lista segue ordem cronológica, e alfabética por nome de banda havendo empate de ano de lançamento.

01 . DAVID MATTHEWS (1977) "Dune".



Produtor e tecladista renomado quando o assunto é Jazz e Funk, o músico estadunidense David Matthews, homônino ao também estadunidense da Dave Matthews Band, começou sua carreira compondo temas para a televisão e com a orquestra de Jazz de Manhattan. Desde 1970 trabalhando como arranjador e músico de artistas renomados como JAMES BROWN, VICKI ANDERSON, BUDDY RICH e outros, Matthews lançou seu quarto disco - instrumental - em 1977, chamado somente "Dune", dando início à saga de Duna na música.

 A lado A do LP contém um tema de quatro partes - "Arrakis", "Sandworns", "The Song of Bene Gesserit" e "Muad'Did" - que é a leitura musical da obra de Herbert. O lado B do vinil possui uma releitura de DAVID BOWIE e duas músicas dedicadas ao filme Guerra nas Estrelas, que havia sido lançado no mesmo ano (e com influência inegável de Duna).

02 . RICHARD PINHAS (1978) "Chronolyse".



A segunda homenagem que Duna ganhou da música veio do guitarrista francês RICHARD PINHAS. Adepto do, assim chamado, Rock Eletrônico, aqui também temos uma audição instrumental sui generis de impressões do artista após a leitura de Duna. Das nove músicas que compõem o disco, 7 são dedicadas à Bene Gesserit, e uma para Duncan Idaho e outra para Paul Atreides. É o primeiro disco todo inspirado em Duna.

O disco "Chronolyse", de 1978, foi o primeiro que o músico lançou sob seu próprio nome; sendo que antes o Doutor em música pela Universidade de Soborne se apresentava com os grupos HELDON  e SCHIZO, que eram basicamente somente Pinhas com alguns colaboradores!

03 . KLAUS SCHULZE (1979) "Dune"



A música eletrônica do ex-membro principal e compositor das bandas alemãs TANGERINE DREAM e ASH RA TEMPEL marcou um outro disco totalmente inspirado em Duna. Aqui, o décimo primeiro disco solo do músico tem duas canções de quase meia hora em cada lado do LP. O lado A, com "Dune" é totalmente instrumental e atmosférico. O lado B, "Shadows of Igonorance" segue a mesma tendência de ser mais sons ambientes do música propriamente dita, mas contém um poema recitado pelo rocker ARTHUR BROWN - pioneiro do Shock Rock, a quem se credita ser o primeiro músico de rock a se apresentar maquiado.

04 . ZED (1979) "Visions Of Dune".



Mais um músico francês, esse mais undeground, gravou outra interpretação sonora da obra de Frank Herbert. Estamos falando de Bernard Szajner e seu som, que pode ser compreendido como "música eletrônica psicodélica".
Muitas vezes referido como "Z", ou pelo seu nome de registro civil, é muito difícil encontrar informações sobre o músico na internet. O play "Visions Of Dune" também é instrumental e todo dedicado às personagens e passagens de Duna. O relançamento em CD de 2014 veio com as faixas bônus "Spice" e "The Duke", em homenagem ao pai do Messias.

05 . DÜN (1981) "Eros".



Primeira vez que uma banda de rock homenageou Duna. Grupo obscuro do rock progressivo francês  (a faixa demora a "ficar pesada") que só possui um único álbum de quatro faixas; e todo o trabalho baseado em Duna. Lançado pelo selo Soleil Atreides, Sociedade Atreides, que só tem esse disco no catálogo, todas as canções, que são instrumentais, possuem nomes em francês e foram compostas ou pelo flautista ou o guitarrista da banda, com duração variando entre 8 e 10 minutos!

"Eros" foi relançado em Cd no ano 2000, porém com versões demo de 1978 das mesmas músicas.
Não se sabe dos músicos após o lançamento do LP "Eros".

06 . IRON MAIDEN (1983) "To Tame a Land".



Faixa que encerra o quarto lançamento da Donzela de Ferro, foi primazia do IRON MAIDEN compor uma música com letras inspiradas em Duna. Há uma "lenda urbana" muito interessante sobre essa canção. Conta-se que Steve Harris procurou um representante de Frank Herbert, por mera formalidade, para avisar que o próximo disco de sua banda teria uma música chamada "Dune". Então, para surpresa de todos, a Rod Smallwood, empresário do IRON MAIDEN, teria recebido uma ligação do próprio autor negando o pedindo e acrescentando, ao nosso ver arrogantemente, que ele não gostava de bandas de rock, especialmente as de rock pesado, e principalmente o IRON MAIDEN!
Se tal fato for verdade, é o único registro que se tem de uma manifestação do autor, falecido em 1986, sobre as homenagens que sua literatura recebeu na música.

