terça-feira, janeiro 14, 2025

Humble Pie: a primeira banda definida como Heavy Metal na História!

A informação pode ser chocante para muitas pessoas, mas um fato histórico não pode ser negado. Na edição de 12 de novembro de 1970 da revista Rolling Stone, o resenhista Mike Saunders (mais tarde conhecido como Metal Mike), então aos 18 anos, usou o termo Heavy Metal para descrever um gênero musical pela primeira vez na História. O disco em questão era "As Safe as Yesterday Is", lançado em agosto de 1969, debut internacional do HUMBLE PIE, que foi descrito como uma placa de chumbo caindo ao chão. Disse o periodista "aqui eles são uma bosta de banda de rock, barulhenta, não melódica, de Metal Pesado como chumbo, sem dúvida alguma com partes barulhentas e pesadas". É preciso contexto para entender o porquê de um disco que saiu em agosto de 1969 só ser resenhado em novembro do ano seguinte, mas o fato é que não tendo gostado do disco o resenhista descreveu um gênero que todos viemos a conhecer e amar. 


Talvez você nunca tenha escutado esse disco ou essa banda, mas foi numa resenha dele que surgiu o termo Heavy Metal (Metal Pesado) associado a um gênero musical.

Uma curta linha do tempo do termo Heavy Metal. 

Após uma longa pesquisa, o artigo "Estórias que confirmam: Como o Heavy Metal ganhou seu nome - um conto cauteloso", a pesquisadora Deena Weinstein (da Universidade de DePaul, em Chicago, Illinois, nos Estados Unidos) aponta a resenha de "As Safe As Yesterday is" feita por Saunders, como a primeira vez que o termo Metal Pesado foi usado para descrever um gênero musical. No documentário "Heavy: A estória do Metal", produzido pelo canal de tevê a cabo VH1 em 2007, o jornalista David Fricke, editor sênior da revista Rolling Stone, corrobora com a informação: "se algum jornalista merece crédito por difundir esse termo na música seria o 'Heavy Metal' Mike Saunders".



Foto de tela do citado documentário do VH1.

Seguindo o apresentado por Weinstein, antes de 1970 termo Metal Pesado é usado na Tabela Periódica, que todos estudamos nas aulas de Química no Ensino Médio. Ademais, também existiu também Willy Uraniano, o garoto de Metal Pesado, nos livros "The Soft Machine", "The Ticket That Exploded" e "Nova Express", publicados respectivamente em 1961, 1962 e 1964, formado a "Nova Triology" do autor William S. Burroughs.



O crítico musical Mike Saunders em 1970.

Existe uma informação incorreta na internet (e na mídia em geral) que "Willy, o garoto de Metal Pesado", aparece originalmente no livro "The Naked Lunch", publicado pelo autor William S. Burroughs em 1959. Isso faria o termo Heavy Metal ser ainda mais antigo na cultura popular. Naked Lunch foi lançado no Brasil sob o título de" Almoço Nú" e filmado pelo diretor canadense David Cronenberg (de Scanners, A Mosca, Gêmeos e muitos outros) em 1991 como "Festim e Paixões". Todavia, a socióloga Weinstein leu "The Naked Lunch" duas vezes, e ainda contatou por fax os editores de Burroughs (falecido em 1997) para se certificar que o nome Heavy Metal só aparece nos citados livros posteriores dos anos 1960. 


Ainda inédito no Brasil, foi em 1961 com "The Soft Machine" que Burroghs criou a personagem The Heavy Metal Kid.

Nos anos 1970 a personagem "Heavy Metal Kid" viria a inspirar o nome de uma banda na Inglaterra. Todavia, seguindo a linha do tempo, em julho de  1968, o STEPPENWOLF lançou o seu clássico som "Born to be Wild", que usava a expressão "Trovão de Metal Pesado (Heavy Metal Thunder)". Entretanto, a pesquisadora entrou em contato com Mars Bonfire (autor da música, vocalista da banda e irmão do baterista) que a confirmou que expressão tinha a ver com o barulho que carros e motos possantes faziam quando guiados pelo deserto da Califórnia e não com música. 


A Doutora e Professora de Sociologia Deena Weinstein com Ronnie James Dio nos anos 2000.

