Chega lograr os louros aos guitarristas e vocalistas! Se nos anos 1960 tivemos Stu Cook do CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL e John Entwistle do THE WHO, entre tantos outros, seguidos na década de 70 por Pete Way do UFO, PHIL LYNOTT do THIN LIZZY e outros seminais grupos cujo baixista era destaque, tal panorama mudou desde os anos oitenta. A enfase na guitarra se tornou uma obsessão e já há até estilos de Metal Extremo que não possuem baixistas. "Pra que baixista, se não se ouve o que ele toca", diz uma triste piada que por mais de trinta anos difama o músico das quatro cordas.
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Luiz Domingues d' A CHAVE DO SOL. Foto: divulgação. |
Tal panorama contudo, pode estar para ser enterrado no passado. O site
Explorer's Sound – Explorando a música, publicou os resultados de um estudo da Universidade de McMaster de Hamilton, no Canadá. Tal importante parecer científico indica que "o cérebro é melhor ajeitado para estabelecer uma sensação de ritmo quando ela ocorre em tons mais baixos", legando aos instrumentos mais agudos tão somente adornar a música.
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Greedy Lee do RUSH. Foto: Wikipedia. |
"Laurel Trainor, autor do estudo, colocou os participantes ligados a um monitor EEG para acompanhar a atividade do cérebro enquanto eles ouviam duas notas de piano simultâneas; uma mais alta e outra mais baixa", explica o site. "Depois tocavam as frações da nota com um segundo de adiantamento. Os participantes reconheciam melhor esses erros se eles ocorriam nas notas mais baixas. O mesmo estudo também descobriu que se pedido para o pessoal acompanhar as batidas das notas com o dedo, quando as notas baixas começavam a chegar antes, o pessoal conseguia ajustar a batida mais rápido do que nas notas mais altas", demonstraram os pesquisadores.
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Vitaly Dubinin do ARIA. Foto: divulgação. |
Colocando em boas palavras: não existe melodia identificável pelo cérebro sem o som do contra-baixo. Tal conclusão não é lá novidade, pois o Explorer's Sound indica que o livro "History of the Science and Art of Music", escrito Robert Challoner em 1880 (!), já indicava o protagonismo dos baixistas quando se trata de estabelecer harmonia e melodia.
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Leo Lyons do TEN YEARS AFTER. Foto: divulgação. |
Willba Dissidente agradece a Mauro Grillo Gentil Mineiro e Inádia.
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