A mais bem sucedida banda surgida durante o New Wave Of British Heavy Metal, o IRON MAIDEN, tem buscado na literatura e no cinema inspiração constante para suas músicas desde o terceiro disco do grupo, "The Number of The Beast", 1982, angariando fãs e prestígio dos headbangers do mundo todo.

07 . TOTO (1984) "Dune Soundtrack".



Formada em final dos anos 1970 com a proposta de fazer A.O.R., sem esquecer do Rock Progressivo e do Jazz, os estadunidenses do TOTO tiveram sua primeira e única experiência com trilhas sonoras no filme Duna. Mais lembrados pelo sucessos com nomes de mulheres, a banda do saudoso vocalista Fred Fredriksen (ex - LE ROUX), compôs 16 dos 17 temas que integram a banda sonora da adaptação de David Lynch.

08 . BRIAN ENO (1984) "Prophecy Theme".



A única música da trilha sonora do filme não composta pelo TOTO tem assinatura de Brian Eno, famoso músico inglês que está na ativa desde 1971 com o grupo de, na impossibilidade de definição mais apurada, Art Rock.  As dezessete músicas instrumentais do filme seguem o mesmo padrão das homenagens instrumentais que Duna vinha recebendo desde 1977; sons viajantes, penetrantes, que levam o ouvinte se sentir olhando para Mahdi correndo na areia do Deserto numa noite de duas luas cheias...

Ainda que o próprio Frank Herbert tenha contribuído com o diretor de Coração Selvagem na adaptação do romance, os fãs torceram o nariz para o longa metragem. O principal motivo foram as várias modificações e omissões em relação à trama original e até a inclusão de "um módulo de disparos laser que funciona com a voz". Lynch contra argumentou que o produtor Dino de Laurentis (Flash Gordon, Rock do Dia das Bruxas etc) cortou mais de uma hora da duração de Duna (que já era de 137 min). Versões estendidas foram lançadas posteriormente, mas ainda o longa não emplacou.

09 . Sting do THE POLICE.


O cantor da banda inglesa de Reggae, Pop / Rock, THE POLICE Sting atuou no filme  no papel de Feyd-Rautha, o Belo. Enquanto sobrinho do Barão Harkonnen, Gordon Summer, nome de registro, fez um vilão que rouba a cena em diversos momentos da trama. Curiosamente, a empresa LJN produziu alguns brinquedos inspirados no filme, que incluia o sanguinário e psicótico vilão que ganhou vida na persona do vocalista e baixista.

Sting dá o ar de sua graça como ator no cinema e na televisão desde 1979, sendo que muitas de suas músicas são usadas como trilha sonora.

10 . Angry Anderson do ROSE TATTOO.


Ainda que inexistam informações na internet, ou em qualquer outra fonte que confirmem esta hipótese, o Rock Dissidente aponta como sendo nenhuma outra pessoa que o vocalista da banda australiana de Hard Rock dos anos setenta ROSE TATTOO o figurante não-identificado que acompanha o Navegador de Terceiro Grau da Liga Espacial.

Gary Stephen Anderson, nome de registro do cantor, começava nesta época sua carreira como ator, sendo que no ano seguinte viveria o vilão Iron Bar no filme Mad Max Além da Cúpula do Trovão. Repare na imagem acima as semelhanças do figurante cuja única fala é "A Bruxa Bene Gesserit deve sair" e baixinho invocado, que também cantou na banda BUSTER BROWN.

Curiosamente, o LJN não teve interesse em lançar a personagem de Anderson para crianças, mas os fãs criaram uma versão customizada do mesmo, que é comercializada ocasionalmente em sites de leilão, como o eBay.com.

Anderson atua pouco e de maneira intermitente no cinema e na televisão, mas vira e mexe alguma música do ROSE TATTOO vira trilha sonora de algum filme, como o recente documenário "Not Quite Hollywood". Tanto Sting quanto Anderson não entraram nos créditos das músicas em Duna.

11 . BLIND GUARDIAN (1989) "Banish from Sanctuary".



Na época de seu segundo disco, ainda forte no Power Metal e no visual de calça apertada e cabelos repicados, a banda alemã BLIND GUARDIAN gravou a primeira faixa em homenagem a Duna que aborda um outro livro que não o primeiro. A música que abre o segundo disco do conjunto (após a introdução "Inquisition") fala de um cego solitário que carrega a mão de Deus pelo Deserto pelo fardo de desistir do destino à sua frente (até chegar alguém que aceite o Caminho Dourado); ou seja, o Pregador do Deserto, o melancólico fim de Paul Atreides no livro "O Messias de Duna". Nesse mesmo álbum "Follow The Blind" há duas músicas para o Elric de Michael Moorcock.