Weinstein, trabalhando meticulozamente em seu artigo, finaliza voltando a primazia do termo para Saunders e para o disco do HUMBLE PIE. De acordo com a autora, bandas anteriores nos finais dos anos 1960, eram descritas nas revistas Creem (1969) e Rolling Stone (1967) como sendo HEAVY ROCK. Assim foi com nomes pesados da época como CREAM, BLUE CHEER, LED ZEPPELIN e o BLACK SABBATH, que viria poucos depois. Sobre esse último, a pesquisadora coloca que seus primeiros cartazes de shows usavam simplesmente Rock para descrever a banda, que em algumas ocasiões foi considerada Prog Rock (!!!), especialmente após a turnê de 1972 com o YES pelos Estados Unidos. 


Divulgação oficial do primeiro disco do BLACK SABBATH, lançado em fevereiro de 1970 na Inglaterra e em junho do mesmo ano nos Estados Unidos; portanto depois do disco do HUMBLE PIE.

Como meio de garantir fidelidade ao artigo, Weinstein, cuja obra foca em Cultura Popular, ainda cita menções históricas a Sandy Pearlman (gerente do BLUE ÖYSTER CULT, em 1967), Barry Gifford (também resenhista da Rolling Stone, 1968), Chas Chandler (gerente do JIMI HENDRIX e baixista do THE ANIMALS, 1968) e Lester Bangs (novamente na revista Rolling Stone, fevereiro de 1970), que usaram termos semelhantes a Heavy Metal. Todavia, como bem observa o crítico musical Cris Woods (2011) as palavras "metal", "pesado" ou "metálico" foram usadas como um "adjetivo, para entender como a música soa. Isso tudo antes de ser codificado em um gênero que todos entendiam". No caso específico de Bangs, a autora especifica que esse era mais focado na cultura beat de Jack Kerouac, além de leitor assíduo de William Burroghs, não divulgando o termo Heavy Metal como fez Saunders; que acabou sendo apelidado de Heavy Metal Mike.


BLACK SABBATH em turnê estadunidense com o YES em 1972.

A segunda banda chamada de Heavy Metal foi o SIR LORD BALTIMORE, como seu debut "Kingdom Come", dezembro de 1970, resenhado por Saunders, dessa vez para a revista Creem, em maio de 1971. Seis meses após o HUMBLE PIE o crítico assinalou que o SIR LORD BALTIMORE parecia ter "dominado a maioria dos melhores truques no manual do Heavy Metal". 





Tão Seguro Quanto o Ontem É.

É muito interessante que o jovem Saunders que odiou o HUMBLE PIE acertou em cheio ao descrever o som do grupo em seu disco com nome estranho. Contudo, se você está familiarizado com os discos lançados aos fins dos anos 1960 por grupos ingleses como TEN YEARS AFTER, SPOOK TOOTH e outros, talvez o HUMBLE PIE não soe como novidade a seus ouvidos. Mais certamente, "As Safe as Yesterday Is" não é tão Heavy Metal quanto o primeiro disco do IRON MAIDEN, ou clássicos como "Sad Wings of Detiny" ou "Sin After Sin" do JUDAS PRIEST.

"As Safe as Yesterday Is" tem muitos elementos que fogem do que se convencionou chamar de Heavy Metal: tem flautas, sitar, não nega influências de folk rock e de THE ROLLIN STONES. Ainda assim, é no geral um disco pesado. Talvez até um pouco mais que o comum para a época. Uma das músicas mais lentas do disco tem uma pesada letra antirracista. O elepê vêm também com a bateria de Jerry Shirley (que mais tarde seria de grupos como WAYSTED e FASTWAY) soando como um martelo batendo no chão, o baixo de Greg Ridley (ex Spook Tooth) é ríspido e somam-se as as guitarras ardidas de Framptom e Marriott que nesse disco estão cantando são algo mais gritado que estamos acostumados a escutá-los. Indiscutivelmente, é o disco mais rápido e pesado do HUMBLE PIE e menos melódico que o esperado para os padrões da época. 



O HUMBLE PIE surgiu em janeiro de 1969, formado pelos famosos vocalistas, guitarristas e tecladistas Steve Marriott e Peter Frampton. Marriott vinha do THE SMALL FACES, assim como Frampton do THE HERD, bandas de sucesso no Rock inglês cujos compromissos impediram que o HUMBLE PIE realmente acontecesse até agosto daquele ano. No período janeiro-agorsto o quarteto já tinha composto e gravado não só "As Safe..", mas também os discos "Town and Country" (lançado em novembro de 1969)  e "Humble Pie" (nas lojas em julho de 1970).  Assim em novembro de 1970 a revista "Rolling Stone" chamou Saunders para resenhar esses três discos do HUMBLE PIE de uma única vez. Nessa época ainda era comum bandas lançarem mais de um disco por ano.



"Town and Country" é praticamente um disco acústico. Saunders o considerou entediante. Os únicos temas "pesados" são "Down Home Again", "Silver Tongue" e "Heartbeat"; sendo que somente o primeiro poderia estar em "As Safe...". O play autointitulado equilibra sons pesados (não tanto quanto "As Safe") e outros mais leves, como "Town And Country". Portanto,  ao comparar os discos, Saunders teve a sacada de perceber que o primeiro era bem mais barulhento e com menos melodia e o descreveu como uma placa de Metal Pesado feito chumbo caindo no chão. Saunders não curtiu a banda e seguiu em sua resenha, ainda sabendo que os discos soavam incríveis (!??) , eles eram "porcaria de Heavy Metal de 27° categoria ... se os HUMBLE PIE tivessem que ouvir a seus discos eles provavelmente vomitariam". O autor finaliza com um curioso conselho "fique longe desse álbum de todas as formas possíveis".


Em cima Frampton e Ridley. Abaixo Shirley e Marriott. HUMBLE PIE em 1969.

Ainda assim, o próprio autor não ficou longe do termo Heavy Metal, sendo considerado o seu principal divulgador em seus primeiros dias. Estranhamente, seis meses depois dessa resenha tripla, ele lembrou do termo a escrever sobre o SIR LORD BALTIMORE, ai já considerando o Heavy Metal como um bom gênero que passou a designar muitas bandas. Será que faltou ao HUMBLE PIE dominar os truques do manual?

Com o tempo o termo Heavy Metal pegou. Já com os adventos dos anos 1980 e da New Wave of British Heavy Metal, aquilo que começou como Heavy Metal se tornou uma infinidade de outros gêneros musicais. Isso, contudo, é assunto para outros artigos. O que importa lembrar aqui é que o nome do gênero veio de um adolescente que não gostava de HUMBLE PIE; definindo um gênero musical ao explicar os porquês.




Sites pesquisados:
Acessos em janeiro de 2025.

https://www.researchgate.net/publication/271757798_Just_So_Stories_How_Heavy_Metal_Got_Its_Name-A_Cautionary_Tale

https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/19401159.2013.846655#d1e72

https://www.youtube.com/watch?v=AR78XBi_nAE

https://en.wikipedia.org/wiki/Metal_Mike_Saunders

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=952853569522936&id=100043949058023&set=a.220416986099935

https://en.wikipedia.org/wiki/Sir_Lord_Baltimore

https://en.wikipedia.org/wiki/Deena_Weinstein

https://pt.wikipedia.org/wiki/Naked_Lunch

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domingo, novembro 03, 2024

DORO PESCH: "tenham coração, se tornem veganos"!


Ex-vocalista do seminal grupo teutônico WARLOCK e rainha do Heavy Metal, a cantora DORO PESCH fez uma declaração genial no Dia Mundial do Veganismo (primeiro de Novembro). A data lembra quando, em 1944, o carpinteiro Donald Watson rompeu com a  "Sociedade Vegetariana Inglesa" e criou a "Sociedade Vegana" e a palavra "Vegan". O evento foi estabelecido em 1994. Para celebrar, DORO  resgatou agora em 01/11/2024 o cartaz da campanha audiovisual intitulada NÓS SOMOS TODOS ANIMAIS (We Are All Animals), que ela protagonizou para a divisão alemã da PETA em 2018. 