12 . BLIND GUARDIAN (1990) "Traveller In Time"



Um ano e um disco depois, a mesma banda alemã abre novamente seu álbum com uma música inspirada em Frank Herbert. Agora, como a maioria absoluta dos artistas, a música aborda os eventos do primeiro Duna. Com melhor produção, a canção é centrada na capacidade de presciencia de Paul Atreides, que o permite saber os eventos do passado e os vários caminhos de possibilidades do futuro. Se a anterior foi um sucesso mediano, essa foi um dos primeiros grandes hits do grupo dentro do Metal Pesado mundial. Nesse mesmo disco, "Tales From Twilight World", o conjunto gravou sua mais bem sucedida homenagem a obra "O Senhor dos Anéis", além de dedicar canções a Stephen King e ao clássico da ficção científica Planeta Proibido.

13 . TOM SMITH (1991) "Crystal Gayle Killed Frank Herbert".

http://tomsmith.bandcamp.com/track/crystal-gayle-killed-frank-herbert

Conhecido por criar plágios de músicas famosas com letras engraçadinhas, o artista estadunidense teve o primeiro Hit de uma carreira mediana transformando a letra "Don't It Make My Brown Eyes Blue"" música de autoria de Richard Leigh e famosa na voz de Crystal Gayle. A letra aborda os acontecimentos do primeiro livro na transformação de Paul Atreides em Paul Muab'Dib.

O trocadilho consiste na música original se chamar "Não faça meus olhos castanhos tristes" para "azuis". Na trama de Herbert, o vício na especiária melange faz com que olhos do usuário adquira a tonalidade de azul dentro de azul.

14 . ASTRAL PROJECTION (1997) "Dancing Galaxy"



A faixa de abertura do disco da banda de Dance Music - Popero contém as falas iniciais do filme de David Lynch, recitas pela Princesa Irulam, filha de Padishah Shadam IV, Imperador do Universo e governante da Casa Corrino. No livro Duna, toda capítulo começa com um trecho de diário, cuja autoria é atribuída à Princesa Irulan. No filme de 1984, a personagem foi vivida por Virginia Madsen (dos filmes Highlander II e Candyman), sendo que sua voz é a utilizada na música.

15 . DOMINE (2001) "True Leader of Men".


Mais conhecidos por usar o (anti) herói Elric de Melniboné em todas as capas de seus discos, os italianos do Power Metal encabeçados pelo guitarrista e letrista Enrico Paoli também dedicaram uma de suas músicas ao universo Duna. A canção aparece no terceiro disco do grupo, que tem nome inspirado em Michael Moorcock e não Frank Herbet "Stormbringer Ruler - The Legend of the Power Supreme". Tal qual a maioria absoluta das anteriores, o tema é centrado no primeiro livro, falando das características messiânicas de Paul Muad'bid.

16 . GRAVIOUS  (2006) "WornSign"



Sinal de verme, ou wornsign, é o nome dados aos batedores de terra, instalados nas areias dos desertos de Duna para, no primeiro livro, atrair os vermes de areia, para cavalga-los. Tal prática deu nome ao primeiro registro fonográfico, em EP de 12 polegadas, do escocês GRAVIOS. O estilo é denominado Dubstep, que segundo o Wikipedia é um estilo de música eletrônica surgido na África do Sul em 2000, caracterizado por "linhas de baixo muito fortes e padrões de bateria reverberantes,samples cortadas e vocais ocasionais." Ou seja, cuidado ao ouvir no deserto, ou um verme gigante pode tentar lhe abocanhar!


17 . DOG WITHOUT WARNING (2010) "Weirding Way".

http://www.musicxray.com/xrays/27798

O grupo de Rock Alternativo estadunidense conta uma estória um tanto estranho na sexta faixa de seu disco "A hundred things I would do differently". Num encontro em uma livraria com promoção de livros que inspiraram filmes, um rapaz conhece uma moça tão estranha que recita a "Litania Contra o Medo" (encantamento Bene Gesserit) contra ela, vai morar num Sietch (habitação Fremen) e tocar Balisete (instrumento tocado por Thufir Hawatt da Casa Atreides). Todas citações ao primeiro livro da saga de Herbert.