PETA significa, em tradução livre, Pessoas pelo Ético Tratamento aos Animais, sendo uma ONG fundada em 1980, com atuação no mundo todo, dedicada a divulgar os Direitos Animais. Os membros do impressionante grupo de AOR setentista BOSTON, por exemplo, eram filiados a PETA e o grupo de Tom Scholz divulgava a ONG no encarte e traseira de todos os seus álbuns desde o Third Stage (1986). Pode conferir em sua coleção de discos. :)






Acompanhe o texto que vinha na publicação original ( https://www.facebook.com/PETADeutschland/videos/759420601061448 ) com tradução livre do alemão para o português por Willba Dissidente  usando o Google Tradutor e alterando as partes que ficavam estranhas:

"
NÓS SOMOS TODOS ANIMAIS!
Meu coração não bate apenas pelo Heavy Metal!
A rainha do Heavy Metal, ex-vocalista do WARLOCK, DORO PESCH tem uma mensagem importante para você:

“Todos nós sentimos dor, amor, alegria e medo, seja humano, cachorro ou porco. Como seres humanos, muitas vezes temos como agir e é precisamente por isso que temos uma responsabilidade especial para com os animais. É por isso que não como carne e só uso couro artificial."  (*)

Juntamente com a PETA, a vegana DORO PESCH promove o respeito a todos os seres vivos com uma campanha fotográfica:

"

Assista ao vídeo original dessa campanha (CONTÉM CENAS FORTES DE MAUS TRATOS ANIMAIS), no original em alemão; infelizmente sem tradução.



A headbanger relembrou sua participação no 80° aniversário de criação do veganismo, postando a foto principal da campanha com o seguinte texto (traduzido do inglês, mas sem o Google, por Willba Dissidente):

Vegana pelos animais! ❤️
Bondade é o nosso super-poder, ser vegana é o meu jeito de demonstrar amor.  ❤️
Não há diferença entre nossos animais de estimação e qualquer outro animal. 
Escolha compaixão, pare a crueldade!
Tenham corações, se tornem veganos!❤️❤️❤️
Feliz dia mundial do veganismo! 💚🙂💚
🤘💪❤️🙏
Com amor, Doro.

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Que tal pegar o exemplo de DORO e considerar o veganismo?
O Willba Dissidente do Rock Dissidente já fez isso há anos. 

O autor lembra que veganismo, qual definição da Sociedade Vegana de Donald Watson, inclui todas as esferas da vida. Isso quer dizer, principalmente alimentação e vestuários, como citados por DORO em 2018, mas também qualquer outro propósito, como cosméticos, lazer, entretenimento etc; desde que possível e praticável. 

Está em dúvida? Consulte o site SEJA VEGANO, de Fábio Chaves.

https://www.sejavegano.com.br/

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terça-feira, outubro 15, 2024

POEMAS DISSIDENTES está disponível gratuitamente no Spotify em áudio livro.



Saudações!
Além de estar disponível GRATUITAMENTE em MP3, PDF e no Youtube, doravante, o livro POEMAS DISSIDENTES está disponível no maior sistema de streamings.


Clique em Tocar para ouvir diretamente no player abaixo:



Clique no link para ouvir o livro em streaming!

https://podcasters.com/Poemas-Dissidentes



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A versão definitiva de POEMAS DISSIDENTES em livro impresso pode ser comprada se falando diretamente com o autor, WILLBA DISSIDENTE, nas redes sociais e pelo e-mail: tarot.dealer@gmail.com

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Lembrando sempre que este projeto foi executado com recursos federais, repassados ao município de Varginha, e administrados pela Fundação Cultural do Município, com base na Lei Complementar 195/2022 (Lei Paulo Gustavo), no Decreto 11.525/2023 e no Decreto 11.453/2023.


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quinta-feira, setembro 19, 2024

POEMAS DISSIDENTES é lançado como livro digital e físico!

 
   Aprovado por pareceristas para financiamento pela Lei Paulo Gustavo (que visa ajudar artistas que não puderam trabalhar durante a pandemia), financiado com recursos federais, repassados ao município de Varginha, e administrados pela Fundação Cultural do Município, com base na Lei Complementar 195/2022 (Lei Paulo Gustavo), no Decreto 11.525/2023 e no Decreto 11.453/2023, POEMAS DISSIDENTES está finalmente disponível ao público como arquivo de PDF e como livro impresso!


Baixe o PDF de POEMAS DISSIDENTES gratuitamente clicando no link baixo:







    A versão em PDF contém algumas diferenças sutis da versão impressa, que de acordo com o autor, é a obra em seu estado genuíno e completo. 

Quem se interessar na versão impressa, por contatar Willba pelo seguinte e-mail:


tarot.dealer@gmail.com


(Lembramos que o autor demora a responder)

    Trazendo os problemas atuais do Século XXI pela luz da  Poesia Ultrarromântica do Século XIX, POEMAS DISSIDENTE é feito de versos sobre questões sociais, defesa de direitos, veganismo, Rock'n'Roll pesado e, é claro, o amor. São 37 poemas inéditos do autor em 40 páginas cheias de decepção, amargura, intensidade e glamour. "Finda a parte de ter o livro disponível nos três formatos, agora vêm as fases de distribuição / divulgação e também de prestação de contas", afirma um entusiasmado Dissidente.

Em breve, POEMAS DISSIDENTES estará disponível para leitura nas bibliotecas de Varginha, Sul de Minas Gerais. Neste meio tempo, não deixe de conferir a obra também em áudio livro.

Clique no link abaixo para fazer gratuitamente o download de POEMAS DISSIDENTES em MP3:

https://drive.google.com/file/d/1xhVxVFqr57cn-7eCs-ZXoFan_dZYR-6X/view




    Mais lembrado por seu programa de rádio "Rock Dissidente", por seus textos no Whiplash.Net, o primeiro e maior site sobre Metal no Brasil e pelos festivais de música pesada pelo Brasil, Willba Dissidente trabalhou com revisão de textos durante seu período acadêmico na USP (onde se bacharelou e licensiou em Ciências Sociais) e ano passado publicou o poema "Grãos de Arábica Amargura" na coletânea "Estação dos Versos Edição 2023" da Fundação Cultural de Varginha. POEMAS DISSIDENTES é seu primeiro livro solo de poesias.

Somente artistas de Varginha, Minas Gerais, trabalharam neste projeto.



#PoesiaÉresitência


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sexta-feira, setembro 06, 2024

POEMAS DISSIDENTES é lançado como áudio livro!


Saudações!
Já está disponível no formato áudio-livro o mais recente trabalho de Willba Dissidente, do Rock Dissidente, o livro "Poemas Dissidentes"!





Com 40 minutos de duração, o texto integral do livro está acessível, apresentando 37 novas poesias do autor. Destilando a poesia ultrarromântica do século XIX para pensar criticamente a realidade do século XXI, com inspiração em Baudelaire, Lord Byron, Augusto dos Anjos e outros “poetas malditos”, “Poemas Dissidentes” versa sobre a melancolia, a incerteza, a dor e o pavor de ser humano e da incompreensão dos outros seres humanos. Voltado principalmente ao público de Ensino Médio e Superior, “Poemas Dissidentes” é muito mais que livro qualquer. Aprovado por pareceristas para financiamento pela Lei Paulo Gustavo (que visa ajudar artistas que não puderam trabalhar durante a pandemia), “Poemas Dissidentes” foi financiado com recursos federais, repassados ao município de Varginha, e administrados pela Fundação Cultural do Município, com base na Lei Complementar 195/2022 (Lei Paulo Gustavo), no Decreto 11.525/2023 e no Decreto 11.453/2023.

Clique no link abaixo para baixar "Poemas Dissidentes" no formato *.MP3

https://drive.google.com/file/

A naração foi feita pelo cantor varginhense Rafael Lourenço, membro fundador do grupo de Death Metal Melódico NEW DEMOCRACY, com áudio captado e gravado por Bruno Maia, membro fundador do TUATHA DE DANANN, a maior banda de Folk Metal do Brasil, no Braia Studios. Posteriormente, áudio livro foi produzido por Willba Dissidente no Estúdio da Casa da Rua do Beco, onde o Rock Dissidente era gravado. 

Confira o áudio livro diretamente no youtube:









Edit (15/10/2024):
Doravante, o áudio livro também está disponível no Spotify!

https://spotify.com/Poemas-Dissidentes-udio-livro-completo-












Desejamos uma ótima audição para VOCÊ!



Continue acompanhado o Rock Dissidente para saber quando "Poemas Dissidentes" será lançado em formato digital (PDF) e em sua forma definitiva em livro impresso.