18 . SANDRIDER (2010)




Banda estadunidense formada em 2010, o SANDRIDER faz uma improvável mistura de estilos: usa os timbres e afinações do Stoner Metal para tocar Hard Core. Ainda que, até onde apuramos, não tenham músicas baseadas em Duna, o nome "Calvagador de Areia" foi inspirado nos Fremens do Deserto que aprendem a usar de montaria os gigantescos vermes de areia, garantindo seu lugar na nossa lista.

19 . BASSDBLER (2011) "Slow Blade Penetrates The Shield".



Banda de um homem só, ou melhor, de um baixista e compositor que atende pelo nome de JD Short! Voltando a tradição dos anos setenta, o músico da virada os anos 1990 para os 2000, formado em música e luthier da Rickenbacker, Short compôs todo seu álbum solo de estreia baseado no universo Duna. Ainda que todos seus sons sejam instrumentais, alguns levam nomes como "Siaynoq", "Gahima" e "Fish Speakers", fazendo alusões também aos livros "Os Filhos de Duna" "Imperador Deus de Duna", o terceiro e quarto volumes da saga de Herbert, além de outras como "My own name is a Killing Word" que é exclusividade do filme de 1984.

20 . GRIMES (2011) "Geidei Prime".



A última incursão em nossa lista também é um disco de música eletrônica, nesse caso experimental, também inteiramente dedicado ao livro Duna. Claire Boucher, nome de registro de GRIMES, cria e toca todos os instrumentos de suas músicas, incluindo vocais cujos sentidos são inidentificáveis. A artista canadense já lançou mais dois discos, que não são temáticos.


Ao fim de nossa jornada estética pela música, somos levados a crer que velho jargão que encerrava o trailer das séries dos anos 2000 pelo canal Sci-Fi se faz valer: "a saga de Duna está longe de acabar". Ainda que os livros tenham ganho mais notoriedade na música pelos rockers que atuaram nos filmes, inúmeros artistas de outras cearas musicais, com carreira consolidada se dedicaram ao universo ficcional e impressionante de Frank Herbert. Melhor, e de maneira constante pelo tempo, demonstrando que o interesse por Duna, e seus mistérios e imagens impressionantes, há de se manter continuamente, e recorrentemente será representando na música. Os Hereges e as Herdeiras de Duna ainda não ganharam reconhecimento musical. Quem sabe algum leitor não decide resolver isso?

Uma não-nave em Gammu.
Willba Dissidente agradece a Edilson Rodrigues Palhares, Vladimir Sousa e Alan El Piruca e todos os membros da comunidades "Conselho da Landsraad - Duna Brasil", do facebook e orkut, sem os quais essa matéria seria tão improvável sobreviver ao sol inclemente do deserto sem traje destilador.

Lembramos que a nossa listagem, ainda que se pretenda, não é exaustiva, nem nossa presciencia é absoluta, logo, deixe sua contribuição se souber de alguma não citada.

Um comentário:

  1. Wïllllllllllllllllllll, gostei d+!!!!!!! Li tudo com muito carinho. Baixei muita coisa que eu nem conhecia. Inclusive gostei muito do Bassdbler, com a lâmina penetrando lentamente no campo, hehehe. Consegui baixar a maioria das faixas pelo Youtube. Já o som do David Mattheus poderia ser trilha de um vídeo institucional de Arrakis. Tipo assim: "Venha investir no deserto de Arrakis. Os Atreides estão abrindo as portas para a sua empresa de beneficiamento de especiaria" (Hehehe). O Ri-Chapinha(s) é muito bom no que faz - e o tipo de eletrônico dele é um dos que mais curto. Do Toto e Brian Eno nem se fala, célebres e ótimos, especialmente o segundo. Abrilhantaram a obra (não tão brilhante) de David Lynch. Klaus Schulze sou suspeito de falar, pois o considero um ícone do Kroutrock. O Zed é estranho mas é legal. O Dün também é muito bom (consegui baixar o álbum inteiro no Vimeo). O Tom Smith é um sarro só! Até isso tem! Já as bandas metal, que não é muito a minha praia, curti a do Iron e do Astral Project. Já aquela de Seattle, achei horrível, mas reconheço que não tenho gabarito para criticar metal, pois não entendo deste estilo. De repente é até boa. Então quando disse horrível, é apenas o meu gosto, e não a qualidade técnica e artística da banda. Já Grimes, tinha tudo para ser legal, música eletrônica, menininha animada, mas achei fraquinho.
    E valeu muito pelo agradecimento ao final. Levei até um susto! Muito obrigado mesmo. (Comentário também publicado no Facebook, comunidade Conselho Laadsraad).

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