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sábado, agosto 31, 2024

Poemas Dissidentes: um sonho vivo que quase não aconteceu.

Republicação do artigo escrito por Gustavo Marangão e publicado no site "Jornal Cidade Varginha" em 12/07/2024.

https://cidadevarginha.com.br/destaques/poemas-dissidentes-um-sonho-vivo-que-quase-nao-aconteceu/

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Willba é uma das figuras musicais de Varginha que agora vai lançar um livro de poesias






Mais lembrado pelo seu trabalho de radialista no Programa Combate da Melodia FM, no Rock Dissidente da Rádio Rock Online, por ter produzido e apresentado eventos voltados à música pesada por todo Brasil, como Maniacs Metal Meeting (em Santa Catarina) e também pelos artigos, resenhas e traduções em diversos sites voltados à música Rock (sendo o de mais destaque o Whiplash.Net que é o mais antigo e maior site do gênero no Brasil, onde por vezes foi o jornalista musical mais lido do portal), o artista radicado em Varginha Willba Dissidente está para lançar seu primeiro livro solo de poesias, intitulado “Poemas Dissidentes”.

Graduado em Ciências Sociais e licenciado em Sociologia pela USP, “Poemas Dissidentes” apresentará 37 textos inéditos do autor em 40 páginas, destilando a poesia ultrarromântica do século XIX para pensar criticamente a realidade do século XXI. Com inspiração em Baudelaire, Lord Byron, Augusto dos Anjos e outros “poetas malditos”, “Poemas Dissidentes” versa sobre a melancolia, a incerteza, a dor e o pavor de ser humano e da incompreensão dos outros seres humanos. Voltado principalmente ao público de Ensino Médio e Superior, “Poemas Dissidentes” é muito mais que livro qualquer. Aprovado por pareceristas para financiamento pela Lei Paulo Gustavo (que visa ajudar artistas que não puderam trabalhar durante a pandemia), “Poemas Dissidentes” foi financiado com recursos federais, repassados ao município de Varginha, e administrados pela Fundação Cultural do Município, com base na Lei Complementar 195/2022 (Lei Paulo Gustavo), no Decreto 11.525/2023 e no Decreto 11.453/2023.

O autor há décadas escreve poemas, mas tinha receio de publicar algo fora da ceara do jornalismo musical, que era sua zona de conforto. O apelo da poesia queimava forte dentro de si e em 2023 ele respondeu a um chamamento público, participando com a publicação do poema “Grãos de Arábica Amargura” no livro “Estação dos Versos”, organizado pela Fundação Cultural do Município de Varginha.




Entretanto, há anos havia o desejo de se fazer essa publicação solitária. Gana essa que poderia ter perecido junto com o escritor durante a pandemia do covid-19. “Eu estive, infelizmente, muito doente, e achei então que não iria escapar. Lembro que quando estava no hospital, achando que minha biografia acabaria ali que pensei que ficaria faltando escrever esse livro”, conta o autor. “Resignei-me naquele momento. Felizmente, eu resisti”, comemora Willba Dissidente, que está para publicar “Poemas Dissidentes” em livro físico, digital e em áudio livro.

A versão em áudio livro de “Poemas Dissidentes foi declamada por Rafael Lourenço, vocalista da banda New Democracy e gravado no Braia Studios sob a tutela de Bruno Maia, do Tuatha de Danann, a banda de Folk Metal mais importante do Brasil. A arte desenhada do livro foi elaborada pelo experiente artista varginhense Silvinho Six Tattoo, que além de tatuador consagrado há décadas, é desenhista e pintor. Cópias dos livros físicos serão doados às bibliotecas das instituições de Ensino Superior e Médio de Varginha, além da biblioteca pública do município.

Para conhecer “Poemas Dissidentes” cadastre seu e-mail gratuitamente no seguinte formulário google:


Você receberá somente três e-mails: um quando o áudio livro estiver on-line, outro quando o livro em arquivo de pdf puder ser baixado gratuitamente e outro quando o livro físico estiver disponível.

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segunda-feira, agosto 26, 2024

"A internet não é para sempre. Para onde irão as obras estritamente digitais quando os servidores forem apagados"?

Gafes no palco, Varginha, "Raul falou isso", excessos de "Né", a questão da internet e uma geral na carreira de Willba.

Willba Dissidente, do Rock Dissidente, esteve recentemente no Podkelvinpodcast, do amigo e musicista varginhense Kelvin Oliveira, que está se dedicando a entrevistar artistas locais. Em 70 minutos de papo, o entrevistador conseguiu fazer Willba falar de música, comunicação social e poesia, indo do fim dos anos 1990 até atualmente.

Em 1998, Dissidente começou a se apresentar junto a bandas de Heavy, se tornando notório décadas mais tarde pelos seus textos no Whiplash.Net e por  ter apresentado eventos de Metal por todo o Brasil, como o Maniacs Metal Meeting, por exemplo. "O Rock'n''Roll tem um elemento que é muito hiperbólico, a gente quer levar para  cima, quer colocá-lo em tudo". Em paralelo a esse trabalho, o artista também é poeta e agora está focado no eminente lançamento de seu primeiro livro solo de poesias, o Poemas Dissidentes.



Gravado na sala anexa ao Estúdio da Casa da Rua do Beco, no Santa Maria, em Varginha, o papo foi descontraído e teve questionamentos perspicazes indo do cerimonialismo, organização de eventos (presenciais e lives), os programas de rádio, a Quinta da Boa Música, às viagens físicas e astrais da música pesada; seja como artista ou como fã. "Rock não se aprendia na escola, mas a gente dava um jeito de ensinar", contou o artista sobre o ambiente de descoberta da arte. Mas nem tudo são mares de rosas nos campos de aço e muitas intempéries aconteceram, entre elas o fim da Rádio Rock On Line. Um outro ponto importantíssimo abordado foi a perda de acesso do público às obras de artes, já que hoje em dia nem os arquivos pertencem às pessoas. "A internet é muito legal, muito importante, mas como um complemento à mídia física. Não podemos deixar os livros físicos sumirem. (A mídia digital) é mais uma forma de acesso, mas não se pode restringir às anteriores".

Confira no player a seguir:



"Ninguém vai querer saber desse estilo de poesia maldita que eu gosto e escrevo, nunca ninguém vai ler", declarou o artista que se sentia acuado em mudar de área dos palcos para a poesia. Prestes a lançar o livro "Poemas Dissidentes". Esse livro, inclusive, se tornou emergencial durante a pandemia, quando o artista ficou muito doente e se sentiu-se resignado de não ter terminado e lançado a obra. Com inspiração na poesia ultrarromântica do século XIX, POEMAS DISSIDENTES pensa criticamente a realidade no nosso século XXI. Além do amor, tema recorrente na poesia do Romantismo, Willba versou sobre a melancolia, a incerteza, a dor e o pavor de ser humano e da incompreensão dos outros seres humanos. Com inspiração em Baudelaire, Lord Byron, Augusto dos Anjos e outros "poetas malditos", Willba Dissidente também fez versos sobre a música pesada, defesa de direitos civis e sobre suas próprias interpretações da literatura. POEMAS DISSIDENTES foi aprovado por pareceristas para financiamento pela Lei Paulo Gustavo (que visa ajudar artistas que não puderam trabalhar durante a pandemia), sendo financiado com recursos federais, repassados ao município de Varginha, e administrados pela Fundação Cultural do Município, com base na Lei Complementar 195/2022 (Lei Paulo Gustavo), no Decreto 11.525/2023 e no Decreto 11.453/2023.

"A minha poesia também é Rock'n'Roll", concluiu Willba. A entrevista estreou em 09 de agosto, data de aniversário do artista. E aquela pergunta que muita gente faz: "e você, Willba, não vai voltar para cima dos palcos?", também esteve presente. A resposta pode lhe surpreender. Será que o "exílio auto imposto de Willba está acabando"?

Não deixe de prestigiar o vídeo!

"Todo mundo que é pela cultura, pela paz, pela diversidade, pelo outro, que não tem preconceito, é bem vindo. O Willba está ai, não cortei o cabelo e continuo trabalhando pela cultura da cidade. A gente quer mudar o mundo pela arte".


Conheça e acompanhe o trabalho do Kelvin Oliveira!

https://www.youtube.com/@kelvinfelipe2115
https://www.instagram.com/filipekelvinreal/

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